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Nova Odessa abriga Jardim Botânico único com várias espécies nativas aberta ao público
Por Giovanna Zinsly
O Jardim Botânico Platarum, localizado na Avenida Brasil em Nova Odessa, a 120 quilômetros de São Paulo, conta com cerca de quatro mil espécies vegetais, algumas espécies exóticas, a exemplo das plantas aquáticas e ninfas e a maioria nativas, como Palmeiras e trepadeiras. A área de 9 hectares é considerada, pelo Ministério da Justiça como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).
A construção do jardim foi idealizada pelo engenheiro agrônomo, botânico e escritor Harri Lorenzi, que hoje reside no Platarum. Tudo começou depois que uma indústria de material têxtil foi desativa e seu prédio destruído. Na época, Lorenzi morava em Americana, onde administrava sua gráfica e escrevia livros sobre botânica.
O primeiro contato com o local foi em 1998, ao visitar e conhecer a capacidade da área transformar-se num Jardim Botânico. A inauguração aconteceu em 2007 ao ser aberto ao público e em 2015 passou a ser considerado Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, título concedido pelo Ministério da Justiça.
Lorenzi explica que sua intenção com o jardim é permitir que a humanidade conheça as mais diversas espécies de plantas nativas e de diversos países, que acabam atraindo animais silvestres e aves. Para poder preservá-las, os ambientes foram construídos de acordo com as necessidades de cada espécie. O visitante conhece área num trajeto de quase uma hora, percorrendo à pé os caminhos que são de cimentos, mas há trilhas que levam às árvores e lagos.
Durante o passeio encontram-se esculturas de barro, acrílico, plástico todas baseadas na cultura indígenas, segundo ele, para valorizar a cultura brasileira. As obras são assinadas pelos artistas. Para cuidar do Jardim Botânica há 17 funcionários que cuidam da limpeza, manutenção, recepção e atuam como guias para os visitantes.
Além disso, o local busca se auto sustentar. A água da chuva é acumulada em um lago, o qual é responsável por bombeá-la para uma reserva, onde ela fica acumulada até que chegue a próxima seca e precise ser usada para regar as plantas. O jardim botânico também possui uma composteira, onde os materiais orgânicos são depositados e transformados em adubo, utilizado para as plantas do jardim botânico.
A manutenção do jardim é realizada através de sua editora Instituto Plantarum, responsável pela publicação de livros relacionados a botânica, paisagismo e engenharia agronômica. Além disso, há também mensalidade pagas por sócios de valor não divulgado. No início da construção eram 16 associados e hoje, são cerca de 100.
Os visitantes pagam R$ 30,00 de quarta-feira a domingo, das 9h00 às 17h00, enquanto na quinta-feira o valor é R$ 15,00 (exceto feriados). Crianças com até 5 anos e associados não pagam entrada e estudantes e idosos pagam R$ 15,00. O local também oferece visitas guiadas, que são realizadas às quartas-feiras e sábados, no valor de 600,00 para um grupo de até 15 pessoas. Caso todos os visitantes tenham mais de 60 anos, o valor é de 300,00.
Para visitas escolares é cobrado R$20,00 por aluno. Também é possível fazer uma visita com o idealizador do projeto Harri Lorenzi, pelo valor de R$1.500,00 com grupos de ate 20 pessoas. A adesão não é o suficiente para manter o Plantarum. Tentamos atrair o público, as pessoas não dão valor à locais onde possam se conectar com a natureza”, afirma. Parte dos custos são pagos pelo próprio Lorenzi.
O parque possui dois restaurantes, Naiah Jardim Botânico e Naiah Deck, abertos das 12h00 as 14h30, quarta-feira à domingo. Há um centro de eventos com capacidade para 350 pessoas sentadas e o centro cultural, para 90 pessoas. O estacionamento abriga 150 veículos.
Editado por Bianca Mariano
Orientação profa. Rosemary Bars
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