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Com o aumento da expectativa de vida, a população idosa busca formas de se manter ativa e integrada à sociedade
Por Luísa Viana

Segundo o Censo do IBGE de 2022, atualmente o Brasil tem 32,1 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o que representa 15,6% da população total. Na região metropolitana de Campinas, o índice de envelhecimento é de 67,8 idosos para cada 100 crianças de 0 a 14 anos, esse é um panorama que se reflete em todos os país. A metrópole, com 1,1 milhão de habitantes, é a segunda do estado de São Paulo em número de pessoas centenárias, com 169 no total, ficando atrás apenas da capital.
A fisioterapeuta Gisele Prieto, ressalta a importância de se reconhecer o envelhecimento da população como uma realidade. “Precisamos entender que o idoso de hoje é muito diferente do que era há algumas décadas. Eles buscam qualidade de vida e atividades que mantenham sua autonomia e bem-estar”, afirma.
Entre os que buscam essa autonomia, estão Alaíde Moreira Rodrigues, de 80 anos, e Ana Maria, de 75. Ambas praticam pilates e ressaltam os benefícios da atividade. “Fazer pilates é gratificante e me ajuda a manter a independência”, diz Alaíde que considera a falta de espaços para exercícios físicos em sua cidade um obstáculo para a qualidade de vida dos idosos. Ana Maria complementa: “Adoro viajar e, por isso, faço pilates duas vezes por semana e caminhadas. Mas sinto falta de mais atividades para idosos na minha cidade (Hortolândia)”.
As fisioterapeutas Gisele Prieto e Mariana Reis afirmam que o idoso tem como hobby na velhice geralmente reflexos do que foi cultivado ao longo da vida. “A vida ativa e as atividades que as pessoas escolhem em suas juventudes refletem suas preferências na terceira idade”, explica Mariana.

Ana Maria compartilha seu amor por viagens: “Gosto de viajar, quando estou no exterior sinto que eles têm mais infraestrutura e segurança para pessoas da minha idade”. Alaíde, por sua vez, destaca a necessidade de mais opções de lazer: “Falta um clube, esportes, dança, teatro… Precisamos de mais oportunidades para nos manter ativos”.
Os dados do IBGE refletem uma realidade que exige ações proativas. “As cidades precisam se adaptar a essa nova realidade, criando espaços e atividades que incentivem o envelhecimento ativo e a inclusão dos idosos”, conclui a especialista Gisele.
Orientação: Profa. Karla Ehrenberg
Edição: Luísa Viana
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