Noticiário Geral

Acidentes domésticos com crianças sextuplicam na região

Por Bianca Campos

A Região Metropolitana de Campinas fechou o primeiro semestre do ano com um aumento de 161% no número de atendimentos de acidentes domésticos envolvendo crianças nos hospitais da região, de acordo com dados da Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo. No total, foram 238 acidentes de janeiro a julho de 2024, enquanto no mesmo período do ano passado foram registrados 91 casos.

Erika Tonelli, especialista em Entornos Seguros e Protetores da organização Aldeias Infantis SOS, pontua que para evitar esse tipo de acidente é essencial estar atento ao cuidado com as crianças o tempo todo em todas as situações do dia a dia.

Erika Tonelli, especialista em Entornos Seguros e Protetores da organização Aldeias Infantis SOS (Foto: Arquivo Pessoal)

“É preciso proteger tomadas e quinas, estar atento à objetos pela casa, especialmente os menores que eles podem levar à boca e provocar um engasgo, prestar atenção no corte dos alimentos na hora da alimentação e não oferecer telas nas refeições. Na cozinha, o ideal é manter as crianças em outro ambiente no preparo das refeições e jamais cozinhar com a criança junto no colo. No banho, se atentar à temperatura da água, sempre colocar primeiro a água fria e depois a quente e segurar o bebê firmemente. Para evitar afogamentos, coloque tela de proteção em volta da piscina e use colete salva-vidas ao invés de boias de braço. Na hora de dormir, evitar cobertores e panos, que podem causar sufocamento”, destaca Erika.

Cristina Gazafi é mãe de dois meninos, Victor e Enzo. Ela conta que já passou por diversos sustos com os seus filhos e que é primordial estar sempre atento e ciente de que os riscos existem, mesmo quando não são aparentes.

“Quando o Victor tinha 8 meses, eu deixei ele por um minuto engatinhando sozinho no chão da cozinha pois meu filho mais velho me chamou em outro cômodo e eu verifiquei que não havia nenhum perigo ao redor. Quando eu voltei, ele tinha aberto a tela mosqueteira da porta da cozinha e estava no quintal indo em direção à piscina. Se tivesse demorado mais dois minutos ele teria se afogado. Depois disso eu aprendi que a gente nunca pode considerar que não há riscos. Precisamos estar em alerta o tempo todo”, pontua.

Cristina Gazafi conta que já passou por situações de perigo os filhos, Enzo e Victor. (Foto: Arquivo Pessoal)

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O que fazer em casos de acidente
Em casos de acidentes, a médica pediatra do Hospital São Francisco, Cintya Sabioni, elenca os cuidados necessários para cada tipo de circunstância.

Trauma
Verifique se a criança está consciente, lave os ferimentos com água e sabão e comprima levemente para estancar o sangramento e/ou coloque compressa de gelo de 5 a 10 minutos. Se o pequeno tiver vômitos, dor de cabeça ou incapacidade de mover qualquer parte do corpo, não movimente-o e chame imediatamente o SAMU.

Intoxicação
Leve a criança imediatamente para o Pronto Socorro mais próximo e não se esqueça de levar o rótulo ou a embalagem do produto ingerido para ser avaliado pelo médico. Jamais ofereça alimentos por cima ou induza o vômito, pois algumas substâncias podem queimar ainda mais a boca e o esôfago.

Engasgo
Faça a manobra de Heimlich o mais breve possível e leve a criança imediatamente para o Pronto Socorro mais próximo. Se a ela não respirar, ligue para o SAMU e inicie a reanimação cardiopulmonar.

Choque elétrico
Antes de socorrer a criança, interrompa a corrente elétrica e leve-a imediatamente para o Pronto Socorro mais próximo. Se a criança não respirar, ligue para o SAMU e inicie a reanimação cardiopulmonar. Ao interromper a corrente, nunca toque na vítima ou nos fios elétricos com as mãos – use um material isolante, como um cabo de vassoura. Se não for possível, chame o corpo de bombeiros ou a central elétrica.

Queimadura
Lave a área com água corrente por alguns minutos para evitar que o processo de queimadura continue e leve o queimado imediatamente para o Pronto Socorro mais próximo. Nunca passe gelo, manteiga, pomada, ou qualquer coisa na queimadura; não fure a bolha e não tente retirar roupas ou outros materiais que tenham grudado na área queimada.

Orientação: Profa. Karla Ehrenberg
Edição: Luísa Viana


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