Cultura & Espetáculos
Centro de Envelhecimento e Longevidade PUC-Campinas faz festa da vitalidade

(
Por Bárbara Marçal
)
A PUC-Campinas se transformou, na última sexta-feira, 28 de fevereiro, em um centro de celebração do Carnaval promovido pelo Vitalità. O objetivo foi proporcionar aos participantes uma experiência de alegria, inclusão e socialização. O evento foi realizado no Salão ambiental Bloco D, no Campus I da universidade, reunindo várias pessoas da terceira idade para comemorar o Carnaval incluindo fantasias coloridas, muita dança e diversão.
O professor e educador esportivo do Vitalità, Diego Mateus do Nascimento disse como evento pode contribuir para a convivência: “Um dos pilares é a interação intergeracional de pessoas de diversas faixas etárias. Esse convívio entre elas gera harmonia, sendo a base central o respeito, proporcionando um ambiente muito agradável entre os participantes.” Segundo ele, promover o bem-estar físico ao combinar exercícios com músicas carnavalescas, proporciona uma oportunidade de se distrair dos problemas cotidianos. “A interação com a música os torna mais relaxados e envolvidos, e nós conseguimos, de alguma forma, contribuir para o seu bem-estar.”
De acordo com Laís Calicchio, psicóloga e arte-terapeuta, o bem-estar mental também desempenha um papel crucial nesse processo. “Campo da saúde mental é pra promover concentração, trabalhar memória, valores, sensações e percepções que esse idoso tem, não ele consigo mesmo, mas ele em relação ao grupo que faz parte, é favorecer o bem-estar ,um movimento, um olhar para que esse envelhecimento seja saudável e ativo.”

“Eu me sinto muito alegre, feliz, animada, e apesar da terceira idade, me sinto nos 30 anos. Alegria, só alegria”, destacou Noeme Porto, uma das participantes do evento. O aposentado José Vicente gostou da interação das pessoas, juntamente com o respeito dos voluntários que são estudantes, para com os idosos. “Isso está qualificando o nosso dia a dia, e para mim, isso não tem preço. Estamos respirando vida, e ter isso ao lado de outras pessoas dentro da socialização, para mim, é tudo”, disse ele.
Para a estagiária de 21 anos Nicole Zanchetta, estudante de educação física e professora de dança, eventos como esse ajudam a promover a Inclusão social. “Temos a impressão de que pessoas aposentadas, ou que estão prestes a se aposentar, tendem a se sentir inúteis. É uma troca de realidade muito diferente para eles, algo que eu nunca tinha parado para pensar. Porque todo mundo sempre diz: ‘Meu sonho é aposentar’. No entanto parece que nunca vamos realmente nos aposentar. O que vi aqui foi algo muito legal, temos essa troca e percebemos que existem muitas outras coisas para fazer depois dos 60 anos. Podemos, sim, continuar vivendo, conhecendo novas pessoas e tendo uma vida ativa depois disso.”
Em uma época em que a inclusão e a socialização da terceira idade são questões fundamentais, a celebração do Carnaval para idosos é um lembrete de que a alegria e a dança não têm idade. Para Irani Correia “é importante, estamos abertos para o novo, amo de paixão, pois recordar e viver é muito bom,” disse ela.
Orientação e Edição: Prof. Adauto Molck
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