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Lula e Bolsonaro trocam farpas no embate entre presidenciáveis, na Rede Globo, nesta quinta-feira, 29
Por: Melyssa Kell
Às vésperas da eleição, os candidatos à Presidência da República trocaram ofensas no último debate antes do primeiro turno, realizado na noite desta quinta, 29, na Rede Globo de Televisão. O embate entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder na última pesquisa do Datafolha com 50% de votos válidos, e Jair Bolsonaro (PL), com 36%, gerou sucessivos direitos de respostas e frequentes intervenções do jornalista William Bonner, que mediava o debate.

O candidato Lula e o atual presidente Bolsonaro se enfrentaram utilizando o direito de resposta já no primeiro bloco. “Mentiroso, ex-presidiário, traidor da pátria. Que rachadinha? Rachadinha é teus filhos roubando milhões”, disse Bolsonaro ao ser confrontado por Lula sobre a prática da família Bolsonaro em ficar com parte dos rendimentos de seus assessores pagos com dinheiro público. Lula elevou o tom: “Não minta, que é feio um presidente da República mentir”, aconselhou o petista.
O clima tenso, que dominou o debate desde o início, ganhou força com o embate da senadora Soraya Thronicke (União Brasil) e de Lula com o folclórico Padre Kelmon (PTB). A candidata o acusou de ser cabo eleitoral de Bolsonaro, e o ex-presidente o chamou de “fariseu” e de “laranja”. Kelmon se exaltou com a colocação e interrompeu a fala da candidata, sendo chamado à atenção inúmeras vezes pelo mediador do debate, que se irritou com o descumprimento das regras.
A tensão prosseguiu com as acusações do candidato Ciro Gomes (PDT) ao ex-presidente Lula, mencionando a desigualdade econômica ao fim das sucessivas gestões do PT no comando do país. Simone Tebet (MDB), Padre Kelmon (PTB) e Felipe D’ávila (Novo) mencionaram casos de corrupção nas gestões petistas, ao que Lula respondeu enfatizando as medidas do seu governo ao garantir apoio para investigações de denúncias e criação do Portal da Transparência, além da Lei de Acesso à Informação. “Graças ao que fizemos para combater a corrupção, ela foi descoberta, e os responsáveis foram punidos”, ressaltou o candidato do PT.
Simone Tebet, que cresceu em intenções de voto na última pesquisa, se aproximando de Ciro, enfatizou querer discutir o Brasil, colocando-se como uma alternativa à polarização. “Esse discurso de ódio, de nós contra eles, essa polarização não vai acabar se não mudarmos”, disse a candidata do MDB. Ciro ficou um pouco apagado ao longo do debate, diferentemente de oportunidades anteriores. Ao mencionar Bolsonaro, Ciro afirmou que o presidente estava fugindo de Lula. “Amarelaram feio, o Bolsonaro teve a oportunidade [de perguntar para Lula] e fugiu”, zombou.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Melyssa Kell
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