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Estoque do Hemocentro da Unicamp tem enfrentado queda nos últimos seis anos e coloca pacientes em risco
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Por Poliana Brito
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Em Campinas, a doação de sangue apresentou uma queda acentuada nos últimos quatro meses, especialmente após feriados prolongados e durante os dias mais frios. Essa redução tem causado dificuldades para os hospitais da região, que têm enfrentado dificuldades em manter os estoques necessários para cirurgias eletivas, além de comprometer atendimentos de emergência. Os tipos mais críticos, atualmente, são os sanguíneos A, O, B+ e AB-, que representam os mais utilizados na população e cujo estoque está em situação mais delicada.
Segundo Eduardo Baungartner, analista executivo do Hemocentro da Unicamp, a escassez de sangue impacta particularmente os grupos de pacientes oncológicos, transplantados, pessoas com doenças hematológicas e aqueles que dependem de transfusões regulares. “Nos últimos meses, observamos uma redução significativa nos estoques, especialmente após feriados, como o carnaval, e durante o frio, o que compromete o planejamento de cirurgias e atendimentos de emergência”, explica Baungartner.
Além das dificuldades enfrentadas pelo Hemocentro, relatos de doadores como Ester Agnes Gomes de Almeida, estudante de psicologia da PUC, revelam obstáculos que também contribuem para a baixa frequência das doações. Ester conta que muitas pessoas desejam doar, mas enfrentam desafios como a falta de informações detalhadas sobre os locais de doação e a ausência de campanhas direcionadas aos jovens e universitários.

Baungartner destaca que a baixa visibilidade das campanhas e a ausência de um fluxo contínuo de informação também dificultam a participação contínua da população, mesmo daqueles que têm vontade de ajudar. Para combater esse cenário, o Hemocentro tem desenvolvido diversas ações. Entre elas estão campanhas como a “Seja um Herói”, veiculada nas redes sociais, que incentiva doadores de primeira viagem e a doação regular; parcerias com universidades, empresas e órgãos públicos, para ampliar pontos de coleta externos; participação em eventos comunitários e feiras com ações educativas; além de campanhas sazonais, como Junho Vermelho, com materiais de sensibilização e homenagens para motivar a população a doar.
Apesar desses esforços, Baungartner ressalta a importância da mobilização contínua e da comunicação efetiva. “Precisamos que a população entenda a relevância da
doação frequente e que as informações estejam acessíveis e direcionadas, especialmente para os jovens e universitários. Somente assim conseguiremos manter os estoques em níveis seguros e garantir que todos os pacientes recebam o atendimento necessário”, conclui.
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Edição: Murilo Sacardi
Orientação: Profa. Rose Bars
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