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Novembro Azul coloca em foco o câncer de próstata

Diagnóstico precoce pode levar a 90% de chance de cura e afeta homens com mais de 65 anos                                                                                                                                                                                                                  

Por Bruna Dalago de Andrade

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, considerado câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o número de mortes no país em 2017 foi de 15.391 homens e a estimativa de casos para 2018 girou em torno de 68.220 casos. Em Campinas, segundo o boletim de mortalidade por neoplasias, divulgado em 2018 pela Secretaria Municipal de Saúde, o câncer de próstata foi responsável por 10% das mortes de 2015 a 2017. Em boletim divulgado em 2013, 88,3% dos óbitos foram de homens com mais de 60 anos.

Fontes: Boletim de mortalidade por neoplasias.

Fontes: Secretaria Municipal de Saúde de Campinas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A médica especialista do Centro de Saúde da Comunidade da Unicamp, Tâmara Neri, alerta para a importância do diagnóstico precoce de uma doença, por mais eficaz e menos agressivo o tratamento e aumentar a possibilidade de cura. O rastreamento do câncer de próstata pode ser iniciado aos 50 anos na população geral. “Se a pessoa for afro descendente ou tiver antecedente familiar da moléstia, este rastreamento inicia-se aos 45 anos ”, diz a especialista.

Sobre a procura de homens pelos exames e por cuidados com a saúde, a médica cita a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, cartilha desenvolvida pelo Ministério da Saúde em novembro de 2008, que destaca que vários estudos comparativos, entre homens e mulheres, têm comprovado o fato de que os homens são mais vulneráveis às doenças, sobretudo às enfermidades graves e crônicas, porque não procuram serviços de atenção básica de saúde com a mesma regularidade que as mulheres.

A médica Tâmara Neri alerta para a importância do diagnóstico precoce de uma doença (foto: Bruna Dalago de Andrade)

 

Para reverter esse quadro e atuar na conscientização sobre a prevenção contra o câncer, a campanha Novembro Azul existe no Brasil desde 2008, instituída pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, juntamente com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). A presidente e fundadora do instituto, Marlene Oliveira, afirma que desde o início da campanha no país a conscientização acerca da doença tem aumentado. Pesquisa realizada pelo Instituto Lado a Lado Pela Vida, em parceria com a área de Inteligência de Mercado do Grupo Abril, confirmou que a Campanha Novembro Azul é conhecida por 94% dos entrevistados: 24% afirmam estar mais atentos com a saúde e 8% começaram a fazer exames regularmente. “A campanha informa os homens sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata e o resultado do estudo mostra que houve uma mudança de comportamento e alguns homens passaram a tomar as rédeas de sua saúde”, diz.

Em 2018, a campanha Novembro Azul atingiu 100 milhões de pessoas em ações nas ruas, em ventos, palestras, com a distribuição de material em estádios, divulgação em emissoras de rádio e TVs e mídias sociais. Marlene destaca também a importância de o instituto não atuar só no mês de novembro com a campanha. “Nosso lema é De Novembro a Novembro Azul. Temos atividades o ano todo, com divulgação de informações em nossas mídias sociais, uma agenda intensa de eventos presenciais, fóruns, debates e ações de rua”.

 

Orientação: Professora Rose Bars

Edição: Vinicius Goes


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