Juliano Prado relembra a trajetória da personagem e apresenta filme que deve estreiar em 2026

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O criador da “Galinha” apresentando o making of do filme na PUC-Campinas (Fotos: Karla Ehrenberg)

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Por Gabriela Belloto e Maria Fernanda Esmeriz

No último dia do Intercom Sudeste 2025, o co-criador, produtor e roteirista da série animada infantil “Galinha Pintadinha”, Juliano Prado, compartilhou a trajetória do desenho brasileiro e a expectativa do crescimento para o ano de 2026 com uma estreia pela frente.

A história começa no início dos anos 2000, quando Juliano e seu parceiro de criação, Marcos Luporini (músico formado pela Unicamp), começaram a produzir animações para a internet. Marcos havia gravado em seu estúdio algumas canções de música popular, entre elas, a música “Galinha Pintadinha”. A ideia inicial era criar videoclipes dessas músicas para apresentar um projeto infantil a canais de televisão.

No entanto, um vídeo esquecido no YouTube acabou surpreendendo. Em 2006, alcançou a marca de 500 mil visualizações, revelando o potencial do conteúdo e o poder do acesso gratuito como ferramenta de conexão com o público. “A gente disponibilizava o desenho animado de graça no YouTube e assim formamos uma comunidade, esse foi o nosso primeiro produto feito basicamente no quintal de casa, com alguns artistas e produtores”, relembra Juliano sobre os primeiros passos da produção.

Artista multimídia, roteirista e produtor audiovisual, Juliano Prado é pós-graduado em Produção Executiva de Cinema e TV pela FGV. Com uma trajetória marcada por experimentações com a internet, o audiovisual e o teatro, ele é idealizador da Galinha mais famosa do Brasil. Também destacou que a cada dois ou três anos tiveram que repensar sua estratégia por conta da mudança da tecnologia e dos meios de comunicação em alta, como o Tik Tok. “Por meio de outros canais a gente acaba falando com um público que não é criança e nem pai, e sim os adolescentes por meio das trends do tik tok, por exemplo”, explica Juliano.

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“A Galinha se tornou um fenômeno cultural,
então ela vai acabar conquistando pessoas de todas as idades de alguma forma”

Juliano Prado

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Com o sucesso online, o projeto chamou atenção de distribuidores, que passaram a comercializar os DVDs em grandes redes de varejo. A presença da “Galinha Azul” cresceu, e, em pouco tempo, surgiram os primeiros produtos licenciados, como pelúcias e aplicativos para celulares. “Levamos o desenho para feiras de brinquedo, aprendemos como funcionava o mercado. E quando vimos a Galinha Pintadinha chegando no camelô, tivemos certeza de que algo grande estava acontecendo,” conta ele.

Além do sucesso nacional, veio o internacional quando as traduções das canções começaram a ser feitas para outros idiomas, por volta de 2013, até atingirem o noticiário internacional Bloomberg. A partir daí perceberam o amadurecimento da marca. Se tornam um clássico brasileiro com cinco álbuns, a série “Galinha Mini”, aplicativos, jogos, presença em shows e eventos, e até nas redes sociais com o mais atual caso da separação da galinha e do galo.

O filme da Galinha Pintadinha está em produção com estreia prevista para 2026. Juliano Prado apresentou o making of da produção para o público presente no encerramento do Intercom Sudeste 2025, no auditório do campus I de PUC-Campinas. Ele explicou que muita gente está envolvida neste projeto, como a Bromélia, com a roteirização e a edição e Hype, que é especializada em 3D. O trabalho envolve várias etapas de animatic, blocking, animação e color script.

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Orientação: Karla Ehrenberg
Edição: Adauto Molck