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“Cinco mil anos de arte chinesa” é tema de exibição na galeria CPFL 

História é representada por peças que remontam do período neolítico até 1912

Por Giovana Perianez

O Instituto CPFL recebe obras da cultura chinesa, a mostra que reúne mais de trezentas peças, de diversos formatos e materiais, vai ficar disponível até dia 12 de outubro. A exposição tem curadoria de Renata Alves Sunega, arquiteta e historiadora da arte, e conta com a coleção pessoal do professor emérito da Unicamp e amante da cultura, Rogério Cezar de Cerqueira Leite.
A mostra se deu com o intuito de evidenciar os cinquenta anos de um laço consolidado entre os dois países e teve início no dia em que se comemora a imigração chinesa no Brasil, 15 de agosto. As obras passam por figuras das mais diversas dinastias chinesas, trazendo uma perspectiva histórica da nação asiática, passando por séculos de técnicas e tradições da arte.

Ana Ramalho, estudante de artes na Unicamp e monitora da CPFL, destaca a obra “Paisagem da montanha Amarela”, que apesar de se assemelhar muito com uma pintura na verdade é um bordado sobre seda. Para ela, a técnica usada chama muita atenção pela sutileza que a imagem transparece, apesar dos materiais. 

Bordado sobre seda, obra de Dong Shouping intitulada de Paisagem da montanha Amarela (Foto: Giovana Perianez)

Nas obras com marfim, que é um material branco retirado das presas dos elefantes, algo muito comum na cultura asiática, se nota uma diversidade de elementos representados, desde dragões até uma miniatura de maçã com família dentro, que também é uma das esculturas favoritas de Ana. “A maçã em mandarim tem uma sonoridade de proteção”, diz ela.

Em madeira, as figuras de buda são o maior destaque, remetendo tranquilidade e o despertar espiritual. Também, “O Pescador” chama atenção do público, datada de 1644 – 1912 d.C., essa obra representa valores relacionados ao trabalho tradicional e a resiliência apesar das dificuldades.

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Figura produzida na dinastia Qing (1644-1912 d.C.) remonta a importância do trabalho (Foto: Giovana Perianez)

Os utensílios são predominantes no setor dos metais, como recipientes, vasos usados para armazenar vinho e incensários em formatos impressionantes, que podiam ser usados para perfumar ambientes, em meditações ou cerimônias de purificação. Ainda assim buda,  é muito presente, em diferentes formatos e detalhes, algo que dependia da religião em questão. 

O Buda representado dessa maneira é um símbolo de alegria e empatia (Foto: Giovana Perianez)

Assim como a figura de buda, Guanyin aparece bastante, ela é uma deusa da cultura chinesa que representa principalmente a força e a proteção. É uma imagem que aparece nos variados materiais, como nas pedrarias em arenito, em pedra vulcânica, mármore e basalto. Nas cerâmicas, apresenta-se sobre uma quimera, que simboliza uma continuidade aos atributos de defesa e ascendência.

A estatueta de Guanyin sobre quimera indica seu poder de espiritualidade, indicando o mudra do testemunho da terra, momento de despertar de Buda (Foto: Giovana Perianez)

SERVIÇO:

Rua Jorge de Figueiredo Corrêa, 1632, Chácara Primavera. Horário de funcionamento: segunda à sexta-feira, das 9h às 18h e aos sábados, das 10h às 16h. A entrada é gratuita e além das peças, há uma série de oficinas ao longo do período, com os temas de corte de papel e nó chinês. 


Orientação: Profa. Karla Ehrenberg

Edição: Bianca de Freitas


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Digitais é um produto laboratorial da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas, com publicações desenvolvidas pelos alunos nas disciplinas práticas e nos projetos experimentais para a conclusão do curso. Alunos monitores/editores de agosto a setembro de 2023: Bianca Campos Bernardes / Daniel Ribeiro dos Santos / Gabriela Fernandes Cardoso Lamas / Gabriela Moda Battaglini / Giovana Sottero / Isabela Ribeiro de Meletti / Marina de Andrade Favaro / Melyssa Kell Sousa Barbosa / Murilo Araujo Sacardi / Théo Miranda de Lima Professores responsáveis: Carlos Gilberto Roldão, Carlos A. Zanotti e Rosemary Bars.